 
        Após anos de forte alta nas cotações do cacau, empresas como Mondelez International e Hersheys esperam um cenário mais favorável.
Nova York, 31 – Os consumidores que enfrentaram preços elevados de chocolate neste Halloween podem ter algum alívio em 2026. Após anos de forte alta nas cotações do cacau, empresas como Mondelez International e Hersheys esperam um cenário mais favorável, com custos em queda e menor pressão para reajustar preços.
O diretor Financeiro da Mondelez, Luca Zaramella, afirmou durante teleconferência de resultados nesta semana que a tendência é positiva, mesmo que os preços do cacau ainda permaneçam acima da média histórica. A Hersheys, por sua vez, revisou sua projeção de crescimento de receita líquida para 2025 de 2% para 3%, com expectativa de melhora nas margens.
Apesar de as companhias ainda enfrentarem custos de cacau acima da média, o diretor financeiro da Hersheys, Steven Voskuil, disse em teleconferência esperar uma reversão dessa tendência a partir de 2026. O chocolate foi um dos produtos alimentícios mais afetados pela inflação neste ano. Porém, o mercado futuro de cacau em Nova York recuou fortemente em 2025, caindo cerca de 48% desde o início do ano, para US$ 6.058 por tonelada, após atingir recordes acima de US$ 12.000 em dezembro de 2024.
Analistas atribuem essa correção à recuperação da produção global, com melhores condições climáticas em regiões como África Ocidental e Equador. Segundo a Organização Internacional do Cacau, (ICCO), o mercado deve passar de um déficit de quase 500 mil toneladas em 2024 para um superávit de cerca de 150 mil toneladas em 2025. O surgimento do fenômeno La Niña também tende a favorecer colheitas mais abundantes, embora aumente o risco de doenças nas plantações.
Se as condições permanecerem favoráveis, os futuros do cacau devem seguir em queda em 2026, segundo a economista Megan Fisher, da Capital Economics. “Como as fabricantes de chocolate compram cacau com até 12 meses de antecedência, a queda dos preços pode começar a se refletir nos preços do chocolate ao consumidor já no Halloween de 2026”, explicou Fisher em relatório publicado na quarta-feira, 29.
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
 
			 
				