Boi segue cravado a R$ 325/@ e frigoríficos apertados, veja

Esperando uma melhora na oferta, que parece não chegar, a ordem de compra dos frigoríficos segue com cautela; “Boi China” continua valorizado!

O mercado físico do boi gordo apresentou valorizações pontuais e estabilidade dos preços na principais regiões pecuárias do país nesta segunda-feira, 12 de abril. Um dia de avaliação do consumo do final de semana no mercado interno, as indústrias abriram o mercado de olho no comportamento dos pecuaristas diante da aproximação do período seco.

A seca tarda mais não falha, essa é a esperança das indústrias em um momento de margens apertadas, para não dizer negativas, diante de um mercado interno fragilizado e grande dificuldade na originação da matéria-prima no campo.

Segundo a Scot Consultoria, as cotações da vaca e novilha gordas para abate também estão estáveis na comparação com a última sexta-feira, sendo negociadas por R$291,00/@ e R$306,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo. 

O preço para os bovinos de até 30 meses ocorre em R$325,00/@ para rebanhos próximos da indústria, com boa qualidade e dependendo do tamanho do lote.

Segundo o Cepea, o Indicador do Boi, a cotação recuou na abertura da semana, como esperado, fechou o dia de ontem com uma variação diária de -0,92% apregoado a R$ 316,45/@. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 20%. Em 12 meses, os preços alcançaram 59% de valorização.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 321 a arroba, estável.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 304, ante R$ 302 a arroba na sexta-feira.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 308, ante R$ 307 a arroba.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 307 a arroba, inalterado.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 314 a arroba.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 318,03@, na segunda-feira (012/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 299,63/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 302,55/@.

O boi gordo no mercado físico paulista tem como referência os R$ 320,00/@ para o animal comum e R$ 325,00/@ aquele destinado à exportação. Na B3, o contrato para maio/21 fechou mais um dia com valorização, ficando cotado a R$ 315,80/@, alta de 0,25% no dia.

A demanda doméstica de carne bovina gerou otimismo no mercado ao longo do final de semana, com alta dos preços no atacado, com destaque para a movimentação do corte dianteiro e da ponta de agulha, cortes mais acessíveisque dispõem da predileção do consumidor médio.

“O bom resultado das exportações em um momento de desvalorização cambial pode motivar os frigoríficos exportadores a atuar de maneira mais agressiva na compra de gado ao longo da semana”, diz Iglesias, da Safras & Mercados.

Exportações

Com um resultado relativamente surpreendente, os embarques de carne bovina fecharam a primeira semana útil do mês de abril/21 com 38,13 mil toneladas enviadas para fora do país.

Desta forma, a média diária parcial do mês estabeleceu-se em 6,35 mil toneladas, 9,23% superior a março/21 e 9,29% acima do mesmo período do ano passado. Se mantido este desempenho, a expectativa é de que sejam enviadas mais de 120 mil toneladas neste mês.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina subiram. Conforme Iglesias, as vendas do final de semana foram bastante satisfatórias e motivaram a reposição entre atacado e varejo.

Com isso, o corte traseiro passou de R$ 20,50 o quilo para R$ 20,65 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,80 o quilo, com alta de 25 centavos, e a ponta de agulha passou de R$ 17,30 o quilo para R$ 17,70 o quilo.

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