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Boi subiu R$ 8,65/@ com disparada no consumo, veja

A grande valorização da arroba deve-se à repiques de vendas de última hora em função do maior escoamento da carne bovina, tanto no mercado externo como interno.

O mercado físico do boi voltou a apresentar preços firmes nesta quinta-feira, 23, na véspera do feriado de Natal. A dinâmica do mercado segue inalterada, com pecuaristas retraídos nas tratativas, avaliando que o preço do boi gordo pode avançar no curto prazo, com o mercado chinês agora reaberto para a carne brasileira e a elevação no consumo interno diante das festividades de final de ano.

Segundo os pesquisadores, o movimento reflete um compasso de espera dos pecuaristas. Com a chuva em regiões de criação melhorando as pastagens, os criadores retiveram o gado para abate, restringindo a oferta, enquanto esperam preços ainda melhores.

Para exportação há negócios em R$335,00/@. O preço do Indicador do Boi Gordo/CEPEA, apresentou nova valorizações nas cotações, apostando em um mercado comprador e com frigoríficos demandando maior volume de negócios. O fechamento foi de alta de 1,58% e a arroba saltou de R$ 322,40/@ para o valor de R$ 327,50/@. Veja o gráfico!

Diante disso, o valor do Indicador valorizou R$ 8,65/@ no fechamento desta quinta-feira, em relação aos valores da última sexta-feira, 17. A melhor negociação, informada nesta terça-feira, ficou para Buritizeiro/MG, com preço pago de R$ 335,00/@ na boiada gorda, com pagamento à vista e abate no dia 27 de dezembro.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 330,76/@, na quinta-feira (23/12), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 311,86/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 316,87@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ 314,29/@.

Ainda em São Paulo, a vaca gorda vale R$ 300/@ e a novilha pronta para abater é vendida por R$ 315/@, preços brutos e a prazo. “A valorização da arroba deve-se à repiques de vendas de última hora em função do maior escoamento da carne bovina, tanto no mercado externo como interno”, relata a Scot Consultoria.

A semana foi de alta dos preços de balcão em São Paulo em praticamente todos os frigoríficos consultados. As tentativas de compra ao redor de R$330,00/@, à vista ganharam força. Apesar disto, o volume negociado tem sido mínimo nos últimos dias. As programações de abate estão menores e há buracos a serem preenchidos.

Desta forma, diz a consultoria, qualquer sinal de aumento de demanda é suficiente para favorecer um cenário de preços mais firmes entre os principais elos do setor pecuário.

“No momento, comentam os analistas, as indústrias frigoríficas trabalham para manter as suas escalas de abate avançadas, de olho sobretudo no mercado da China”, relata a IHS, que acrescenta: “novos negócios foram fixados para atender os importadores chineses, ao mesmo tempo em que o consumo interno também deu uma resposta mais substancial”.

A entrada de massa salarial (pagamento da segunda parcela do décimo terceiro) e do novo programa do governo (Renda Brasil) ajudaram a enxugar os estoques e fazer os frigoríficos se empenharem em garantir oferta de boiada gorda ao menos até o final da primeira semana de janeiro, ressalta a IHS.

Escalas de abate

Após o retorno das exportações para a China e o avanço da arroba do boi gordo, o clima de otimismo toma conta do mercado e faz com pecuaristas passem a reter animais terminados, atentos a uma possível valorização no curto prazo. Com isso, as escalas recuaram em parte do país e média nacional se encontra em 7 dias úteis, 1 dia a menos que a semana passada.

  • Em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com 10 dias úteis já programados, mantendo a estabilidade no comparativo semanal.
  • Os frigoríficos tocantinenses fecharam a semana com 9 dias úteis escalados, avançando 2 dias frente a semana passada.
  • Em Mato Grosso os abates estão programados para 8 dias úteis, com as indústrias avançando em 1 dia as suas programações.
  • As indústrias mineiras possuem 7 dias úteis escalados, mantendo a média da última semana.
  • Os frigoríficos sul-mato-grossenses, goianos, paraenses e rondonienses estão com 6 dias úteis de abates programados. No comparativo entre as semanas, a média das escalas em Mato Grosso do Sul se mantiveram estáveis, já em Goiás e Rondônia recuaram 2 dias e no Pará a queda foi de 4 dias.

Pecuarista Fora do Mercado

Da porteira para dentro, continua a consultoria, a presença de pecuaristas no mercado é baixa, em função do período do ano.

“Boa parte dos produtores se ausenta dos negócios nesta época do ano em função de questões fiscais, mas as boas condições de pasto e a necessidade de mitigar prejuízos gerados pelos baixos preços da arroba durante os meses de setembro e outubro também reforçam a necessidade de tentar barganhar valores maiores pelos lotes remanescentes”, observa a IHS.

Atacado e exportação

No atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguem firmes, sustentados principalmente pela oferta enxuta.

Por outro lado, as indústrias frigoríficas trabalham com cautela quanto a novos reajustes nos preços dos cortes bovinos, preocupados com impactos no escoamento diante dos menores preços das proteínas suína e de frango.

No front externo, a Secex (Secretária de Comércio Exterior) informou que a média diária de carne bovina in natura exportada ficou em 5,09 mil toneladas durante as três primeiras semanas de dezembro, um avanço de 19,2% frente à média de novembro/21, mas 21,4% inferior à média de dezembro do ano passado.

Além de alguns carregamentos negociados para atender ao mercado chinês, grandes remessas estão sendo direcionados a outros importantes mercados consumidores, como os EUA, acrescenta a consultoria.

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