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Boi sobe quase R$ 8,00/@ com “busca ao Boi China”, e agora?

A retomada das buscas por animais padrão China é o grande fator para justificar este movimento de alta; A alta chega a quase R$ 8,00/@ em relação a última semana!

O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta sexta-feira, 17, em todas as praças pecuárias pelo país com uma maior voracidade pelo “Boi China”. É justamente a retomada das buscas por animais padrão China que é apontado como o grande fator para justificar este movimento, enquanto os frigoríficos exportadores passaram a ampliar a capacidade de abate.

Segundo os dados atualizados nesta última sexta-feira, em comparação com o fechamento da última semana, os preços seguiram um movimento de alta significativa. O pecuarista que possui animais que atendem ao padrão exportação buscam segurar a oferta, o que ampliou a necessidade das indústrias em aumentar as ofertas para garantir as escalas de abate.

O pecuarista brasileiro tem um novo motivo para comemorar o final de ano e um aprendizado com a retomada das exportações para China. O preço do Indicador do Boi Gordo/CEPEA, apresentou uma nova valorização nas cotações dessa semana com um fechamento fazendo a arroba saltar de R$ 311,20/@ para o valor de R$ 318,85/@comparação em relação a última sexta-feira. Veja o gráfico!

Segundo o app da Agrobrazil, os preços na praça paulista estão variando de 310,00/@ a R$ 330,00/@. A melhor negociação, informada nesta quarta-feira, ficou para Morada Nova de Minas/MG, com preço pago de R$ 330,00/@ na boiada gorda, com pagamento à vista e abate no dia 20 de dezembro.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 321,70/@, na sexta-feira (17/11), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 311,86/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 316,38@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ 317,97/@.

Segundo os dados divulgados pela Scot Consultoria em seu relatório diário, os compradores estiveram ativos nesta manhã e abriram as compras ofertando R$3,00/@ a mais para o boi gordo na comparação feita dia a dia. A procura por fêmeas é mais compassada, mas os compradores ofertam R$2,00/@ a mais para a vaca. Para novilha, cotações estáveis. 

O mercado está comprador e negócios acima da referência são especulados. Assim, a referência para o boi, vaca e novilha gordos está em R$315,00/@, R$295,00/@ e R$305,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo.

Pressão na indústria e preços vão subir no curto prazo

“A prioridade ainda é escoar a carne que estava estocada aguardando o certificado internacional de exportação, e a logística segue como um relevante foco de atenção. Os pecuaristas, por sua vez adotam uma postura de retração, considerando a expectativa de preços mais altos no curto prazo. As escalas de abate pouco avançaram desde quarta-feira, quando houve a confirmação da retomada das compras chinesas”, assinalou Iglesias da Safras & Mercado.

Com o retorno das exportações de carne bovina para a China, a pressão para originação volta aos frigoríficos exportadores e com isso o volume de negócios e abate terá que aumentar, colocando pressão sobre o preço do boi gordo.

  • ÂEm São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com 10 dias úteis já programados, queda de 2 dias no comparativo semanal.
  • Os frigoríficos goianos e rondonienses fecharam a semana com 8 dias úteis escalados, em Goiás as escalas recuaram em 1 dia e em Rondônia avançaram 5 dias, ante a semana passada.
  • Em Mato Grosso, Tocantins e Minas gerais os abates estão programados para 7 dias úteis, com as indústrias mato-grossenses recuando em 1 dia as suas programações, as tocantinenses avançando 1 dia e as mineiras recuando 1 dia, no comparativo entre as semanas.
  • Os frigoríficos sul-mato-grossenses tiveram as suas escalas reduzidas na média de 3 dias frente a semana passada, se encontrando com 6 dias úteis programados.

Ânimo ao setor pecuário, mas com alguns alertas

Na avaliação dos analistas da IHS Markit, a reabertura das vendas de carne bovina brasileira ao mercado chinês traz ânimo ao setor pecuário, mas com alguns alertas.

“Além disso, o mês de dezembro e a primeira quinzena de janeiro antecedem as comemorações do Ano Novo Lunar na China, que marca um longo período de recesso no país asiático, o que pode prejudicar as operações de embarques”, acrescenta a IHS.

Na opinião dos analistas da consultoria, o fluxo dos embarques à China só deve ganhar maior tração em meados do primeiro trimestre de 2022, com o término do Ano Novo Lunar no país oriental.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 320, ante R$ 316 na quinta-feira.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 316, contra R$ 306.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 297, estável.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320 por arroba.

Atacado

Mercado atacadista encerra a semana apresentando preços acomodados, a tendência de curto prazo ainda remete a pouco espaço para reajustes daqui até a virada de ano. A queda dos preços deflagrada recentemente nas proteínas concorrentes é um importante limitador para novas altas nos preços da carne bovina, com a predileção do consumidor médio no país ainda recaindo sobre proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango e do ovo.

Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 22,25, por quilo. Quarto dianteiro segue precificado a R$ 14,00, por quilo. Ponta de agulha permanece no patamar de R$ 13,30.

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