
Para a Abiec, as tratativas estão progredindo de forma positiva, com perspectivas de que o mercado japonês finalmente se abra para a carne bovina brasileira.
O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, está em negociações avançadas para iniciar embarques para o Japão, um dos mercados mais exigentes do mundo. As informações foram divulgadas pela Bloomberg e, segundo Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina (Abiec), as tratativas estão progredindo de forma positiva, com perspectivas de que o mercado japonês finalmente se abra para a carne bovina brasileira.
O Brasil fornece informações detalhadas ao Japão sobre seu sistema de produção e controle sanitário há mais de 20 anos, destacando avanços no combate a doenças como a febre aftosa. “Não há mais problemas sanitários no Brasil”, afirmou Perosa, ressaltando que o momento é propício para a abertura comercial, especialmente após a visita do ministro da Agricultura do Japão, Taku Eto, ao Brasil no ano passado.
Impacto nas exportações e concorrência global
A entrada da carne bovina brasileira no mercado japonês pode afetar exportações dos Estados Unidos, que atualmente figuram entre os principais fornecedores do Japão. O setor pecuário norte-americano enfrenta um momento delicado, com escassez de gado e altos preços, o que tem levado o país a aumentar as importações da carne bovina brasileira.
Atualmente, mais da metade do consumo de carne bovina do Japão provém de importações, sendo os principais fornecedores Estados Unidos e Austrália, cujos custos são mais elevados que os do Brasil. Segundo Perosa, “O Brasil pode complementar a produção local, pois consumimos menos do tipo de carne que o Japão demanda e temos alta capacidade de fornecimento”.
Além do Japão, o Brasil tem como alvos estratégicos mercados promissores como Vietnã, Coreia do Sul e Turquia. Perosa planeja uma visita ao Japão e ao Vietnã em fevereiro para avançar as negociações. O governo brasileiro também está otimista, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma viagem programada para março, onde o tema será debatido.
A expectativa da Abiec é que as exportações cresçam 10% em 2025, impulsionadas pela abertura desses mercados. Para fortalecer a presença internacional, a associação planeja abrir seus primeiros escritórios fora do Brasil, em Washington, Bruxelas e Pequim, ainda no primeiro semestre de 2025.
Perspectivas para 2025
Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, afirmou que a abertura do mercado japonês pode ocorrer até o final de 2025, embora não antes de março. Ele ressaltou que as negociações com o ministro Taku Eto avançaram de forma significativa e que o governo está confiante em um desfecho positivo.
A abertura do mercado japonês representa uma conquista estratégica para o Brasil, consolidando sua posição como líder global no setor de carne bovina e ampliando as oportunidades comerciais em mercados de alto valor agregado.
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