Campo de oportunidades: salários podem chegar a R$ 25 mil no agronegócio

Nos últimos anos, o campo tem sido um terreno fértil para o crescimento profissional.

A oferta de empregos com perfil técnico voltados para o Agronegócio, na Bahia sobretudo na região Oeste, aumentou em 18% na comparação entre 2016 e 2017.

Segundo a recrutadora Michael Page, dois fatores contribuem para o cenário: de um lado, a modernização das fazendas e do setor; do outro, os altos salários e a concorrência menor, quando comprado aos grandes centros.

“Tem sido muito comum ver profissionais de setores da indústria e serviços, como contadores e administradores, por exemplo, migrando para o agronegócio por conta da competição ferrenha dos grandes centros e o valor dos salários”, afirma o gerente da Michael Page para o Nordeste, Marcelo Botelho.

Ainda de acordo com levantamento feito pela empresa recrutadora, os cargos mais demandados no ano foram direcionados às áreas de operações, finanças e vendas. Entre eles estão os gestores de fazenda (R$ 10 a R$ 25 mil), coordenadores técnicos em irrigação, tratos culturais, monitoramento de pragas, controle de qualidade (R$ 6 a R$ 12 mil), controller (R$ 12 a R$ 16 mil), coordenadores e gerentes comerciais (R$ 7 a R$ 12 mil). As contratações para a área de Operações representaram 50%, seguida por Finanças (30%) e Vendas (20%).

Maior oferta

Esta é a motivação que levou o estudante de Medicina Veterinária Israel Santos Júnior a permanecer no campo. Após concluir um curso técnico em Agropecuária e outro em Supervisão Agrícola no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), ele optou pela graduação. No momento, ele faz estágio em uma fazenda que tem um rebanho total de 4 mil cabeças. “Aqui na minha região, em Barreiras, falta um suporte técnico para atuar nos rebanhos. Foi aí que eu vi a oportunidade”.

Para o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), Humberto Miranda, se antes as pessoas tinham o sonho de sair do campo para estudar e trabalhar nos grandes centros urbanos, o que acontece hoje é o movimento contrário. “A capacidade em gerar empregos tem provocado essa migração no sentido contrário. Tanto as máquinas quanto os serviços precisam de gente qualificada. A modernização do campo tem colaborado muito com esse retorno”.

Ele destaca também as regiões com maior potencial de geração de oportunidades, além do Oeste. “O Vale do São Francisco, com a fruticultura, junto à região do Extremo Sul e a da Chapada Diamantina são os principais polos geradores (de empregos). As fazendas querem especialistas. É preciso ser bom no que faz e conhecer a fundo aquela atividade para dar o retorno econômico que a propriedade está buscando”, aponta.

ONDE SE QUALIFICAR

Agronomia e Agronegócios Os cursos da Faculdade Unyleya são totalmente digitais. Há cursos de pós-graduação em Agricultura de Precisão e Tecnologia de Produção.unyleya.edu.br/pos-graduacao-ead/

Técnico em agronegócio Pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Confira em etec.senar.org.br.

MBA em Agronegócio pela Universidade de São Paulo (USP) O curso é na modalidade EAD. Mais informações em mbauspesalq.com/ pt/cursos/agronegocio/.

Agronegócios pela FGV Online O curso também é a distância. Site www5.fgv. br/fgvonline/
Tecnólogo em agronegócio pela Unicesumar (EAD) Há polos de ensino em Salvador e outros 19 municípios. Ver www.unicesumar.edu.br

Gestão do Agronegócio (EAD) O curso de tecnólogo também conta com polos de ensino no estado. Site www.unisul.br
MBA em Gestão de Agronegócio O curso é ofertado pela Faculdade Batista Brasileira (FBB). Ver www.fbb.br

Tecnólogo em agronegócio Na Unijorge. O curso de graduação é presencial. Site www.unijorge.edu.br

Por Jornal CORREIO

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