Vídeo: Conheça o cavalo que parece um Dálmata

Conhecido carinhosamente como o “cavalo que parece Dálmata”, este magnífico equino encanta com suas pintas e cores vibrantes, evocando instantaneamente a imagem de um companheiro canino icônico; conheça o Knabstrupper

Em um universo repleto de maravilhas equinas, há uma raça que se destaca pela seu visual e elegância, o Knabstrupper. Conhecido carinhosamente como o “cavalo que parece Dálmata”, este magnífico equino encanta com suas pintas e cores vibrantes, evocando instantaneamente a imagem de um companheiro canino icônico.

Neste artigo, convidamos você a explorar as características únicas e a história fascinante por trás do Knabstrupper.

Origem e história

Acredita-se que descende de uma égua andaluza de pelagem manchada, que pertencia a um oficial espanhol estacionado na Dinamarca durante as Guerras Napoleônicas. Posteriormente, essa égua foi adquirida por um açougueiro chamado Flaebe. O Juiz Villars Lunn comprou a égua, a batizando de Flaebenhoppen em homenagem ao antigo dono. Lunn cruzou a égua com garanhões Frederiksborg, resultando em descendentes com pelagem salpicada. A raça recebeu o nome da cidade natal, Knabstrup, onde está localizada a propriedade de Villars Lunn, chamada “Knabstrupgard”. Um dos netos de Flaebenhoppen, chamado Mikkel, é considerado o principal garanhão fundador da raça.

Knabstrupper cavalo
Foto: Pinterst

Os cavalos Knabstrup foram empregados por oficiais dinamarqueses durante a Primeira Guerra de Schleswig (1848-1850), mas sua pelagem vistosa os tornava alvos fáceis. Na Batalha de Isted em 1850, dois oficiais dinamarqueses montando Knabstrups foram mortos. Uma égua chamada Nathalie, sobrevivendo à queda de seu cavaleiro, foi posteriormente reproduzida. Seu potro, nomeado Laessoee, e outro cavalo, montado pelo General Schleppegral, foram fundamentais na preservação da linhagem. O cavalo capturado pelos fazendeiros foi chamado “Schnapegral-peerd” e todos os seus descendentes exibiam uma pelagem única.

Em 1933, o veterinário Ahlstrand estabeleceu a primeira associação para proteger a raça, que se tornou nacional em 1970. Em 1971, o criador dinamarquês Frede Nielsen importou três garanhões Appaloosa dos EUA para diversificar os genes da raça.

Devido à notável beleza da pelagem, os cavalos Knabstrup eram preferidos pela nobreza para montaria e também para uso em carruagens. Durante guerras, eram montados por oficiais, mas a pelagem Leoparda tornava-os alvos fáceis.

Knabstrupper cavalo
Foto: Divulgação

Devido à consanguinidade direcionada à égua fundadora e a um incêndio que destruiu as cocheiras da fazenda Lynn, matando 22 Knabstruppers de elite, a raça entrou em declínio. Em 1971, Fred Nielson importou três garanhões Appaloosa dos EUA para introduzir novos genes.

Somente em 2002, a raça foi introduzida nos EUA por Mike e Caroline Athey, fazendeiros do Texas. O primeiro cavalo nascido na fazenda Athey foi uma fêmea de pelagem Leoparda chamada American Beauty. Nos EUA, existe a American Knabstrupper Association, mas o Serviço de Registro Genealógico é subordinado à associação na Dinamarca.

Características

Além de suas tonalidades singulares, os equinos Knabstrupp destacam-se por seu temperamento ameno, alto nível de treinabilidade, robustez, resistência e boa saúde. O Knabstrupper é enérgico e vivaz, sem ser temperamental, características que o tornavam notável nos campos de batalha.

Ao longo dos últimos dois séculos, surgiram três distintos tipos dentro da raça: o Knabstrupper esportivo, o barroco e o pônei. A linhagem esportiva foi desenvolvida para atender às demandas de praticantes de Adestramento, CCE e Salto, resultando do cruzamento com cavalos de sangue quente europeus. Os melhores resultados foram obtidos ao cruzar com Trakehners e Holsteiners. O Knabstrupper é naturalmente um trotador, e o Trakehner é a raça que mais se assemelha a essa característica.

O tipo barroco é menor, descendente de cavalos de carruagem e guerra. Mais robustos, pesados, com pescoço curto e musculoso, eram empregados para trabalhos atrelados e populares como cavalos de circo.

Foto: Divulgação

O Knabstrupper é reconhecido por sua pelagem exótica, com pintas e cores que se assemelham ao Appaloosa Americano, compartilhando os mesmos genes para cores. A cor mais popular é o leopardo, com pintas em preto, castanho ou alazão sobre um fundo branco. Outras pelagens, como a “capa”, o floco de neve e o “pouco pintado”, que é praticamente um cavalo de uma só cor, quando cruzados, geram potros pintados.

Produzir um potro com pelagem marcada não é tarefa fácil, pois não há garantias de que herdarão a pelagem dos pais pintados. O gene para a pelagem tordilha, dominante, também pode surgir e é de difícil remoção.

Foto: Internet

Os cavalos Knabstrupper gozam de boa saúde, não sendo suscetíveis a doenças específicas de origem genética, ao contrário de algumas raças. Sua longevidade média é em torno de 28 anos, e sua rusticidade foi bastante desenvolvida, facilitando a criação em sistema extensivo. A versatilidade da raça é evidente nos três tipos existentes. A reputação global da raça não se limita apenas à beleza singular das variedades de pelagens leopardo, mas também à sua atuação em circos. Foi por meio de apresentações circenses que a raça Knabstrupper foi introduzida na América do Sul, inicialmente na Argentina e Uruguai, e posteriormente no Brasil, onde contribuiu geneticamente para a formação da raça do cavalo Persa Marchador Brasileiro.

Uma observação interessante sobre a pelagem leopardo nos cavalos Knabstruppers é que essa variação, entre as diversas inseridas no complexo leopardo, quase se tornou um padrão na raça. Isso pode ser atribuído à consanguinidade direcionada a uma égua base e seus filhos, todos com pelagem Persa Leopardo, ou a uma seleção específica voltada para essa característica. Em média, as pintas nos cavalos Knabstruppers são mais marcadas do que em outras raças, enfatizando ainda mais o contraste sobre o fundo branco. Essa beleza marcante na pelagem Persa dos cavalos da raça Knabstrupper provavelmente influenciou a escolha desses equinos para apresentações circenses, além de sua habilidade natural para aprender as artes da doma circense.

Situação atual da raça

Lamentavelmente, a existência desta notável raça encontra-se ameaçada de extinção. A pureza dos poucos exemplares dispersos por alguns países é incerta devido a múltiplos cruzamentos.

Veja a beleza dessa raça:

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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