Do legado histórico aos protagonistas contemporâneos: os reprodutores e reprodutoras que consolidam a genética de excelência do Mangalarga Marchador.
O Mangalarga Marchador é um dos cavalos brasileiros mais numerosos e emblemático, com cerca de mais de 600 mil animais registrados na ABCCMM. Reconhecido pela sua marcha confortável, docilidade, rusticidade e versatilidade, conquistou não apenas criadores, mas também esportistas e apaixonados pelo cavalo de sela em todo o país.
A história da raça é feita por nomes que se tornaram ícones genéticos, desde garanhões fundadores que moldaram suas primeiras gerações até matrizes de destaque e reprodutores modernos que carregam esse legado para o futuro. Entre eles, estão cavalos campeões nacionais, matrizes produtoras de campeões e linhagens que se consagraram em criatórios tradicionais.
Reprodutores históricos de referência no Mangalarga Marchador
Fortuna (e os descendentes Fortunas II e III) – fundamentais na formação das linhagens do sul de Minas Gerais, considerados pilares do início da raça.
Armistício e Candidato – consolidaram andamento, resistência e estrutura, perpetuando qualidades que se tornaram marca registrada.
Beline – garanhão que trouxe refinamento e deixou descendentes de peso como Ouro Preto JB e Clemenceau II.
Tabatinga Predileto – bisneto de Beline, destacou-se na Fazenda Tabatinga, reforçando a consistência genética.
Matrizes de influência
Embora os garanhões sejam mais lembrados, as matrizes tiveram papel crucial na fixação de características:
Helena do Monteiro e Prece da Pedra Verde – matrizes lembradas por sua influência em linhagens de marcha picada.
Éguas da Campo Alegre, Traituba e Campo Lindo – base histórica da raça, garantindo rusticidade e marcha regular.
Essas éguas, mesmo que menos celebradas, são verdadeiras guardiãs da genética que sustenta a evolução do Marchador.
Reprodutores contemporâneos
Com a evolução dos programas de criação e o avanço da seleção genética, alguns nomes se tornaram símbolos da atualidade:
Estanho de Alcateia – líder do Ranking de Reprodutores 2023 da ABCCMM, eleito “Campeão de Progênie”, é um dos mais valorizados da geração atual.
Elfo do Porto Azul – grande expoente da marcha picada, com mais de 2.800 filhos registrados e diversos campeões nacionais, sendo um dos reprodutores mais influentes do Brasil.
Pavão do Morro Queimado – considerado pilar da linhagem moderna, referência na produção de campeões nacionais.
Fator da Cavarú-Retã – consolidado como um dos melhores reprodutores da marcha batida, amplamente valorizado em exposições e leilões.
Lúcido da Figueira – reconhecido como o Mangalarga Marchador mais caro do Brasil, símbolo de morfologia impecável e marcha de altíssimo nível.
Favacho Único – nome forte entre os criatórios, que transmite qualidade e marcha equilibrada.
Kabir da Pedra Forte – destaque entre os reprodutores modernos, conhecido pela consistência nos filhos.
O Iguape Catalão – nascido em 2011, filho de Favacho Juazeiro e Favacho Neblina, conquistou o título de Campeão dos Campeões Nacional de Marcha Batida em 2016. Reconhecido por sua marcha pura, comodidade e adestramento, hoje pertence ao Aras MH, onde é tratado como um dos grandes representantes contemporâneos da raça.
A grandeza do Mangalarga Marchador está na soma de esforços de criadores, garanhões e matrizes que moldaram sua genética ao longo do tempo. De Fortuna a Estanho de Alcateia, de Beline a Iguape Catalão, cada nome representa uma peça essencial dessa história.
Mais do que campeões de pista, esses cavalos e éguas se tornaram verdadeiras referências genéticas, garantindo que o Mangalarga Marchador continue sendo a raça símbolo do Brasil, marcada pela marcha confortável, beleza e versatilidade que conquistam gerações.
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