China impõe tarifa de 32% ao frango brasileiro

China impõe barreira a frango brasileiro com tarifa de 32% por cinco anos, algumas empresas que respeitaram um preço mínimo ficarão isentas.

Segundo maior comprador de frango do Brasil, a China decidiu impor tarifas antidumping à carne brasileira. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (15/2) pelo ministério do Comércio chinês. A medida começa a valer no próximo domingo (17/2). As tarifas vão de 17,8% a 32,4% e vão durar cinco anos, conforme o anúncio de Pequim.

Empresas que respeitaram um preço mínimo de venda do frango ficarão isentas da política. O grupo de isentos conta com 14 empresas, incluindo gigantes como JBS e BRF. A decisão de taxar o frango brasileiro partiu após uma investigação iniciada em 2017, que revelou um prejuízo importante ao setor avícola da China provocados com importações de frango brasileiro a preços inferiores ao custo de produção (prática conhecida como dumping). O produtores asiáticos sofreram concorrência desleal por parte do Brasil, afirma o comunicado.

Desde junho passado, os importadores chineses de frango brasileiro vinham pagando uma tarifa temporária de 18,8% a 38,4% do valor de suas compras. Após vários meses de negociações, o ministério do Comércio chinês revisou os percentuais e conseguiu chegar a um acordo com as 14 empresas brasileiras. As companhias apresentaram um “compromisso de preço” considerado “aceitável”.

Cooperativas do Paraná, como Copacol, Lar, Coopavel e Copagril também integram o grupo de isentas da tarifa. Aurora Alimentos Bello Alimentos, São Salvador Alimentos, Rivelli Alimentos, Gonçalves e Tortola, Vibra e Kaefer completam a lista.

Em 2017, a China foi o maior comprador de carne de frango congelada do Brasil, gerando uma receita de US$ 1 bilhão, segundo consultoria Zhiyan. No último ano, o país perdeu participação no comércio internacional para Tailândia, Argentina e Chile.

O Brasil foi o principal exportador de carne de frango congelada para a China em 2017, com quase 85% das importações do gigante asiático e por um valor anual próximo a US$ 1 bilhão, de acordo com a consultoria Zhiyan. Desde então, o país perdeu parcelas de mercado para Tailândia, Argentina e Chile, segundo a mesma fonte.

Via Globo Rural

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