Confinamento inteligente: vale a pena automatizar?

Em um sistema de produção cada vez mais competitivo, a automação no confinamento de bovinos de corte deixa de ser um luxo e passa a ser estratégia. Mas será que realmente vale o investimento?

Confinamento de bovinos no Brasil ganha, cada vez mais, destaque e adeptos que entendem da importância do sistema para maior produção em menor espaço físico e de tempo, chamado “efeito poupa-terra”. Mas e a automação desse sistema, qual o caminho? De início é feita a leitura de cocho para ajustar as quantidades de ração por curral/ baias e as informações são enviadas para o software de gestão (TGC). O TGC ajusta as quantidades das dietas a serem produzidas e envia para o sistema de fabricação (CR1), que é um tablete que fica dentro do caminhão e gera a ordem de produção. Assim inicia o processo de fabricação. O display de LED do sistema de automação instalado no caminhão informa o ingrediente, a quantidade e a ordem dos insumos a serem carregadas.

O sistema registra o peso do caminhão durante o carregamento e informa ao operador pelo display de LED a quantidade que resta a ser jogada no vagão. Assim, o pazeiro, que é o motorista da máquina, dosa a quantidade até atingir o que foi previsto. Finalizado o carregamento, começa a contar o tempo de mistura, assim é liberado o caminhão para as linhas de cocho para fazer o fornecimento.

Cada curral/baia tem uma TAG fixada cadastrada no sistema, assim, quando o motorista passa com o caminhão na linha de cocho, faz a leitura da TAG do curral através de uma antena que fica interligada no caminhão, o sistema informa a quantidade de ração prevista para o curral/baia e o trato é iniciado.
O tratador acompanha a quantidade fornecida pela tela do sistema (TGT) no caminhão, assim, quando finaliza o curral/baia, o fornecimento é encerrado e o motorista parte para o próximo curral/lote sucessivamente.

No final do dia, após todos os tratos serem realizados, é feita a baixa no sistema e a baixa de estoque da fábrica para o próximo dia.
Com isso, é possível ter mais controle sobre o desempenho do lote e reduzir custos com insumos, assim, animais alimentados com mais agilidade e menos desperdício ficam prontos para desempenhar sua melhor performance.

Além da economia de mão de obra, os sistemas automatizados no confinamento de bovinos reduzem a dependência de operadores em tarefas rotineiras e aumentam a eficiência do time, que pode focar em atividades estratégicas.

Sem contar nos benefícios como: cumprimento do planejamento nutricional, coleta e acompanhamento de dados, eficiência na fabricação e no fornecimento, aumento da produtividade, controle de estoque, segurança e melhoria contínua, economia financeira, entre muitos outros.

Mas e o custo?

A automação ainda exige investimento inicial, mas em confinamentos médios e grandes, o retorno vem com a economia em ração, mão de obra e melhor desempenho dos animais.
Já em estruturas menores, o ideal é automatizar por etapas, começando por onde o impacto será maior.

Ou seja, automatizar o confinamento não é só uma tendência, é uma forma de produzir mais, com mais precisão e menos perdas.
A inteligência no campo começa com decisões estratégicas, e a automação pode ser uma delas.

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM