Brangus: Raça sintética que está conquistando o Brasil

Pecuaristas paulistas apostam na raça Brangus e comemoram resultados

Criadores de bovinos de corte que estão apostando no Brangus colhem os resultados positivos desta decisão. No Estado de São Paulo, conforme a superintendência de registro genealógico da Associação Brasileira de Brangus (ABB) o plantel é formado por cerca de 2,445 mil animais registrados. A perspectiva é que com os resultados comprovados, os números apresentem crescimento. No Brasil, entre 2015 e 2017, o número de animais registrados cresceu 10% conforme dados da entidade.

Há mais de 50 anos na criação da raça Nelore, José Luiz Niemeyer também investiu na raça Brangus nos últimos 15 anos. Esta história começou quando alugou uma fazenda perto de Dourados (MS), em um lugar seco, e lá tinham vacas e touros que acabou adquirindo. “Fiquei com este gado por cinco anos e fazia exploração comercial. As vacas pariam bem, aleitavam bem, embora a fazenda era ruim, o gado me encantou. Quando acabou o arrendamento eu trouxe este gado para São Paulo, abati a maioria e fiquei com 100 novilhas que acreditei que eram as cabeceiras do rebanho e fizemos o registro base e começamos com inseminação”, conta.

O criador ressalta que essa fase com recursos tecnológicos começou há oito anos. Comecei a fazer transferência de embrião, com sêmen de touros já provados e a comercialização decolou. “Tenho um leilão no primeiro domingo de julho onde vendo Nelore e Brangus e vem vendendo muito bem, estou muito satisfeito, tenho prazer em criar o Brangus. É uma raça que precisa de um manejo detalhado mas é um gado muito bom para a nossa realidade. Vamos continuar investindo e o Brangus me dá muito prazer”, observa.

A raça, que foi formada para unir a rusticidade das raças zebuínas com características do Angus, como a produção de carne de qualidade, tem entre suas vantagens os partos facilitados, altos pesos no momento da desmama e no sobreano, grande ganho de peso, tanto em pasto como em confinamento, fêmeas de reposição com puberdade precoce, enxertando aos 15 meses, e ainda oferece uma carne suculenta e macia, que atende aos mais exigentes paladares.

Por Nestor Tipa Júnior/AgroEffective via ABB

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