Com o avanço da cultura de cafés diferenciados (café especial), consumidores — especialmente jovens — buscam qualidade, origem e experiências sensoriais. Na SIC, a 3corações mostra como esse movimento está transformando toda a cadeia, do produtor à xícara
O mercado brasileiro de cafés especiais vive um momento de transformação acelerada. O que antes era nicho, hoje se consolida como tendência de consumo, comportamento e cultura. O café especial cresce quase três vezes mais rápido que o café tradicional, puxado principalmente por um público mais jovem, que já inicia sua relação com o café buscando qualidade, rastreabilidade e experiência sensorial.
Esse movimento não altera apenas o que chega à mesa: ele reorganiza toda a cadeia produtiva do café. Para que um café seja considerado especial, o produtor precisa seguir práticas mais detalhadas, cuidadosas e criteriosas — do manejo ao pós-colheita. A torrefação e a classificação também exigem rigor. Ou seja, muda-se a lógica do campo, da indústria e do consumo.
Quem explica esse cenário é Carolina Barreto, gerente de Treinamento, Operações e Experiência de Consumo do Grupo 3corações. Segundo ela, a marca atua fortemente nos cafés especiais desde 2017, com a linha Rituais, que passou por uma renovação recente para acompanhar a evolução do consumidor:
“O consumidor passou a buscar pontuações mais altas e perfis sensoriais específicos. O café especial é escolha, história e experiência.”
— Carolina Barreto

Hoje, a Rituais já se consolidou no mercado e a 3corações é líder na categoria de cafés especiais no país, ampliando seu portfólio com cafés de origens únicas, releituras e parcerias autorais.
Da origem ao ritual: o café como experiência
Durante a Semana Internacional do Café, a 3corações apresentou:
- Linha Cafés do Mundo (relançada com novas embalagens e foco cultural das origens)
- Cafés assinados por chefs, como Alex Atala e o recém-lançado café do chef mineiro Léo Paixão
- Drip Coffee assinado por Silvio Leite, um dos maiores provadores de café do país
- Um cardápio de drinks, bebidas geladas, arborizadas e até sorvete baseado em cappuccino — o Cappuccino Cream
A proposta é clara: mostrar que o café vai muito além da xícara tradicional.
“O brasileiro já ama café. Ele está presente em 98% dos lares. Mas queremos mostrar que o café pode ir além do café da manhã ou do pós-almoço. Ele pode ser drink, sobremesa, experiência, convivência.”
— Carolina Barreto
Em outras palavras, o café deixa de ser apenas bebida e se torna vivência.

Um movimento que começa na fazenda e termina no afeto
O crescimento do café especial:
- Valoriza o produtor, que passa a trabalhar café como produto premium
- Eleva a renda da ponta da cadeia
- Educa o consumidor sobre sabor, origem e história
- Reposiciona o café brasileiro no mundo
O café especial não é apenas mais caro — ele é mais trabalhado, mais pensado, mais sentido.

E o futuro do café especial?
Carolina adianta que há lançamentos previstos ainda para este ano, sem revelar detalhes. Mas afirma:
“É algo que já está quase pronto — e vem para surpreender.”
Em resumo
O café especial não é moda.
É cultura em ascensão.
É a xícara que conta história.
É o aroma que lembra afeto.
É o Brasil ocupando o lugar que merece: o de potência mundial do café — agora não apenas em volume, mas em valor.

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