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Carlos Fávaro será o novo ministro da Agricultura de Lula

Lula escolhe Carlos Fávaro (PSD) como ministro da Agricultura; Senador do PSD assumirá comando da pasta com missão de refazer pontes do novo governo com o agronegócio, setor que apoia o atual presidente Jair Bolsonaro.

O nome do senador eleito do Mato Grosso e apoiador do futuro presidente durante eleição, ganhou força após o apoio de Blairo Maggi. Carlos Fávaro (PSD-MT) foi escolhido como futuro ministro da Agricultura do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Anúncio será oficializado na terça-feira (27/12) junto com outros nomes. Os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS), por exemplo, são o mais bem cotados para o Ministério das Comunicações e Secretaria de Comunicação, respectivamente.

O nome de Fávaro ganhou força, apesar de alguma resistência interna no agronegócio, com o endosso de Blairo Maggi. Interlocutores do empresário afirmaram ao site que o ex-governador do Mato Grosso e “rei da soja” apoia o nome do político para a Esplanada dos Ministérios.

A nomeação, que já era a mais cotada entre os candidatos ao posto, foi confirmada ao Estadão por membros da cúpula do governo petista.

Fávaro é reconhecido por seu trabalho nos últimos anos, à frente Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT). Essa atuação o projetou para a política nacional em 2018. Ele já foi vice-governador de Mato Grosso (2015 a 2018), na chapa de Pedro Taques.

Hoje, a Aprosoja-MT faz oposição a seu nome, dizendo que o ruralista que decidiu apoiar o governo Lula “não têm legitimidade para representar o setor como interlocutores em Brasília”.

Fávaro era o mais cotado entre os candidatos ao cargo na Esplanada. Internamente, ele disputou o posto contra o ex-ministro da Agricultura, o deputado federal Neri Geller (PP-MS), que atuou no governo de Dilma Rousseff (PT). Durante a campanha de Lula deste ano, o Progressistas se aproximou do então candidato à Presidência da República.

A escolha de Fávaro contou, nos bastidores, com a ajuda e conselhos de pessoas como o ex-ministro da Agricultura no governo Dilma RousseffBlairo Maggi. Nos últimos dias, Maggi fez conversas por telefone com a alta cúpula do PT, para apontar caminhos de como os petistas podem refazer as pontes com o agronegócio, setor que apoiou em massa o presidente Jair Bolsonaro.

Como prêmio de consolação, Neri deve ficar com secretário-executivo da pasta – ainda incerto, de acordo com o conselho político.

Suplente com Bolsonaro

A escolha de Fávaro pode gerar um problema para o PT. A primeira suplente do senador Margareth Buzetti (PP/MT) é vista como uma fervorosa apoiadora de Jair Bolsonaro, inclusive, ela chegou a fazer parte do grupo “Mulheres com Bolsonaro” durante o segundo turno deste ano.

A escolha de Fávaro para o ministério foi possível depois de o futuro ministro superar um problema político delicado, relacionado à suplente que assumirá o seu posto no Senado, quando der início à sua gestão no Ministério da Agricultura.Margareth Buzetti (PP/MT) é apoiadora do presidente Bolsonaro e chegou a fazer campanha nas ruas no segundo turno das eleições com o grupo de “Mulheres com Bolsonaro”.

Por isso, internamente, cogita-se que ela assuma uma secretaria no governo do Mato Grosso dando lugar a José Lacerda (MDB), segundo suplente. A reportagem confirmou que Margareth Buzetti deixou o PP e o apoio a Bolsonaro e que, nesta sexta-feira, 23, se filiou ao PSD, partido de Fávaro e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Há trabalho pela frente. No mês passado, a Aprosoja-MT declarou que, “ao apoiar as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), que inclusive, apoiam invasões de propriedades privadas, Carlos Fávaro, Neri Geller, e Carlos Augustin, entraram diretamente em divergência com os valores conservadores da classe produtora.”

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