Conheça o campeão da raça Wagyu no Brasil em 2019

Touro Wagyu conquista Campeonato Nacional; a raça é reconhecida mundialmente por produzir uma carne marmorizada e extremamente saborosa.

Criado no Haras Rancho Tokarski, no Distrito Federal, o touro RTOW 11 MIAZAKI TE – 5941 foi o grande campeão dos machos no Campeonato Nacional das Raças Wagyu na 51ª edição da tradicional Exposição Municipal Agropecuária e Industrial de Avaré (Emapa), realizado na Estância Turística de Avaré, em São Paulo.

O animal tem pouco mais de quatro anos e sagrou-se vencedor frente a outros sete touros, provenientes de tradicionais produtores brasileiros. “Com apenas 12 meses ele já havia tinha recebido o título de Reservado Grande Campeão e agora tornou-se campeão. Ou seja, ele estava destinado a sagrar-se vitorioso. Por isso, já estamos negociando além de seus descendentes, também seu sêmen”, ressalta a veterinária Sarah Rocha, responsável pelos rebanhos há oito anos. Esta não é a primeira vez que um animal do haras é premiado. Em 2016, a Wagyu Angélica Elka superou 150 animais na Exposição Agropecuária de Maringá, Paraná, tornando-se a grande campeã nacional do ano.

O gado Wagyu reconhecidamente produz a melhor carne do mundo. A maciez e o sabor inigualável dos cortes que derretem na boca graças ao marmoreio da carne, conquistam cada vez mais entusiastas. Como se não bastasse, ainda é mais saudável que as demais, com gorduras não-saturadas e rica em ômega-3 e ômega-6. De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Wagyu, o rebanho dessa raça no Brasil soma 7 mil exemplares puros de origem e 40 mil, considerando os cruzamentos.

O Haras Rancho Tokarski aposta nesta raça desde 2014. Para chegar à excelência, foi necessário muito investimento genético e cuidados especiais durante todas as fases de crescimento dos animais. O resultado é um plantel de qualidade e premiado. De acordo com a veterinária, por ser considerado um gado mais rústico, a raça se adaptou muito ao Planalto Central, sem apresentar qualquer problema relacionado ao clima do cerrado ou debilidade a doenças locais.

Foto: Divulgação

Além de estar voltado para reprodução, o haras também produz animais para abate, já que o mercado para as carnes premium está em franca expansão. A estimativa é um aumento de aproximadamente 20% no consumo deste produto nos próximos anos. A expectativa deve-se à exigência dos consumidores que priorizam a qualidade em detrimento da quantidade, mesmo que custe um pouco mais caro. “Na pecuária tradicional, o gado é criado solto, no pasto, e alcança o acabamento ideal para abate entre três e quatro meses. Já o Wagyu, precisa de 12 a 18 meses de confinamento para produzir o marmoreio tão característico. Mantemos uma alimentação balanceada, com milho, soja e feno. As reses ficam presas em piquetes de até um hectare, com muita sombra e água fresca. Movem-se muito pouco e não criam músculos, o que possibilita a concentração de gordura, assegurando as características peculiares da carne”, ressalta a dra. Sarah.

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