
Com raízes que remontam ao próprio George Washington, o American Mammoth Jackstock impressiona pelo porte, pela docilidade e por sua importância histórica na formação da agropecuária moderna.
Os jumentos mamutes americanos, conhecidos internacionalmente como American Mammoth Jackstock, são muito mais do que simples animais de trabalho. Trata-se de uma raça histórica, única no mundo, desenvolvida nos Estados Unidos e que carrega consigo uma herança agrícola, genética e cultural iniciada ainda no século XVIII. Hoje, esses imponentes burros de marcha são reconhecidos como a maior raça de jumento existente na natureza, sendo valorizados tanto por sua imponência quanto por sua docilidade e versatilidade.
A história do Mammoth Jackstock começa diretamente ligada a um dos nomes mais importantes dos Estados Unidos: George Washington, o primeiro presidente do país e um dos maiores inovadores agrícolas de sua época. Visionário, Washington investia no aprimoramento genético de animais de trabalho, com o objetivo de impulsionar a produtividade nas fazendas americanas.
Foi em 1785 que Washington recebeu um presente que mudaria o cenário agropecuário local: o rei da Espanha enviou ao presidente um jumento andaluz, chamado “Royal Gift”, junto a duas fêmeas (jennets). Pouco tempo depois, o marquês de Lafayette também presenteou Washington com um jumento maltês. Com esses animais, iniciou-se um criterioso programa de reprodução que originaria os poderosos e resistentes Mammoth Jackstock.
Com o tempo, outras raças como o Poitou, Andaluz, Maltês, Majorquim e Catalão foram cruzadas, originando uma linhagem de jumentos selecionados por força, tamanho e desempenho. Já em 1800, grandes criatórios estavam estabelecidos em Kentucky, Tennessee e no então território do Missouri, regiões que se tornaram polos produtores de mulas para trabalho.

O Mammoth Jackstock é, comprovadamente, o maior jumento do mundo. Os machos adultos podem atingir até 1,45 metro de altura – mas muitos superam os 1,5 metro – e pesar entre 400 a 545 kg, enquanto as fêmeas chegam a 1,37 metro. A coloração mais comum é preta ou marrom escura, com manchas brancas típicas no focinho e na barriga.
Para se ter uma ideia, o jumento brasileiro apresenta tamanho bastante variável, dependendo da raça e da região onde é criado. Em média, sua altura na cernelha — ou seja, até os ombros — varia entre 1,00 metro e 1,20 metro, enquanto o peso médio fica entre 130 e 250 quilos, podendo oscilar conforme a alimentação, o manejo e as condições ambientais. Essa diversidade reflete a adaptação do animal às diferentes realidades do país, desde regiões semiáridas até áreas mais férteis e produtivas.
Durante muito tempo, apenas os exemplares pretos eram considerados ideais, já que produziam mulas escuras, fáceis de combinar em equipes. No entanto, o mercado passou a valorizar mulas alazãs, fazendo com que jumentos dessa coloração também fossem incorporados à raça.
Criado para a produção de mulas de tração e montaria, o American Mammoth Jackstock foi essencial no desenvolvimento da agropecuária norte-americana. Com o passar das décadas e a mecanização do campo, essas mulas passaram a ser menos utilizadas no trabalho pesado e ganharam espaço como animais de lazer e companhia.

Além do porte, a docilidade, inteligência e estabilidade emocional dos jumentos mamutes impressionam. São fáceis de treinar, gostam de estar perto de pessoas e raramente se assustam, sendo excelentes companheiros para montaria ou convívio. Ainda assim, criadores alertam: machos não castrados não são indicados para iniciantes, devendo ser mantidos apenas por quem possui experiência com equinos reprodutores.
O Mammoth Jackstock possui excelente eficiência alimentar, mas isso exige cuidado. A obesidade pode levar a disfunções metabólicas e até laminite. É fortemente recomendado evitar o fornecimento de alfafa e manter uma dieta equilibrada, especialmente em ambientes sem alta demanda de atividade física.
A raça, embora ainda presente em várias regiões dos Estados Unidos e com núcleos menores no Canadá, enfrenta risco de perda genética, especialmente das linhagens pretas originais. Por isso, a conservação da raça tem se tornado prioridade entre criadores e instituições de preservação animal.
No Brasil, esses jumentos são chamados popularmente de jumentos mamutes americanos, tradução direta de seu nome em inglês. Ainda raros no país, começam a despertar o interesse de criadores especializados, curiosos por uma raça que une força, inteligência e história viva do campo.
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