
Você achou que era apenas picanha que estava comprando? “Carne congelada de bovino sem osso mecanicamente amaciada, adicionada de 15% de solução de água, colágeno e aromas”, sim as indústrias tem autorização pra isso!
Diversas são as mensagens de questionamentos se é real o vídeo de peças de carne bovina passando pelo processo de “injeção de água” ou, popularmente conhecida como “carne com água injetada”. Diante dos fatos e, claro, afim de esclarecer as pessoas que não conhecem do assunto, trazemos as informações corretas para sanar dúvidas referentes a esse assunto. Mas já adiantamos, você achou que era apenas picanha que estava comprando? “Carne congelada de bovino sem osso mecanicamente amaciada, adicionada de 15% de solução de água, colágeno e aromas”, sim as indústrias tem autorização pra isso!
Ao comprar um quilo de carne, o consumidor pode estar levando apenas 900 gramas do alimento. Nesse caso, os 100 gramas permanecerão divididos em proteína de soja e água. É isso o que está escrito, em letras miúdas, na lista de ingredientes de algumas embalagens de carnes de frango, suínos e de corte (carcaça). Apesar de não ter sido divulgada, a injeção de 2% de proteína de soja e 8% de água à carne foi permitida pelo Ministério da Agricultura.
Um vídeo mostrando um processo automatizado onde é possível ver um belo pedaço de carne bovina sendo espetado por dezenas de agulhas com uma solução, aparentemente sendo água, dentro da indústria frigorífica, mostra a realidade do que vem ocorrendo no mercado de carnes brasileiro. Mas, o que está havendo?
Carne com água injetada
Na verdade, convivemos com um mercado que busca o melhor para o setor, mas ainda temos pessoas que agem de má fé e tentam burlar as leis. Ressaltamos, antes de mais nada, que a indústria produtora de alimentos sempre busca novos processos tecnológicos que permitam o melhor e mais amplo aproveitamento das matérias primas, principalmente das de origem animal, pela sua qualidade nutricional e o custo de produção, a propiciar que um maior número de consumidores possa ter acesso aos produtos delas derivados.
Diante disso, e permitido por lei, algumas substâncias são adicionadas nas carnes com o objetivo de conservar o alimento, realçar o sabor e até mesmo controlar bactérias. O ácido ascórbico, popularmente conhecido como vitamina C, por exemplo, é um desses ingredientes químicos que são utilizados para conservar o alimento.
O ácido ascórbico é uma substância antioxidante de origem natural que tem a função de garantir que não haja alteração no sabor do produto. Respeitando a dosagem, os antioxidantes e conservantes não oferecem risco à saúde. A mesma lógica vale para o nitrito e o nitrato, que auxiliam no controle de bactérias e também servem para manter a cor rosada nos produtos cozidos, como no presunto. Essas substâncias só se tornam tóxicas ou cancerígenas se usadas em grande quantidade, acima dos limites legais permitidos.

Assim, modificações mesmo que simples, na apresentação de um corte de carne poderá ensejar confusão entre os consumidores, descaracterizando assim a sua característica de naturalidade acrescida do fato da adição de aroma de contrafilé.
O frigorífico Swift, um exemplo, está colocando no mercado “cortes mecanicamente amaciados” (congelados) com adição de solução de água, colágeno e aromas. Na picanha, o percentual dessa solução chega a 15% e nos bifes de coração de alcatra, 10%. Entretanto, discute-se muito que na carne com água injetada, além da ingestão de produtos químicos, tem também a questão econômica pela adição de elevado percentual de água no produto.
De acordo com Afonso de Liguori, médico veterinário, Professor Titular do Departamento de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a indústria coloca esse elemento nas carnes para evitar que ocorra a oxidação, que nada mais é do que uma reação de degradação das gorduras no produto.
“O ácido ascórbico é uma substância antioxidante de origem natural que tem a função de garantir que não haja alteração no sabor do produto” afirma.

Alguns consumidores, mesmo com a informação contida na embalagem, se dizem enganados.
Adição de água está dentro da lei?
Buscando as informações sobre carne com água injetada na internet encontramos o vídeo da Professora Naiá, médica veterinária, mestre e doutora Unesp (Jaboticabal). Nele a doutora explica tudo sobre o assunto, inclusive, mostra o Manual de Procedimentos de Inspeção e Fiscalização de Carnes e Produtos Cárneos em Estabelecimentos Registrados sob Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“Tudo está de acordo com o que a legislação determina” – enfatiza a médica veterinária.
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