Alguns pontos explicam a atual virada dos preços no mercado do boi gordo: Lacuna na oferta de animais para abate, aumento da demanda pela carne brasileira, valorização do dólar e virada do mês. Mas qual é o teto para os preços da arroba?
Ao longo desta semana, o fluxo de comercialização de boiada gorda continuou evoluindo de forma lenta nas praças pecuárias analisadas, efeito da enxuta oferta de animais terminados. Dessa forma, o mercado físico do boi gordo registrou um novo aumento nos preços em várias regiões de produção e comercialização nesta quinta-feira (28).
Outro ponto importante de ressaltar neste cenário, está ligado ao aumento da demanda pela carne bovina brasileira, seja no mercado interno ou externo. Esse cenário (maior da demanda), atrelado a baixa oferta de matéria prima (animais para abate), vêm gerando uma maior dificuldade na “originação” e, consequentemente, aumentando a disputa entre as indústrias que tentam, sem sucesso, cadenciar a alta dos preços.
Conforme apontou Fernando Henrique Iglesias, analista da Consultoria Safras & Mercado, mesmo com a alta dos preços, os frigoríficos estão enfrentando desafios na formação de suas escalas de abate. A expectativa é de que esse movimento de alta continue durante a primeira quinzena de outubro, devido à crescente demanda por carne bovina neste período.
No entanto, a maior entrada de animais de confinamento no mercado ao longo de outubro, prevista pelo analista, poderá limitar a continuação da valorização da arroba do boi gordo. “É preciso, no entanto, estar atento ao desempenho da exportação, no consumo doméstico e na oferta de boiadas do segundo giro do confinamento que podem mudar o panorama, que parece ter encontrado firmeza e saído do fundo do poço”, afirmou a Scot Consultoria.
Ainda segundo a consultoria, nas praças paulistas, com um cenário de diminuição da oferta da boiada e escalas de abate mais encurtadas, as cotações da arroba do boi comum e “boi China” permanecem estáveis na comparação dia a dia, mas com relatos de negociações acima da referência média para as categorias.
O boi comum está sendo negociado em R$220,00/@ e o “boi China” – animal jovem abatido com até 30 meses de idade – em R$230,00/@, preços brutos e a prazo. Ágio de R$10,00/@ em relação ao boi comum. Entretanto, colaborando para as informações de negociações acima das referências médias, o app da Agrobrazil, informou negociação do boi gordo comum de R$ 240,00/@ com pagamento à vista e abate programado para o dia 03 de outubro. Confira a imagem abaixo!

Para as fêmeas destinadas ao abate, a cotação da arroba da novilha gorda permanece estável na comparação dia a dia, negociada em R$215,00, preço bruto e a prazo. Para a vaca gorda, acréscimo de R$5,00/@ na cotação, negociada em R$195,00/@, preço bruto e a prazo, informou ainda o relatório da Scot.
Já Indicador do Boi Gordo Cepea/B3, continua a sua trajetória de recuperação dos preços e, ontem (28), voltou a acumular nova valorização que está em 17,37% no comparativo mensal. Dessa forma, os preços médios estão em R$ 234,50/@. O valor é o maior para o período dos últimos 30 dias, conforme mostra o gráfico abaixo.
“As escalas de abate continuam apertadas, estimulando muitas unidades frigoríficas a focarem no uso de lotes de boi a termo oriundos de boiteis e/ou de parcerias com grandes confinamentos”, afirmam os analistas da S&P Global Commodity Insights.

Giro do boi gordo pelas principais praças pecuárias
- São Paulo (SP): R$ 232/@
- Goiânia (GO): R$ 223/@
- Uberaba (MG): R$ 223/@
- Dourados (MS): R$ 228/@
- Cuiabá (MT): R$ 192/@
Em relação ao mercado externo, principalmente a China, o aumento de demanda pela carne bovina brasileira e a alta do dólar frente ao real devem acelerar o escoamento da produção por parte dos frigoríficos, acreditam os analistas, referindo-se ao comportamento do setor nos últimos três meses do ano, quando há, tradicionalmente, uma maior procura dos importadores pela proteína bovina.
Mercado atacadista
O mercado atacadista apresentou um aumento significativo nos preços da carne bovina. A tendência é que esse movimento continue no curto prazo, devido à injeção de salários na economia, incentivando a reposição ao longo da cadeia produtiva.
Além disso, a competitividade das proteínas concorrentes pode limitar o aumento. A carne de frango, em particular, é mais acessível em comparação com a carne bovina, atraindo a parcela da população de menor renda (com renda entre um e dois salários-mínimos), conforme destacado por Iglesias.
- O quarto dianteiro foi precificado a R$ 14,00 por quilo, com um aumento de R$ 0,50.
- O quarto traseiro atingiu o patamar de R$ 17,80 por quilo, com um aumento de R$ 0,60.
- A ponta de agulha foi cotada a R$ 14,00 por quilo, com um aumento de R$ 0,50.
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