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Cerveja de mandioca modifica vida de agricultores no Nordeste

Cerveja feita de mandioca vira fonte de renda para agricultores do Maranhão; projeto é valorizar a cultura, gerar empregos e renda.

Uma cerveja feita de mandioca para valorizar a cultura do Maranhão. Esse é o conceito da Magnífica, produzida e vendida exclusivamente no Estado. Do plantio ao rótulo, a bebida, que faz parte do portfólio da Ambev, nasceu com o intuito de homenagear o maranhense e, por isso, viu na base da alimentação local, que é a farinha de mandioca, a oportunidade de criar uma marca e uma fonte de renda aos agricultores.

“Na hora que a gente usou a fécula de mandioca na cerveja, conseguimos um líquido refrescante, leve. Aliado a isso, a gente tentou trazer um impacto social para a região, um produto casado com a cultura que promove impacto socioeconômico, contribuindo com a renda dos pequenos produtores e agricultura familiar”, explica Vitor Monteiro, gerente de Agro Brasil da Ambev.

Bernarda Maria dos Santos é produtora de mandioca em 5 hectares, área que possibilita o cultivo de cerca de 70 toneladas por mês, das quais 60 toneladas vão para a produção de Magnífica e a outra parte destinada à produção de farinha puba, usada para alimentação.

Foto: Divulgação

“Antes, a gente cultivava mandioca e só utilizava para fazer farinha, mas não compensava, era muito trabalho e pouco dinheiro. A gente torce muito para que essa porta continue aberta. O contrato com a Ambev trouxe muitas melhorias para os agricultores e geração de emprego aqui na região”, diz Bernarda, que também é presidente da Associação de Agricultores de São Gonçalo e fornece mandioca para Ambev desde junho de 2019.

Produção o ano todo

Cerca de 511 famílias de agricultores de 40 municípios fazem parte do projeto, incluindo as regiões de Baixo Parnaíba, Mearim, Pindaré, Lençóis, Baixada e Munim. Iniciada em dezembro de 2018 com apenas 100 toneladas de mandioca fornecidas, atualmente a iniciativa conta com abastecimento de 800 toneladas por mês, em mais de 1,1 mil hectares.

A safra da mandioca acontece entre abril e início de agosto, mas a produção da cerveja não para, uma vez que a Ambev processa o tubérculo e armazena a fécula (amido extraído da raiz). Além disso, nas regiões irrigadas, o volume ofertado de mandioca é garantido o ano todo.

Monteiro explica que o esquema de pagamento e contratação não utiliza atravessadores. “É direto com os produtores e cooperativas, com preço de pagamento baseado nos índices da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Tendo esse acordo realizado, a gente programa a compra e o dinheiro cai direto na conta do produtor”, explica Monteiro.

Foto: Divulgação

A iniciativa já rendeu aproximadamente R$ 5,3 milhões à agricultura local, com a geração de 3,6 mil empregos diretos e indiretos. Parte dessa movimentação de renda e emprego é feita com ajuda de cooperativas e associações, como é o caso do produtor Lourival dos Santos Brandão. A negociação da venda da mandioca para a Ambev foi feita por meio da Cooperativa do Tabuleiro de São Bernardo, da qual ele faz parte.

“Depois da parceria para produção de Magnífica, o número de famílias associadas à cooperativa aumentou, hoje já somos 80. É um orgulho ter uma cerveja feita pelo povo maranhense. A gente tem menos custos e mais lucro, é muito mais vantajoso do que transformar a mandioca só em farinha”, destaca Lourival.

Em todo o Maranhão, são 10 mil pontos de venda da cerveja Magnífica, incluindo o bar da Benedita, que comercializa a cerveja que ajuda a produzir. “Além da renda que temos ganhado com o fornecimento de mandioca para Ambev, meu marido e eu conseguimos nos tornar revendedores também. A gente tem um bar aqui na região, onde a Magnífica é comercializada. No meu caso, graças à cerveja, consegui quitar dívidas altas que tinha acumulado”, conta.

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