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Chuvas favorecem plantio de grãos em Minas

As chuvas mais abundantes registradas nos últimos dias têm contribuído para o avanço do plantio da safra de grãos em Minas Gerais

Para a atual temporada, a expectativa é de expansão da soja sobre as áreas antes ocupadas pelo milho, em virtude da maior liquidez e de preços mais valorizados da oleaginosa em comparação com o cereal. Como houve um atraso no início do plantio, em função da falta de chuvas, a tendência é de adiamento na implantação de segunda safra, o que pode favorecer o maior uso do sorgo, produto que substitui o milho e tem mais tolerância ao período de estiagem.

De acordo com o meteorologista da Climatempo Consultoria, Vitor Hassan, as condições climáticas em Minas Gerais estão mais favoráveis para o plantio da safra.

“O clima está bem propício para o plantio da safra. Desde o início de novembro observamos bastante umidade, proveniente da Amazônia, e agora estamos com passagens recorrentes de frentes frias. A umidade e as frentes frias têm interagido e contribuído para o aumento das chuvas em vários estados, incluindo Minas Gerais”, explicou Hassan.

Ainda segundo as informações da Climatempo, a tendência é de continuidade das chuvas, permitindo a manutenção da umidade do solo e, consequentemente, garantindo condições razoáveis para o desenvolvimento das lavouras. O avanço da frente fria sobre a região Sudeste permitirá que novas áreas de instabilidade ganhem força ao longo do início da semana que vem e assim, os próximos 10 dias serão marcados por chuvas em grande parte das regiões produtoras do Brasil.

“A expectativa é de que, em dezembro, as chuvas continuem bem distribuídas, principalmente em Minas Gerais, permitindo a implantação da safra e desenvolvimento das plantas. Para janeiro, ainda não é possível estimar as condições climáticas”, disse Hassan.

Com a regularização das chuvas, os produtores mineiros estão se dedicando ao plantio. Na safra 2017/18, a expectativa é colher, no máximo, 13,3 milhões de toneladas, o que, se alcançado, representará uma queda de 5,1% frente à safra anterior.

Triângulo

De acordo com o coordenador técnico regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em Uberaba, na região do Triângulo, Wilson Marajó Fernandes, houve um período longo de estiagem na região, o que atrasou o início do plantio da safra.

“A estiagem foi muito prolongada e atrasou o início da safra. Alguns produtores semearam as áreas na segunda semana de outubro, mas tiveram que suspender a implantação devido a um novo período sem chuvas. A situação agora está mais favorável e os produtores devem retomar o plantio. Mesmo assim, teremos um atraso no ciclo”.

Ainda segundo Fernandes, na região, a tendência é de que os produtores ampliem a área dedicada à soja, ocupando espaço antes dedicado ao milho. A migração de cultura se deve aos baixos preços pagos pelo cereal ao longo de 2017. A maior liquidez da soja também explica a preferência pela oleaginosa.

“Com a redução da área de milho, existe uma tendência de melhoria dos preços pagos pelo cereal. A demanda e o consumo crescentes e a produção de etanol de milho podem contribuir para um ajuste da oferta e preços mais elevados”.

Sorgo

Fernandes destaca que o atraso no plantio da primeira safra poderá impactar na segunda safra de grãos, quando os produtores normalmente apostam mais no milho.

“A tendência é de atraso na segunda safra, o que deixa as culturas mais vulneráveis à estiagem tradicional do período. A tendência é de investimentos no milho, mas produtores podem investir mais na semeadura de sorgo, que é mais resistente aos períodos de estiagem”.

Diário do Comércio

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