
O país bateu novo recorde de exportação de gado vivo em 2024, impulsionado por demanda no Oriente Médio e alta competitividade
Com um cenário marcado por preços competitivos, câmbio favorável e demanda crescente, o Brasil alcançou, em agosto de 2024, o maior volume de exportação de gado vivo dos últimos seis anos. De acordo com a Agrifatto, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram exportadas 135,01 mil cabeças no mês, um crescimento de 12,96% em relação ao mês anterior e o maior volume registrado desde setembro de 2018.
No acumulado de janeiro a agosto de 2024, as exportações já somam 592,82 mil unidades, superando em 1,8% o total de bovinos exportados ao longo de todo o ano de 2023. Esse volume gerou uma receita de US$ 480,44 milhões, com um preço médio de US$ 810,44 por cabeça, o que, em reais, corresponde a R$ 4.234 por animal. “Esse aumento expressivo reforça a competitividade do gado brasileiro no mercado internacional”, ressalta a consultoria.
Rentabilidade do Pará
O estado do Pará se consolidou como o principal exportador de bovinos vivos do país, respondendo por mais de 50% das exportações nacionais.
˜O estado se consolidou como o maior exportador de gado vivo do Brasil em 2023, sendo responsável pelo embarque de 40,62% dos 582,3 mil bovinos exportados no ano passado pelo país. Até julho deste ano, o Pará foi responsável por 51,41% das exportações de gado vivo, com 238.582 cabeças embarcadas”, segundo os dados divulgados pela equipe do Confina Brasil.
Já em relação ao preço de venda para o mercado externo esse é significativamente superior ao praticado no mercado interno. “O preço de venda ao exterior é 53% maior que o valor do boi magro negociado nas praças paraenses, que gira em torno de R$ 2.800 por cabeça“, destaca a Agrifatto.
Embora os custos operacionais para exportação sejam elevados, o mercado mostra-se promissor, especialmente para regiões como o Pará. “É importante observar o comportamento desse mercado, já que distorções podem abrir novas oportunidades de negócio para os produtores”, acrescenta a consultoria.
Atendendo a essa alta demanda, alguns grandes confinamentos do estado funcionam como estações de pré-embarque (EPEs), onde os animais passam por um período de quarentena e são monitorados em relação à sanidade e ao peso.
Oriente Médio domina as compras
O principal destino das exportações brasileiras continua sendo o Oriente Médio, responsável por mais de 90% das compras totais de bovinos vivos do Brasil. Países como Iraque, Turquia, Egito, Líbano e Arábia Saudita figuram entre os maiores compradores.
Essa crescente demanda do Oriente Médio é um reflexo do aumento do consumo de carne bovina na região, além das preferências culturais e religiosas que favorecem a compra de animais vivos para o abate de acordo com os preceitos islâmicos.
Perspectivas para o futuro da exportação de gado vivo
Com quatro meses ainda restando para o término de 2024, o Brasil já registra o maior volume de exportação de bovinos vivos desde 2018, e a tendência é que o número continue crescendo, com possibilidade de bater novos recordes até o fim do ano. Para o setor pecuário brasileiro, esse aumento representa não apenas uma oportunidade de mercado, mas também um incentivo para que estados como o Pará ampliem suas capacidades produtivas e logísticas.
Com as expectativas positivas para o câmbio e a demanda externa, o Brasil se posiciona firmemente como um dos principais fornecedores de gado vivo do mundo, consolidando sua relevância no agronegócio global.
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