
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica como deve ser o regime de chuva durante o mês em todo o país; A previsão indica chuva acima da média em grande parte das regiões Norte e Sul
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de maio indica tendência de chuva acima da média em grande parte das regiões Norte e Sul, leste da Região Sudeste e dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, bem como em áreas pontuais do centro-sul da Região Nordeste (tons em azul no mapa da figura 1a).
Já no extremo-norte e sul da Região Norte, norte da Região Nordeste, Região Centro-Oeste e interior da Região Sudeste, além de áreas do centro-norte do Paraná é prevista chuva próxima e abaixo da média (tons em cinza, amarelo e laranja no mapa da figura 1a). Não estão descartados eventos de chuva na parte norte e leste da Região Nordeste, ainda devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), bem como o aquecimento do Atlântico Tropical.
Clima no Brasil em maio e seus impactos na safra
Considerando o prognóstico climático do Inmet para maio/2024 e seu possível impacto na safra de grãos 2023/24 para as diferentes regiões produtoras, vale ressaltar que a região do Matopiba (região que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) vem apresentando níveis de umidade no solo satisfatórios nos últimos meses, favorecendo o desenvolvimento das culturas de primeira e segunda safra.
Para a safra de grãos 2023/24, o Inmet destaca níveis de umidade adequados no solo na região do Matopiba
Para maio/2024, a previsão de chuva próxima e acima da média na região poderá beneficiar o potencial produtivo das lavouras em desenvolvimento e colheita. Entretanto, normalmente a partir do mês de maio, existe uma redução da chuva no interior do Brasil, em particular no semiárido nordestino. Assim, algumas áreas do norte de Minas Gerais, parte central da Bahia, sul de Tocantins, divisa de Mato Grosso e Goiás, oeste de São Paulo e de Mato Grosso do Sul podem sofrer redução dos níveis de umidade do solo.
Já nas regiões Sul, leste de São Paulo e sudoeste de Mato Grosso do Sul, são previstos acumulados de chuva acima da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1a) para o mês de maio/2024, mantendo os níveis de água no solo elevados e favorecendo o manejo e desenvolvimento dos cultivos de primeira e segunda safra, mas podem interromper a colheita em algumas áreas.
Entretanto, na parte oeste do Paraná, há possibilidade de restrição hídrica nas lavouras onde a previsão aponta chuvas ligeiramente abaixo da média (tons em amarelo no mapa da figura 1a), podendo afetar o desenvolvimento dos cultivos que se encontrarem em estágios fenológicos de maior necessidade hídrica.
Temperatura
- A previsão indica que as temperaturas deverão ser acima da média em praticamente todo o País, principalmente na porção central do Brasil (indicado no mapa em laranja – figura 1b).
- Nas regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem ultrapassar 26ºC.
- Na Região Sudeste, as temperaturas devem variar entre 20ºC e 22ºC.
- Para a Região Sul são previstos valores menores, inferiores a 20ºC. Já em áreas de maior altitude da região sul e sudeste, são previstas temperaturas próximas ou inferiores a 14ºC.
Figura 1: Previsão de anomalias de (a) precipitação (chuva) e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de maio de 2024.

Impacto na safra
- Região do Matopiba: Previsão de chuva próxima e acima da média, beneficiando o desenvolvimento das lavouras de primeira e segunda safra.
- Semiárido nordestino: Redução da chuva a partir de maio, podendo afetar áreas do norte de Minas Gerais, centro da Bahia, sul do Tocantins, oeste de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
- Regiões Sul, leste de São Paulo e sudoeste de Mato Grosso do Sul: Acúmulo de chuva acima da média, favorecendo o manejo e desenvolvimento das safras, mas podendo interromper a colheita em algumas áreas.
- Oeste do Paraná: Possibilidade de restrição hídrica nas lavouras, afetando o desenvolvimento dos cultivos.
O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.
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