
A remoção do enxame, feito a cerca de 10 metros de altura, durou mais de duas horas, cinco baldes cheios de mel silvestre e cera foram colhidos
O que parecia ser apenas mais um dia de obra em uma escola pública de São Joaquim (SC) se transformou em uma operação inesperada de resgate ambiental. Enquanto realizavam reparos no telhado da Escola de Educação Básica Martinho de Haro, trabalhadores descobriram algo impressionante: uma colmeia de proporções gigantescas, oculta sob a estrutura há anos.
O cenário era digno de um documentário: favos de mel com mais de um metro de altura, abelhas agitadas e milhares delas abrigadas em silêncio sob as telhas. Estavam ali não por acaso, mas por escolha — protegidas da intempérie e próximas a uma vegetação rica em flores nativas como bracatinga, vassoura e carqueja.
Diante da presença de abelhas Apis mellifera africanizadas, conhecidas por sua capacidade de defesa e presença de ferrão, a direção da escola decidiu suspender as aulas por segurança. A missão, agora, era salvar o enxame e proteger os alunos.
Para isso, um nome conhecido foi convocado: Joel de Souza Rosa, apicultor respeitado na região com mais de 30 anos de atuação. Ao chegar ao local, Rosa se deparou com uma colmeia como nunca tinha visto. Em entrevista ao Globo Rural, revelou o espanto: “Nunca tinha presenciado uma colônia com tantos favos altos e tão ativa fora do verão. Era uma super colmeia, muito bem estabelecida.”
A remoção do enxame, feito a cerca de 10 metros de altura, durou mais de duas horas. Cinco baldes cheios de mel silvestre e cera foram colhidos. O mel, originado da mistura de diversas floradas locais, foi em parte entregue aos trabalhadores e, em parte, reservado para alimentar as abelhas durante o inverno rigoroso da serra catarinense.
A colônia foi transferida para um apiário a cerca de 15 quilômetros da cidade. Lá, longe dos riscos da área urbana, as abelhas poderão continuar sua função vital para a biodiversidade: polinizar.
“Mais do que tirar abelhas de um telhado, salvamos vidas. A delas — e, potencialmente, a de alguém que poderia ser picado e alérgico. Missões assim nos lembram que preservar é um dever coletivo”, destacou o apicultor.
Escrito por Compre Rural com inforrmações da Globo Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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