Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?

“Cansamos da esquerda”, diz Bolsonaro no “interrogatório” da TV Cultura (Roda Viva)

Acompanhe a cobertura da imprensa sobre a presença de Jair Bolsonaro no programa de TV.

Tiro, porrada e bomba (em O ANTAGONISTA)

A entrevista de Jair Bolsonaro no Roda Viva contribuiu pouco ou quase nada para o debate eleitoral em curso.

Os entrevistadores investiram na polêmica e esqueceram de questionar o candidato sobre propostas concretas para o país. E Bolsonaro se deixou levar pelo bate-boca.

Os indecisos continuam indecisos.(segue a cobertura da imprensa política):

Bolsonaro: “Cansamos da esquerda”

Jair Bolsonaro abriu a entrevista ao Roda Viva dizendo que espera, caso eleito, redirecionar o Brasil em termos políticos e econômicos.

“Cansamos da esquerda, queremos um Brasil liberal, que faça negócios sem viés ideológico.”

Bolsonaro disse também que espera fazer um governo que “respeite a família, as crianças na sala de aula, jogue pesado na segurança pública para dar paz a todos, que jogue pesado com o MST”.

“Não foi golpe”, diz Bolsonaro

Questionado sobre o regime militar, Jair Bolsonaro reiterou sua posição sobre 1964: “Não foi golpe.”

O deputado disse “abominar a tortura”, mas defendeu seu uso à época. “Naquele momento, o Brasil vivia o clima da Guerra Fria.”

Bolsonaro não vê chances de rompimento com Paulo Guedes

No Roda Viva, Jair Bolsonaro disse que Paulo Guedes é seu “posto Ipiranga” na área da economia e não vê chances de rompimento, sendo o único nome possível para o Ministério da Fazenda.

“Eu acho que eu o convenci na política e ele me convenceu na economia. Já falei pra ele que tem propostas que são maravilhosas, mas tem filtros pela frente que são a Câmara e o Senado.”

Ele defendeu a política estatizante dos governos militares, mas disse que as estatais hoje viraram focos de corrupção. O candidato reiterou sua posição pela privatização da maioria das empresas públicas.

Bolsonaro diz que tem mais votos que Lula

Jair Bolsonaro questionou mais uma vez a licitude do sistema de votação eletrônico e disse que, sem a impressão do voto, “as eleições estão sob suspeição”.

“O sentimento que eu tenho nas ruas é que eu tenho muito mais votos que o Lula. Sou recebido por muito mais gente do que o Lula nas caravanas. Há uma aceitação enorme para com o meu nome.”

“Ciro Gomes foi parlamentar por quatro anos e não apresentou nenhum projeto”

Questionado no Roda Viva sobre o fato de ter conseguido aprovar somente dois projetos durante sua vida parlamentar, Jair Bolsonaro se comparou ao também presidenciável Ciro Gomes.

“Ciro Gomes foi parlamentar por quatro ano e não apresentou nenhum projeto.” Ele reclama que foi boicotado várias vezes.

“O projeto mais importante que aprovei, que foi o voto impresso, foi anulado pelo STF. Por que o meu projeto da castração química para estupradores não vai para frente? A bancada de esquerda não deixa.”

Se eleito, Bolsonaro vai suspender intervenção no Rio

Na entrevista ao Roda Viva, Jair Bolsonaro disse que, se eleito, não vai manter a intervenção militar no Rio, que vence no fim do ano. “Essa intervenção não está resolvendo nada.”

Ele afirmou não concordar com o modelo e espera que as próprias forças policiais resolvam o problema.

“Lógico que não deu certo, não tem uma retaguarda jurídica. Não tem a forma de engajamento. Vou trabalhar para aprovar o excludente de ilicitude, para que os policiais possam atirar em quem atira neles.”

Bolsonaro diz que vai reduzir cotas raciais

Questionado sobre cotas para afrodescendentes, Jair Bolsonaro disse que poderá propor a “diminuição do percentual”.

Ele ilustrou sua crítica à política de cotas da seguinte maneira: “Imagine dois homens, pais, um afrodescendente e um paraibano. Humildes, os dois são porteiros. Os filhos deles prestam um concurso. O filho do paraibano tira 9 e não entra na universidade. O do afrodescendente tira 5 e entra. Isso é justo?”

E emendou: “O negro não é melhor do que eu sou melhor que o negro.”

“Quero saber dos papéis do BNDES”

Questionado se abrirá os arquivos do Centro de Inteligência do Exército, relativos ao regime militar, Jair Bolsonaro disse que não tem interesse em reabrir “essa ferida”.

“Quero saber dos papéis do BNDES”, disse, em referência aos documentos dos empréstimos ilegais de bilhões feitos a governos amigos do PT, como os de Angola, Venezuela e Bolívia.

Ustra na cabeceira

Jair Bolsonaro encerrou sua participação no Roda Viva, citando como livro de cabeceira “Verdade Sufocada – a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”, de Carlos Alberto Brilhante Ustra.

A obra traz o ponto de vista da caserna sobre a luta armada, dando ênfase aos atentados praticados pelos grupos terroristas de esquerda.

ESTADÃO: ‘Não houve golpe militar em 1964’, afirma Bolsonaro no Roda Viva

O candidato do PSL à Presidência da República, deputado Jair Bolsonaro, defendeu a ditadura militar (1964-1985) e disse que, se eleito, não vai abrir os arquivos do regime. O parlamentar afirmou ainda, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que os atos cometidos pelos militares se justificavam pelo “clima da época, de guerra fria”, e que teria agido da mesma maneira se estivesse no lugar deles.

“Não houve golpe militar em 1964. Quem declarou vago o cargo do presidente na época foi o Parlamento. Era a regra em vigor”, disse Bolsonaro. O presidenciável defendeu ainda as atuações dos militares em casos de tortura e também a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), a quem homenageou em seu voto durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Abominamos a tortura, mas naquele momento vivíamos na guerra fria”, justificou. Brilhante Ustra foi chefe do DOI-Codi, um dos principais centros de tortura durante a ditadura.

Bolsonaro ainda reclamou que a imprensa escolhe apenas os casos que afetaram militantes da esquerda para comentar. “Vocês só falam sobre casos da esquerda. Por que não falam sobre o atentado do aeroporto de Guararapes, em que morreu o Edson Regis?”, questionou, fazendo referência a um atentado a bomba ocorrido em Recife em 1966. “Um dos militantes da AP, não digo que estava lá, era o José Serra. Vamos botar o Serra nos banco dos réus então.”

Pressionado pelos jornalistas convidados a falar sobre a abertura dos arquivos da ditadura militar, o presidenciável disse duvidar que eles ainda existam. “Não vou abrir nada. Esquece isso aí, vamos pensar daqui pra frente”, desconversou.

Bolsonaro critica veto ao voto impresso

Bolsonaro voltou a criticar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar a implementação do voto impresso no Brasil. Na visão do presidenciável, a medida coloca sob suspeição a eleição deste ano. Segundo ele, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, atuou contra a medida.

“Lamento que a (procuradora-geral da República) Raquel Dodge tenha atuado para derrubar o voto impresso. Você não tem como comprovar que não haverá fraude, nem eu que haverá. Não consigo entender como a impressão do voto prejudica (o eleitor), como ela argumentou”, disse o presidenciável na entrevista.

Bolsonaro disse ter hoje mais votos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que figura em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, mas que não conseguirá saber se o resultado é correto. “As eleições de qualquer forma estão sob suspeição”, disse.

Questionado sobre sua aliança com o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), que foi cassado e está preso por corrupção, Bolsonaro citou delatores que mencionaram que foi um dos poucos a não aceitar dinheiro de propina. “Não é porque andei na companhia de corruptos que sou corrupto”, disse.

“No meu entender, boa parte das estatais tinha de ser privatizada”

Entre as medidas que pretende implantar no plano econômico, o candidato listou a privatização de “boa parte” das estatais brasileiras e medidas para desburocratizar a economia. “Se o governo não atrapalhar o empreendedor, temos como melhorar a questão do desemprego no Brasil”, resumiu.

Bolsonaro, que reiteradas vezes é lembrado por ter demonstrado uma visão estatista em seu histórico parlamentar, veio ao programa acompanhado do economista de sua campanha, Paulo Guedes, e afirmou que “não existe plano B” para ele, a quem adiantou ser o ministro da Fazenda caso vença as eleições de outubro.

Como em vezes anteriores, ele reforçou a necessidade de se aprovar uma reforma da Previdência, mas disse ser contra o modelo defendido pelo governo do presidente Michel Temer. Bolsonaro ainda defendeu que os policiais tenham um plano diferenciado em relação ao sistema geral de aposentadoria dos civis. Ele ainda admitiu que existe corrupção entre os militares, mas defendeu ser “infinitamente menor” que entre os civis.

No programa, o deputado foi questionado por várias de suas declarações polêmicas, como a discussão com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) e os comentários em relação aos quilombolas. Ele voltou a se colocar contra cotas para negros nas universidades e defendeu um sistema de meritocracia. “Vão pedir cota para nordestino agora?”, questionou. Bolsonaro se queixou que metade dos 30 processos que tem contra ele seja por declarações dadas na tribuna da Câmara. “Na tribuna da Câmara, eu tenho imunidade”, se defendeu.

FOLHA: Bolsonaro diz que as eleições deste ano estão ‘sob suspeição’

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, colocou em dúvida, nesta segunda-feira (30), a lisura do processo eleitoral de outubro. “As eleições, de qualquer forma, estão sob suspeição”, disse ele, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

O argumento, segundo ele, é que o sistema eletrônico de votação é suscetível a fraudes. Ele criticou decisão do STF de anular dispositivo da lei eleitoral que previa a impressão do voto, após pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

“Eu lamento que a senhora Raquel Dodge tenha prestado um desserviço à sociedade há poucas semanas. Por intermédio de uma ação dela, o Supremo derrubou a possibilidade do voto impresso nessas eleições. Ou seja, vamos continuar sob a suspeição da fraude, e o voto é uma coisa sagrada da democracia”, afirmou.

Questionado sobre o motivo de disputar eleições que ele acredita serem passíveis de fraude, o político afirmou que não tinha outra escolha. “Qual outro caminho eu tenho, entregar para o PT ou para o PSDB? Eu vou estar na luta de qualquer maneira. Todos nós desconfiamos.”

Durante a entrevista, ele afirmou que sente que “tem mais votos que Lula”. “Eu sou recebido de uma forma completamente diferente do que o Lula foi em suas caravanas. E isso é em qualquer lugar que eu vá, em qualquer canto do Brasil. A aceitação é enorme para com o meu nome. O que o povo está vendo em mim é confiança, é credibilidade.”

Pesquisa realizada pelo Datafolha em junho mostra que o capitão reformado mantém a liderança da corrida presidencial nos cenários em que Lula está ausente, com 19% das preferências.

Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a elogiar o regime militar, negando que tenha ocorrido um golpe em 1964. “Não foi golpe, golpe é quando é pé na porta”, disse o candidato, com o argumento de que o presidente derrubado, João Goulart, abandonou o país e que seu cargo foi declarado vago pelo Congresso da época.

Ao mesmo tempo, disse que a tortura, comum durante o período militar, é algo que “abomina”. Como vem fazendo, ele negou que seja homofóbico, racista e misógino. Também disse que recebe auxílio moradia da Câmara mesmo tendo apartamento próprio porque tem direito ao benefício.

Questionado sobre arquivos da ditadura, Bolsonaro respondeu que a questão deve ficar no passado e que a população carece de outras demandas.

“É uma ferida que tem que ser cicatrizada. Esqueçam isso. O povo está sofrendo com desemprego, com mulheres sendo estupradas. Se eu chegar lá [na Presidência], é daqui para frente”, disse.

Nesta segunda (30), o Ministério Público reabriu as investigações sobre a morte do jornalista Vladimir Herzg. O caso foi retomado após a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenar o Brasil, no começo do mês, por não investigar e punir o crime ocorrido em 1975, durante a ditadura militar.

O GLOBO: Bolsonaro diz que não tem ‘plano B’ para a economia sem seu orientador

Deputado afirma que Paulo Guedes é sua única alternativa na área, e que país não tem dívida com negros pela escravidão

Pré-candidato à Presidência pelo PSL, o deputado federal Jair Bolsonaro afirmou que não tem um “plano B” caso haja uma impossibilidade do economista Paulo Guedes seguir em um eventual governo dele. Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, o político,que já admitiu não dominar o tema, também voltou a se referir ao seu consultor como o “Posto Ipiranga”, a quem tem delegado a função de responder questões sobre o mercado. O presidenciável descartou que possa haver um desentendimento entre os dois no futuro que ponha em risco a estabilidade do país.

— Eu duvido que possa ter uma briga entre mim e Paulo Guedes — respondeu o presidenciável, que garantiu ainda que os dois se manterão saudáveis durante os quatro anos de mandato — Para a tristeza da esquerda e dos estatizantes, nós não morreremos.

Durante a entrevista, Bolsonaro reafirmou ser contra a cota pra negros, justificando que o Brasil não tem responsabilidade sobre os anos de escravidão.

— Eu nunca escravizei ninguém. Os próprios negros entregavam os negros. Que dívida é essa, meu Deus do céu? — questionou.

Bolsonaro afirmou que as eleições deste ano estão “sob suspeição de fraude” pela ausência do voto impresso. O pré-candidato à Presidência disse que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge prestou “um desserviço à democracia” ao propor uma ação contra a impressão do voto. No início de junho, o Supremo Tribunal Federal, por oito votos a dois, concordou que a medida para a conferência do resultado da disputa colocaria o sigilo do voto em risco.

— Vamos continuar sob suspeição da fraude. O voto é uma coisa sagrada para a democracia — disse o presidenciável, autor da proposta de emenda constitucional para a impressão do voto aprovada na Câmara. — Todos nós desconfiamos. Você não tem como comprovar que houve fraude, nem nós que não houve. Temos a dúvida. E nós sabemos que o poder joga pesado.

Questionado se vai respeitar o resultado das urnas, o presidenciável não respondeu, mas pontuou que, em suas viagens, tem sido recebido com mais apelo do que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em suas caravanas.

— O sentimento que eu tenho das ruas é que eu tenho muito mais voto que o Lula — disse.

Pressionado pela bancada de jornalistas sobre o regime militar, Bolsonaro afirmou que “em grande parte as torturas não aconteceram” e sugeriu que elas teriam sido inventadas para comover a população e buscar indenização do estado. O presidenciável afirmou ainda que só se conhece um lado da história, mas adiantou que não vai abrir os documentos para apurar a ação dos militares.

— São feridas que não devem ser mais lembradas — disse o político. — Isso é história. Vamos fazer de tudo para que ela não volte a se repertir — completou.

O pré-candidato falou ainda sobre o assalto que sofreu em 1995. Embora armado, dois bandidos levaram sua moto e arma. Os bens, segundo contou, foram recuperados dois dias depois.

— Um tempo depois o cara apareceu morto — disse o capitão da reserva do Exército, que afirmou não ter sido ele o responsável pela morte do assaltante.

A advogada Janaína Paschoal, cotada para ser vice de Bolsonaro, esteve entre o grupo que acompanhou o presidenciável na entrevista. No entanto,ainda não há uma confirmação de que ela será a parceira do deputado na disputa ao Planalto. A expectativa é que o anúncio seja feito no próximo domingo, 5, na convenção do PSL em São Paulo.

BR18/ESTADÃO: Bolsonaro: ‘Cansamos da esquerda’

Jair Bolsonaro mirou o eleitorado conservador durante sua participação no Roda Viva. ‘Cansamos da esquerda’, disse. /M.M.

Bolsonaro: ‘Golpe é quando mete o pé na porta’

Ao ser entrevistado no programa Roda Viva nesta segunda-feira, 30, o candidato Jair Bolsonaro disse que a tomada do poder pelos militares em 1964 “não foi golpe”.

“Golpe é quando mete o pé na porta, tira aquele cidadão de lá ou executa ou faz uma maldade qualquer”, afirmou. “Ele (Jango Goulart, então presidente da República) simplesmente deixou o Brasil. Quem declarou vaga a cadeira do Presidente na época foi o Parlamento brasileiro.” / J.F.

Sem ‘plano B’ para Paulo Guedes na economia

Ao participar do Roda Viva nesta segunda-feira, 30, o presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL, disse que não tem um “plano B”, caso seja eleito, para um eventual “divórcio” com o economista Paulo Guedes, anunciado como seu futuro ministro da Economia, já que Guedes é um liberal e ele, um estatista.

À colocação de que, diante disso, seus simpatizantes e eleitores teriam de “rezar” para eles se darem bem e para Guedes não ter um problema de saúde, JB afirmou: “Para tristeza das esquerdas, dos estatizantes, nós não morreremos, não.” / J.F.

‘Queria ter estado mais vezes com Eduardo Cunha’

Em entrevista no Roda Viva nesta segunda-feira, 30, o presidenciável Jair Bolsonaro negou que mantivesse uma estreita relação com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, hoje preso em Curitiba, e disparou:

“Raras vezes estive ao lado de Eduardo Cunha. Eu gostaria de ter estado mais vezes ao lado  de Eduardo Cunha. Eu agradeço a ele a aprovação do voto impresso.” / J.F.

‘Trump quer América grande, eu quero Brasil grande’

Ao ser perguntado no programa Roda Viva sobre quais seriam as semelhanças entre ele e o presidente americano, Donald Trump, que tanto admira, o presidenciável Jair Bolsonaro disse:

“Como o Trump quer a América grande, eu quero o Brasil grande; como ele acredita em Deus, eu acredito em Deus; como ele defende a família, eu defendo a família.” / José Fucs

Bolsonaro diz que não existem arquivos militares para abrir

Jair Bolsonaro afirmou que não existem mais arquivos secretos guardados relativos ao período dos governos militares. Durante o programa Roda Viva, ele garantiu que não precisa abrir nada porque não existiria nenhum material desse tipo. /M.M.

Serve para Ustra e não serve para Lula?

Em sua participação no Roda Viva, Jair Bolsonaro defendeu que ninguém pode ser condenado antes de “trânsito em julgado” para defender o coronel Brilhante Ustra, acusado de torturar opositores durante a ditadura militar. Coincidentemente é o mesmo argumento utilizado pelos petistas para justificar que Lula não pode nem ficar preso, nem ser impedido de ser candidato.

Bolsonaro e a ciência e tecnologia

“Não sei se entendi a pergunta dele, mas acho que ele quer liberdade para pesquisar. E que essa pasta esteja dentro do ministério mais adequado para que tenhamos um ganho nessa área.” Esta foi a resposta de Jair Bolsonaro a uma pergunta do diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Ramos, sobre sua proposta para a área de ciência e tecnologia.

Bolsonaro e Manuela sacam mesma carta

Assim como Manuela D’Ávila ao tentar justificar seu apoio aos comunismo, Jair Bolsonaro também sacou a carta de “momento histórico” para falar do período da ditadura militar e a tortura utilizada pelo governo contra oposicionistas.

“Abominamos a tortura, mas naquele momento vivíamos a Guerra Fria”, disse o deputado federal. Já a pré-candidata do PCdoB à Presidência disse no mesmo programa que o mundo vivia um “ciclo de mortes e guerras” ao ser perguntada o que achava de Stalin.

Adversários já criticam Bolsonaro

Adversários de Jair Bolsonaro não perderam tempo para criticar, nas redes sociais, o presidenciável pelas suas declarações no Roda Viva.

“Bolsonaro, o “verdadeiro”, jura que não sabia que seu aliado (Eduardo) Cunha era corrupto. Não foi por falta de aviso… Bolsonaro, o “honestíssimo”, diz que foi dos partidos de Maluf e Roberto Jefferson mas não tinha nada a ver com eles. Iluda-se quem quiser”, disse o deputado Chico Alencar (Psol-RJ). /M.M.

GAZETA DO POVO: Bolsonaro diz ter mais votos do que Lula

Em entrevista ao programa Roda Viva na noite desta segunda-feira (30), o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que gostaria de deixar como marca de seu governo, se eleito, que a “economia passe a ser liberal”.

O deputado disse ainda que o sentimento que tem nas ruas é que tem até mais votos que o ex-presidente Lula. “É uma realidade. É uma aceitação enorme para com meu nome”, disse o deputado.

Regime militarQuestionado sobre o período ditatorial instaurado no Brasil a partir de 1964, que Bolsonaro defende com ardor, o candidato reconheceu, ao ser questionado sobre tortura, que “aconteceu alguma maldade em alguns casos”.

Mas voltou a defender o regime e disse que se os militares não tivessem tomado o poder o país hoje teria “virado uma Cuba”. Ele voltou a defender o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o Doi-Codi de São Paulo durante a repressão. “A esquerda tem esse discurso para conseguir indenização (de anistiado), voto e poder”.

Ao ser questionado se irá abrir os arquivos da ditadura, se eleito, Bolsonaro desconversou e disse que esse assunto é passado e que é preciso olhar para a frente.

“Não tem mais arquivo nenhum. Desconheço. Temos uma Lei da Anistia. A esquerda vai abrir seus arquivos também? Isso é uma ferida que tem que ser cicatrizada. Esquece isso aí. O povo está sofrendo. São 14 milhões de desempregados, violência. O negócio é daqui para a frente. O passado é com a Justiça e os historiadores”, afirmou.

Comparação com TrumpJair Bolsonaro elogiou o presidente norte-americano Donald Trump, que, para ele, faz um governo excelente. E disse que sofre aqui a perseguição que o presidente dos Estados Unidos também sofreu.

“O que o Trump sofreu nas prévias eu já venho sofrendo aqui há três anos. Ele faz um excelente governo no seu país. Diminuiu a carga tributária, resgatou o emprego. Não sei o que tenho em comum com ele. Ele fala em Deus, eu também falo. Ele defende a família, eu também. Eu defendo um Brasil grande e ele defende um Estados Unidos grande”.

Bolsonaro volta a fazer discurso contra as cotas e diz que, se eleito, vai tentar no Congresso Nacional reduzir o percentual de seleção por esses critérios.

“Não posso pagar passagem aérea com meu salário”

Bolsonaro teve que voltar a falar sobre o auxílio-moradia que recebia na Câmara até ser denunciado pela imprensa, quando desistiu dessa verba. E falou de verba parlamentar destinada aos deputados, que pagam de taxa de Correio a salários de funcionários e aluguel de escritório nos estados.

“Dos R$ 400 mil dessa verba, não gastei R$ 200 mil. Recebi auxílio-moradia, mas não era ilegal. Está na lei. Agora, como posso pagar passagem aérea com meu salário. Não tenho condições”.

O salário de um deputado é de R$ 33.763.

Intervenção militar no Rio

O candidato afirmou que, se eleito, não prorrogaria a intervenção militar no Rio de Janeiro, que, para ele, não deu certo.

“Essa intervenção que está aí, não a colocaria em prática. Não está resolvendo nada. Quem é esse garoto que está engajado, com fuzil colocado lá pelo Exército. É um garoto que torce para o Flamengo, o Vasco, vai à praia. É justo que, se houver um entrevero, uma troca de tiros e morra um inocente. É justo colocar esse garoto numa auditoria militar (para responder por essa morte)”, indagou Bolsonaro.

“Vamos continuar tratando bandidos com os direitos humanos? Se me der o excludente de licitude nem precisa de Exército”. Perguntado se isso era carta branca para matar, respondeu: “então deixa ele (criminoso) atirar e vai lá e dá uma florzinha para ele”

Ironia e livro de cabeceira

Bolsonaro utilizou do mesmo raciocínio com o qual atacou a deputada Maria do Rosário (PT-RS) — afirmou que ela é feia e por isso não merece ser estuprada — para se referir ao José Gregori, ex-ministro de Direitos Humanos do governo FHC. Gregori enviou uma pergunta ao programa sobre uma suposta frase de Bolsonaro de que ele (Gregori) deveria ter sido morto pela ditadura. O candidato se referiu assim sobre Fernando Henrique. E disse que Gregori não “merecia essa atenção”, ter sido morto pelo regime militar.

“Não disse isso sobre você (Gregori). Você não merecia essa atenção. Um guerrilheiro com seu biotipo… É de garganta”, disse o candidato do PSL.

No final do programa, ao ser perguntado sobre qual seu livro de cabeceira, citou “Verdade Sufocada”, de autoria do coronel Brilhante Ustra. E também perguntado se o capitão Wilson Machado, que morreu quando tentava colocar uma bomba num show no Riocentro na década de 80, era um herói ou não, respondeu:

“Parece que ele não estava fazendo seu papel corretamente”.

PODER360: Bolsonaro sobre ditadura: ‘Ferida que precisa ser cicatrizada, esquece’

Recusou abrir arquivos do regime; Negou dívida com população negra; Disse não ter plano B para Paulo Guedes

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta 2ª feira (30.jul.2018) que a ditadura militar é uma “ferida que precisa ser cicatrizada”. Ele foi o convidado do programa Roda Viva, da TV Cultura.

Na entrevista, Bolsonaro negou que tenha havido golpe militar e disse que não irá tornar públicos documentos da época da ditadura. Sugeriu que os episódios fossem esquecidos e usou o contexto da Guerra Fria para justificar torturas do regime.

O militar também negou acusações de racismo, negou que o Brasil tenha uma dívida histórica com a população negra e se colocou contra as cotas em universidades.

Também voltou a defender a reforma da Previdência e afirmou não ter alternativa para a área econômica além do economista Paulo Guedes.

O Poder360 lista a seguir o que o militar falou sobre diferentes tópicos:

DITADURA MILITAR E TORTURA

Bolsonaro mencionou por diversas vezes o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de tortura nos tempos da ditadura militar.

“Ninguém poderá ser decretado culpado. Abominamos a tortura. Naquele momento, o mundo vivia 1 momento complexo, o tal da Guerra Fria. Alguns foram torturados mesmo. Mas essa história não está bem contada. Se tivéssemos perdido, nos teríamos tornado uma grande Cuba”.

O militar negou que tenha havido uma ruptura: “Primeiro, não foi golpe. […] Quem declarou vaga foi o parlamento. Há poucos anos, o congresso votou para anular o PDC que cassou o Goulart”.

Descartou a publicização de documentos secretos da época da ditadura.

“Você acha que esse tipo de gente morreu por democracia? Não tem mais arquivo nenhum. Desconheço. É uma ferida que precisa ser cicatrizada. Esquece isso aí. É daqui pra frente. Os papeis com toda certeza já sumiram”.

Em outro momento da entrevista afirmou que os papeis que quer tornar públicos são os de empréstimos concedidos pelo BNDES. “Você acha que tem algum arquivo? Os papeis têm um prazo de validade. Eu quero pegar os papeis do BNDES. Ver onde Dilma e Lula emprestaram dinheiro”.

Sobre o jornalista Vladimir Herzog, Bolsonaro afirmou que o que há é uma “suspeita” de assassinato.

O capitão da reserva admitiu que tenha falado falado na Câmara que 1 dos “erros da revolução seria o de não ter fuzilado” o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“Na tribuna da Câmara, tenho imunidade para fazer o que quiser, gostem ou não”, disse.

Perguntado se considera-se 1 democrata, respondeu que sim.

Ao fim, perguntado sobre 1 livro de cabeceira, citou “A Verdade Sufocada”, do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Não respondeu quem considera seu herói histórico e citou o versículo da Bíblia “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” como frase de inspiração.

LULA E PT

Bolsonaro mencionou o PT várias vezes. Disse ter mais votos do que Lula: “o sentimento que tenho é que tenho muitos mais votos do Lula. A aceitação é enorme ao meu nome”.

O militar também falou que a ex-presidente Dilma Rousseff  “não lutou por democracia”. Mencionou a ligação da petista com governos latino-americanos de esquerda: “onde ela esteve na semana passada? Representando o Foro de São Paulo em Cuba”.

PAULO GUEDES E ECONOMIA

“Duvido que poderá haver briga entre nós. Em algum coisa, o convenci sobre a parte da política. Ele me convenceu na economia. Por varias vezes, falei que havia um filtro, que é o Congresso. Ele é meu posto Ipiranga. Aqui temos o general Augusto Heleno, que também é meu posto Ipiranga”, disse o capitão da reserva a respeito do economista Paulo Guedes.

Sobre ter uma outra opção para o ministério da Fazenda, Bolsonaro disse não ter plano B: “para tristeza da esquerda, dos estatizantes, nós não morreremos”.

Sobre sua fama de votar em propostas que aumentam o peso do Estado, o candidato afirmou: “minha fama estatizante é que votei contra o Plano Real”.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Bolsonaro voltou a criticar a reforma previdenciária defendida pelo governo Michel Temer. Falou, no entanto, sobre a necessidade de se realizar mudanças no sistema de aposentadorias e que incluirá em seu projeto regras diferenciadas para policiais.

“Na 1ª reforma de Temer, tinha o policial com [idade mínima para aposentar-se aos] 65 anos. Me pergunto se esse policial vai estar com arma ou uma muleta. Pega a expectativa de vida do Rio. Está abaixo de 60 anos”.

Segundo o militar, a diferenciação não se trata de 1 privilégio. O militar afirmou que tentará fazer uma reforma “paulatinamente”. “Se for no ferro e fogo não vou chegar a lugar nenhum”, disse.

ACUSAÇÕES DE RACISMO E COTAS

Bolsonaro refutou a denúncia contra ele encaminhada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A acusação se baseia em 1 episódio em que Bolsonaro disse que “o afrodescendente mais leve pesava 7 arrobas”.

“Posso ter exagerado, mas costumo fazer esse tipo de brincadeira. Racismo é impedir 1 afrodescente de fazer alguma coisa. Pode ser uma brincadeira infeliz, pode, mas não é racismo”.

O candidato defendeu a redução de cotas para universidades e concursos públicos.

“Não vou falar que vou acabar [com as cotas], porque depende do Congresso. Quem sabe a dimunição do percentual. Não só para universidade, mas para concurso público. Pelo amor de Deus, vamos acabar com essa divisão no Brasil”,falou.

“É justo minha filha estar na universidade por cota? Meu sogro é o Paulo Negão. Imagina 2 pais com trabalhos humildes: o filho do paraibano tira 9 e não entra e o afrodescente tira 5 e entra. Vamos querer encontrar cota para o nordestino?”

Indagado sobre os problemas históricos dos negros no Brasil, o militar afirmou não haver dívida.

“Que divida? Eu nunca escravizei ninguém. Os portugueses nunca pisaram na África. Os negros eram entregues pelos próprios negros. Que dívida é essa?”

Diante do pedido para comentar sobre Nelson Mandela, afirmou: “Tem que ver o passado dele. Não é isso que foi pintado”.

CUNHA E MALUF

“Raras vezes estive ao lado do Eduardo Cunha. Queira ter estado mais vezes. Quando se fala em Maluf, o Joaquim Barbosa foi muito claro. Falou que fui o único deputado não comprado pelo PT”.Posteriormente, afirmou: “Não sabia que [Cunha] tinha problemas. Como sei daqueles negócios dele? O Maluf era acusado o tempo todo. Queria que eu fizesse o quê? Se ele sentasse do meu lado, que eu levantasse e fosse embora?”

Bolsonaro teve passagens pelo PP e pelo PPB (antigo PP).

ATUAÇÃO NA CÂMARA E INTERVENÇÃO NO RIO

Bolsonaro questionou a ideia de ter 1 fraco desempenho como deputado federal, com a aprovação de poucos projetos em seus 7 mandatos.

“Tenho uns 500 projetos apresentados. Você olha o Ciro Gomes (PDT) por 4 anos. Além de não aprovar zero, não apresentou”, comentou. “O projeto mais importante que aprovei, o STF considerou inconstitucional, que é o voto impresso. Por que meu projeto da castração química não vai pra frente?”

Sobre declarações antigas de que fecharia o Congresso Nacional caso fosse eleito, o militar disse que mudou de opinião.

“Quem nunca se indignou com o Congresso? Tem 20 anos que falei isso. A gente não evolui, não Eu era elemento marcado quando cheguei a Brasilia e quantas vezes respondi de forma violenta”.

Sobre suas ações na intervenção federal no Rio de Janeiro, afirmou: “Que eu posso fazer, não sou governador do Estado. Não queria ser candidato, qual o problema?”

Ele reafirmou que não renovará as operações caso assuma o Planalto.

Fonte: ESTADÃO/FOLHA/GLOBO/BR18/GAZETAD
Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM