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Boi recua R$ 2/@ e produtor já convive com prejuízo

Os frigoríficos seguem pressionando os preços do boi gordo que, novamente, tiveram recuo nas cotações e produtor já convive com prejuízo!

O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar preços mais baixos na maior parte das praças pecuárias acompanhadas pela nossa equipe nesta terça-feira, 06, com frigoríficos pressionando as cotações. Além disso, precisa ser considerado o avanço da oferta de animais terminados no mercado doméstico, e a pressão negativa do dólar nas negociações envolvendo os animais para exportação.

O cenário de conforto nas escalas de abate, a queda do dólar e o aumento da oferta que antecipa o início da entressafra, fizeram com que os compradores paulistas se reposicionassem, ofertando menos R$3,00/@ pelo boi gordo e pela vaca gorda, e menos R$2,00/@ de novilha gorda na comparação feita dia a dia. 

Assim, as referências para a cotação do boi, vaca e novilha estão, respectivamente, em R$324,00/@, R$285,00/@ e R$322,00/@, preços brutos e a prazo. Para o macho terminado com até quatro dentes os negócios giram em torno de R$335,00/@.

As indústrias frigoríficas trabalham com escalas confortáveis e avaliando o mercado. Com isso, o Indicador do Boi Gordo – Cepea/Esalq, continua a sua trajetória de queda nesta semana, com uma desvalorização de 0,60% na comparação diária. Sendo assim, os preços saltaram de R$ 335,40/@ para o patamar de R$ 333,40, o que representa uma queda acumulada de R$ 8,20/@ nesta semana. Esse valor aponta que o mercado paulista tem trabalhado de forma acomodada nesta semana.

Sendo assim, em São Paulo, conforme supracitado, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 329,45/@, na terça-feira (05/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 308,05/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 303,67@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ R$ 315,50@.

Dólar derruba as cotações do Boi China

Os valores da arroba para os animais que atendem ao padrão exportação – gado jovem de até 30 meses de idade – também já sofrem impactos negativos, já que a desvalorização do dólar reduz o poder de compra das indústrias habilitadas a exportação.

O ágio para bovinos de até quatro dentes destinados à exportação é de R$10,00/@. A Agrobrazil, app parceiro do pecuarista, informou negociações na casa de R$342/@ em Herculândia, no estado São Paulo. com pagamento à vista e abate para o dia 18 de abril. Conforme a imagem acima!

Conforme dito acima, a Scot Consultoria, também apontou para um movimento típico para o começo de semana e com escalas já programadas para a semana, deixando boa parte dos frigoríficos fora das ofertas de compra e, com isso, poucos negócios foram reportados. 

Teoricamente, a desvalorização da moeda norte-americana, hoje em torno de R$ 4,6 no mercado à vista, reduz a competitividade da carne brasileira no mercado internacional, prejudicando as margens dos frigoríficos que atuam fortemente no setor de exportação.

A China é disparada a maior compradora mundial da carne bovina produzida no Brasil, absorvendo mais da metade do volume embarcado.

Por isso, informa a IHS, muitos produtores optaram por negociar os seus lotes, evitando, assim, riscos de perdas de peso dos animais. Esses ajustes negativos, ressalta a consultoria, seguem fundamentados pelo descompasso entre a oferta e a demanda, bem como o início do período de seca.

Na B3, o vencimento para mai/22 seguiu em movimento de desvalorização, com uma variação de -0,63%, o contrato encerrou o dia cotado à R$ 314,15/@.

Relação de troca

No que se refere aos animais de reposição no estado de São Paulo, a relação de troca entre o boi gordo e o bezerro encerrou o mês de mar/22 com uma variação mensal de 3,0%. Isso se deve a desvalorização de 1,7% em comparação à fev/22 e a leve alta do boi gordo no mesmo período. Com isso, a relação de troca no mês de mar/22 ficou em 2,41 bezerros com a venda de um boi gordo de 20 arrobas, o maior patamar desde jan/20.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 332 a arroba.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 301.
  • Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 308.
  • Em Uberaba (MG), preços a R$ 320 por arroba.
  • Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 313.
@joaopedrodiasnc

Atacado

No mercado atacadista, a segunda-feira (4) foi de preços estáveis. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços no decorrer da semana.

“No entanto esse movimento será moderado. É possível que nem mesmo a potencial alta do atacado seja capaz de elevar os preços do boi gordo, uma vez que as escalas de abate são muito confortáveis neste momento. A preferência por proteínas mais acessíveis seguirá como um fator relevante de formação de tendência em 2022, com a carne de frango assumindo a preferência da população brasileira”, disse Iglesias.

O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,40 por quilo. O quarto traseiro foi cotado a R$ 23,50 por quilo. A ponta de agulha seguiu com preço de R$ 15,50 por quilo.

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