Cenário industrial de batata é promissor no mercado brasileiro

Em setembro, parte da equipe se reuniu com produtores e técnicos que produzem batata para processamento do cerrado de Minas Gerais.

Atenta à importância e ao crescimento da indústria na cadeia de produção bataticultora no Brasil, a matéria de capa desta edição da Hortifruti Brasil, do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, traz um estudo inédito a respeito dos custos de produção do tubérculo destinado à indústria de batata congelada pré-frita.

O consumo desse produto processado no Brasil vem crescendo de forma significativa nos últimos 20 anos, impulsionado pela mudança de hábitos da população brasileira (que prefere alimentos processados e que tenham preparo cada vez mais rápido) e pelo maior gasto com refeições fora do lar, principalmente em redes de fast food, em que a batata palito é a coadjuvante perfeita dos sanduíches.

A batata palito, no formato congelada pré-frita, agiliza o trabalho nas cozinhas industriais (e também nos lares).

Em setembro, parte da equipe se reuniu com produtores e técnicos que produzem batata para processamento do cerrado de Minas Gerais, principal produtora para esse segmento. Os resultados de custo apresentados neste levantamento ainda não são suficientes para ter um diagnóstico final sobre qual é o segmento mais rentável de comercializar o tubérculo: indústria ou in natura.

O ideal é que o bataticultor comece a avaliar a alternativa industrial de comercialização, já que o segmento permite um valor pré-fixado e garantia de compra do produto, condições que não são possíveis no mercado de mesa.

Outro ponto a favor da comercialização para indústria é que as projeções indicam que o consumo do produto processado deve continuar crescendo. Enquanto a quantidade e o faturamento das vendas de batata in natura devem ter aumento de 1% ao ano entre 2016 e 2021, o segmento de snacks, no mesmo período, deve crescer o dobro em faturamento no varejo, e o de congelado, o quádruplo (+4% ao ano), conforme estimativas da Euromonitor.

Isso significa que a procura por processados crescerá mais que pelo produto in natura nos próximos anos, o que demandará maior área de plantio (ou maior importação do produto industrializado).

Além do levantamento de custo de produção industrial exposto na página 10, a Hortifruti Brasil também atualizou os valores de regiões que acompanham a evolução dos custos todos os anos.

Já é o 11º ano que os custos de Vargem Grande do Sul (SP) são levantados pela equipe e o nono ano de pesquisas na região do Sul de Minas Gerais, importantes regiões produtoras de batata in natura, respectivamente nas safras de inverno 2016 e das águas 2016/17.

Fonte: Cepea

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM