Cachorro é morto em supermercado que exige bem-estar animal

Caso de Manchinha pode arranhar a imagem do Carrefour, que fomenta criação de galinhas livres e bezerros sustentáveis

O caso do “Manchincha”, o cachorro vira-lata que morreu na semana passada após ter sido resgatado ferido no estacionamento do hipermercado Carrefour em Osasco, na Grande São Paulo, está “bombando” nas redes sociais e pode arranhar todo um trabalho de sustentabilidade de uma das maiores redes do varejo do Brasil. A morte do cachorro, nas dependências de uma das lojas da empresa, colide com a imagem que a rede vem construindo há anos, de companhia compromissada com o bem-estar animal. Isto significa que os animais durante a criação estejam saudáveis, seguros e confortáveis, sem sofrer dor, estresse e medo.

Alinhado às novas tendências de consumo, o Carrefour exige dos pecuaristas, seus fornecedores de carne, que os bovinos e aves sejam tratados dentro destas regras. O Grupo promove a criação sustentável de bezerros em mais de 450 propriedades das regiões do Vale do Juruena e do Vale do Araguaia, em Mato Grosso. Em agosto último, a companhia anunciou seu compromisso de comercializar até 2028 exclusivamente ovos provenientes de sistemas livre de gaiolas. O objetivo é garantir bem-estar animal na criação e manejo das galinhas poedeiras.

Segundo o G1, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar se o cachorro morreu devido a maus-tratos. Vídeos e fotos que circulam nas redes sociais mostram o animal sendo perseguido por um segurança do Carrefour com uma barra de alumínio. Depois, o bicho aparece mancando e sangrando na pata esquerda. O cachorro chegou a ser atendido por veterinários, mas não resistiu.

As imagens foram cedidas à Polícia pela loja do Carrefour e estão sendo compartilhadas nas redes sociais via internet ou aplicativo de celulares. A polícia ainda analisa as imagens. Os ativistas classificam o caso como abuso ao cão praticado pelos empregados do Carrefour. Outra possibilidade investigada é a de que Manchinha tenha sido atropelado ou envenenado. “O momento exato da pancada ainda não temos em imagem, mas estamos buscando essas imagens porque acreditamos que vão aparecer”, disse ao G1, a delegada que investiga o caso, Sílvia Fagundes.

Em nota, o Carrefour disse que “reconhece que um grave problema ocorreu em nossa loja de Osasco. A empresa não vai se eximir de sua responsabilidade. Estamos tristes com a morte desse animal. Somos os maiores interessados para que todos os fatos sejam esclarecidos. Por isso, aguardamos que as autoridades concluam rapidamente as investigações. Desde o início da apuração, o funcionário de empresa terceirizada foi afastado. Qualquer que seja a conclusão do inquérito, estamos inteiramente comprometidos em dar uma resposta a todos. Queremos informar também que estamos recebendo sugestões de várias entidades e ONGs ligadas à causa que vão nos auxiliar na construção de uma nova política para a proteção e defesa dos animais”.

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Fonte: Globo Rural

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