
Na mesma viagem, Bolsonaro irá ainda à Hungria, onde tem no primeiro-ministro Viktor Orbán, de extrema direita, também um aliado.
O presidente Jair Bolsonaro justificou nesta quinta-feira sua viagem à Rússia, marcada para fevereiro, como uma oportunidade de buscar “melhores entendimentos” e “melhores relações comerciais”.
Em conversa com apoiadores nesta quinta-feira, Bolsonaro foi questionado se de fato o presidente russo, Vladimir Putin, é um conservador, já que seria, na visão deste simpatizante do presidente, líder de um país “comunista”.
“Ele é conservador sim”, respondeu o presidente. “Eu vou estar mês que vem lá, melhores entendimentos, melhores relações comerciais.”
Na mesma viagem, Bolsonaro irá ainda à Hungria, onde tem no primeiro-ministro Viktor Orbán, de extrema direita, também um aliado. O roteiro incluía inicialmente também a Polônia, do também ultradireitista Andrzej Duda, mas foi cancelada.
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A Polônia vive atualmente um momento de tensão com a Rússia por causa da presença em massa de refugiados em busca de entrar na União Europeia –em sua maioria vindos do Oriente Médio– na fronteira polonesa com Belarus, país que é aliado de primeira hora de Moscou. Diante da crise, Bolsonaro foi desaconselhado a incluir Varsóvia no roteiro da viagem.
Na conversa com apoiadores, Bolsonaro não comentou outra crise geopolítica envolvendo a Rússia, que inclui ainda Estados Unidos e boa parte dos países europeus e foi causada pela concentração de milhares de soldados russos na fronteira com a Ucrânia, no que é visto pelos norte-americanos como a preparação para uma invasão, o que Moscou nega. A viagem está prevista para 14 a 17 de fevereiro, com a ida para a Hungria na sequência.
Fonte: Reuters