Brasil pode ter de importar arroz e feijão, diz Lula sobre enchentes no RS

“Agora, com a chuva, acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Se for o caso, para equilibrar a produção, vamos ter que importar arroz, vamos ter que importar feijão”; confira

Ao comentar os efeitos dos temporais registrados no Rio Grande do Sul no agronegócio brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (7) que o país pode precisar importar arroz e feijão para equilibrar a produção e conter o aumento dos preços.

“Fiz uma reunião com o ministro [do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar] Paulo Teixeira e com o ministro [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] Carlos Fávaro sobre a questão do preço do arroz e do feijão, porque estavam caros. Eu disse que não era possível a gente continuar com o preço caro. Alegaram que a área plantada estava diminuindo e que havia um problema do atraso da colheita no Rio Grande do Sul.”

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“Agora, com a chuva, acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Se for o caso, para equilibrar a produção, vamos ter que importar arroz, vamos ter que importar feijão. Para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, completou, ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Presidente, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Atual situação das enchentes no estado

Avião de carga é visto em área alagada do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre — Foto: Diego Vara/Reuters
Ruas alagadas em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), na noite desta nesta segunda-feira (6) — Foto: Reuters/Amanda Perobelli
São Leopoldo inundada durante enchentes no Rio Grande do Sul — Foto: Prefeitura de São Leopoldo/Divulgação

As enchentes no estado do Rio Grande do Sul atingiram níveis catastróficos, com a Defesa Civil confirmando 90 mortes e investigando outros 4 óbitos, enquanto 131 pessoas permaneceram desaparecidas e 362 estão feridas. Com 204,3 mil pessoas deslocadas, sendo 48,2 mil em abrigos e 156 mil desalojadas, a situação se agrava. O cenário é de desespero, com 397 municípios afetados, atingindo 1,4 milhão de pessoas. As interferências prejudiciais indicam mais chuvas a partir da metade da semana, aumentando o alerta, enquanto imagens de satélite mostram o antes e depois da tragédia, evidenciando a extensão da devastação.

A situação é alarmante em diversas regiões, com o prefeito de Porto Alegre recomendando a evacuação de áreas críticas, como os bairros Cidade Baixa e Menino Deus, devido ao aumento do nível das águas. A infraestrutura está comprometida, com a Arena do Grêmio sem condições de acolhimento mais desabrigados e problemas graves em serviços essenciais, como energia, água, telefonia e internet. Os hospitais de campanha foram montados para dar suporte aos feridos e desabrigados, enquanto o governo federal decretou estado de calamidade, permitindo o acesso a recursos federais para assistência humanitária e de proteção. O desafio persiste com a previsão de mais chuvas nas próximas 24 horas, reforçando a urgência de ações de resgate e suporte às vítimas.

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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