
A suspensão das exportações será revista quando o mercado interno estiver estabilizado e houver carne suficiente para atender à população. Já no Brasil, recentemente, uma ala do PT propôs a taxação das exportações do agro como estratégia para reduzir os preços dos alimentos no mercado interno.
O governo da Bolívia anunciou recentemente a suspensão das exportações de carne bovina como medida para mitigar o aumento dos preços no mercado interno. O vice-ministro do Desenvolvimento Agrário, Álvaro Mollinedo, destacou que a decisão visa priorizar o abastecimento da população boliviana diante da escalada dos preços.
“A decisão que foi tomada é não exportar mais carne, porque estaríamos afetando ainda mais a nossa população, já que estaríamos priorizando a exportação, sabendo que os preços do quilo da carne ainda tendem a subir mais”, afirmou Mollinedo.
Atualmente, a Bolívia possui um rebanho de 11 milhões de cabeças de gado, o que, segundo o governo, deveria ser suficiente para atender à demanda local. No entanto, o preço da carne disparou, chegando a Bs 60 e 65 por quilo (cerca de R$ 43 a R$ 47), com tendência de alta.
A suspensão das exportações será revista quando o mercado interno estiver estabilizado e houver carne suficiente para atender à população. Caso o abastecimento se normalize e haja excedente, o governo voltará a autorizar as exportações, que representam cerca de 10% da produção total de carne do país.
E o Brasil?
No Brasil, o cenário é distinto. Embora não haja uma suspensão das exportações de carne bovina, o setor agropecuário enfrenta desafios significativos. Produtores rurais têm reportado margens de lucro cada vez mais apertadas, resultado de uma combinação de fatores como aumento nos custos de insumos, logística e oscilações no mercado internacional.
Recentemente, uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT) propôs a taxação das exportações do agronegócio como estratégia para reduzir os preços dos alimentos no mercado interno. A ideia é que, ao taxar as exportações, haveria um aumento na oferta de produtos no mercado doméstico, levando à redução dos preços para o consumidor.

Contudo, essa proposta enfrenta resistência dentro do próprio governo e do setor produtivo. O ministro do Desenvolvimento Social, Paulo Teixeira, que anteriormente havia apoiado medidas semelhantes, afirmou que não há chance de a ideia prosperar no momento. Além disso, representantes do agronegócio argumentam que a taxação poderia prejudicar a competitividade do Brasil no mercado internacional e afetar negativamente a economia do país.
Em meio a esse debate, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que os consumidores adotem uma postura ativa diante dos altos preços. “Se você vai ao supermercado e desconfia que um produto está caro, você não compra. Ora, se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que ele acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar (o preço) pra vender, porque se não vai estragar”, afirmou Lula.
“Se você vai ao supermercado e desconfia que um produto está caro, você não compra”, diz o Presidente Lula.
Essa declaração gerou repercussão nas redes sociais, com internautas criando memes e discutindo a eficácia da sugestão presidencial.
Enquanto isso, o governo busca alternativas para equilibrar o mercado. Estão sendo analisadas medidas para garantir a oferta de alimentos sem recorrer à taxação das exportações, como o aumento do crédito agrícola e a assistência técnica para produtores. O objetivo é criar condições para que os principais alimentos da dieta brasileira sejam oferecidos a preços acessíveis no mercado interno.
Em resumo, enquanto a Bolívia opta por suspender exportações para controlar os preços internos da carne, o Brasil enfrenta um dilema complexo. O governo busca soluções que equilibrem o apoio aos produtores rurais, que já operam com margens reduzidas, e a necessidade de tornar os alimentos mais acessíveis à população, sem comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário global.
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