
Etapa Algodão do Rally da Safra percorre os principais polos produtores do país para mapear colheita, desafios climáticos e avanços tecnológicos de uma cultura que já faz do Brasil o maior exportador mundial
O Brasil volta suas atenções para a colheita da safra 2024/2025 de algodão, e o Rally da Safra cumpre papel decisivo nesse cenário. A nova etapa do projeto percorre os principais polos algodoeiros do país, realizando diagnósticos técnicos, ouvindo produtores, analisando os impactos climáticos e consolidando dados que ajudam a entender por que o algodão brasileiro já é o mais vendido do mundo e o terceiro mais produzido globalmente.
Etapa Algodão 2025: campo, clima e tecnologia
Neste ano, o Rally da Safra contará com 3 equipes de campo, que entre julho e agosto vão avaliar o desempenho da cultura em Mato Grosso e Bahia — dois dos estados mais relevantes na produção algodoeira. A expectativa é visitar mais de 30 produtores, levantar informações sobre área plantada, produtividade e manejo e promover eventos técnicos presenciais e virtuais para divulgar os resultados parciais e finais.
Além disso, a largada da etapa aconteceu em grande estilo, com destaque durante o evento de 25 anos da ANEA (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão). Para Miguel Faus, presidente da entidade, “estávamos sentindo falta de um Rally do Algodão. Agora vocês trazem essa cultura importante. Vai ser um número importante para o setor”.
Contrastes no campo: Bahia planta mais cedo, Mato Grosso assume riscos
A safra 24/25 é marcada por fortes contrastes entre as regiões produtoras. Na Bahia, cerca de 15% da área foi plantada mais cedo do que o habitual, aproveitando boas janelas climáticas em novembro. Já no Mato Grosso, mais de 40% das lavouras foram semeadas em fevereiro, mês considerado de maior risco climático, o que traz incertezas quanto ao desempenho final.
Dados do Rally mostram que, mesmo com esse risco, o Mato Grosso permanece como o grande polo do algodão brasileiro, com destaque para regiões como Sapezal, Campo Novo do Parecis, Rondonópolis e Lucas do Rio Verde.
Brasil investe mais em produtividade do que em expansão de área
Mesmo com uma leve redução da área plantada ao longo dos anos, o Brasil tem acelerado em investimentos em tecnologia e manejo eficiente. Isso resultou em ganhos expressivos de produtividade — superiores aos registrados nos Estados Unidos, segundo dados da Agroconsult e do USDA. O índice CAGR de produtividade entre 2000/01 e 2024/25 foi de +2,1% no Brasil, contra +0,7% nos EUA.
Essa aposta na eficiência ajudou o país a atingir um feito impressionante: mais de 80% da produção nacional de algodão é exportada, tornando o Brasil o maior exportador global e peça-chave para as principais indústrias têxteis do mundo.
De importador a potência global
Até o ano 2000, o Brasil era um importador de algodão. Em menos de 25 anos, tornou-se referência mundial. O saldo da balança comercial é amplamente positivo, e o país atende mercados exigentes como China, Índia, Vietnã, Bangladesh, Paquistão, Indonésia e Turquia, que juntos representam cerca de 85% do comércio global da fibra.
Números do Rally da Safra em 2025
O projeto, consolidado como a maior expedição técnica privada do agronegócio brasileiro, traz números expressivos:
- 124 dias de trabalho
- 103.994 km percorridos
- 2.210 lavouras avaliadas
- 14 estados visitados + DF
- 22 equipes de campo
- 349 produtores e técnicos visitados
- Mais de 200 mil seguidores nas redes
A Etapa Algodão se soma a esse histórico, ampliando a análise sobre uma cultura estratégica para o Brasil, que não só movimenta bilhões em exportações como também posiciona o país como líder de inovação agrícola em fibras naturais.
Acompanhe os bastidores do Rally da Safra:
📲 www.rallydasafra.com.br
📸 Instagram: @rallydasafra
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