O Robô Mata-Inseto, além de mapear o desenvolvimento das lavouras, tem a capacidade de identificar e eliminar os principais insetos nocivos às lavouras de diversas culturas, como soja, milho, cana e algodão; confi
A agricultura brasileira enfrenta um dos seus maiores desafios: o controle de pragas. Este desafio não apenas envolve considerações sobre os impactos dos produtos químicos na saúde humana e no meio ambiente, mas também se traduz em altos custos para os agricultores, principalmente devido ao uso de defensivos. Em resposta a essa questão premente, a Solinftec, uma startup com sede no interior de São Paulo especializada em agricultura de precisão, está introduzindo uma inovadora solução: O Robô Mata-Inseto.
O produto, denominado Robô Mata-Inseto ou Hunter, propõe uma abordagem diferente para o controle de insetos que atacam lavouras de soja e algodão, utilizando apenas frequências de luz. O equipamento, além de mapear o desenvolvimento das lavouras, tem a capacidade de identificar e eliminar os principais insetos nocivos às lavouras de diversas culturas, como soja, milho, cana e algodão.
O Hunter combate insetos como lagartas, percevejos, bicudos e broca-da-cana e outros sem o uso de defensivos químicos. Além de zerar o custo com tais produtos, o robô também traz benefícios ambientais.
Como funciona
O conceito por trás do Robô Mata-Inseto/Hunter é simples, mas eficaz: um robô percorre os campos durante a noite, emitindo feixes de luz específicos para atrair os insetos prejudiciais às plantações. Esses insetos são então atraídos para uma armadilha elétrica que os elimina através de choques.
Guilherme Guiné, responsável pelas operações da Solinftec na América do Norte, destaca o avanço tecnológico por trás do Hunter: “Não é novidade que certas frequências de luz atraiam insetos. O que nossa equipe de Pesquisa e Desenvolvimento descobriu são faixas específicas que atraem apenas os insetos de interesse agronômico”.
Com essa precisão, o robô consegue eliminar apenas os insetos prejudiciais às culturas, poupando predadores naturais benéficos, como joaninhas, e insetos polinizadores, como abelhas, da ação nociva dos pesticidas.
Além de lidar com a cigarrinha-do-milho e a mosca-branca, o Hunter consegue controlar outras pragas de importância econômica, como mariposas, besouros, gafanhotos e moscas. Ele percorre as lavouras durante a noite, agindo antes que as pragas tenham a chance de se reproduzir, sem prejudicar os insetos polinizadores que são ativos durante o dia.
O funcionamento do robô é baseado na atração dos insetos por meio de comprimentos de onda de luz específicos, seguido pela eliminação através de eletrochoques. Além disso, sua capacidade modular permite que ele se adapte a diferentes tipos de terreno, incluindo áreas íngremes e plantações infestadas, proporcionando uma solução versátil e eficiente para os desafios enfrentados pelos agricultores.
O Hunter também conta com placas solares para geração de energia necessária às suas missões para até 200 hectares de bordadura. Como está embarcado na plataforma Solix Ag Robotics da Solinftec, o equipamento realiza ao mesmo tempo o monitoramento das lavouras para obter dados e informações com alta precisão a respeito de diversos indicadores edafoclimáticos.
Veja mais detalhes:
Valor
Este dispositivo, com um valor aproximado de R$ 250 mil, representa um investimento significativo, mas seus benefícios são inegáveis. Ao contrário de métodos tradicionais, este dispositivo não apresenta ameaça aos polinizadores, eliminando completamente o risco de contaminação dos solos e das águas. Além disso, sua implementação torna o controle de pragas mais seguro para os operadores, promovendo assim o Manejo Integrado de Pragas (MIP), uma abordagem cada vez mais valorizada no setor agrícola.
Atualmente, mais de uma centena desses dispositivos, conhecidos como Scouting, estão em pleno funcionamento em todo o Brasil, em propriedades de renomadas empresas como Amaggi e Schmidt. Surpreendentemente, a demanda por esses dispositivos é tão alta que existe uma lista de espera para a aquisição de mais cem unidades.
Cada unidade do Scouting, avaliada em um valor equivalente ao de um carro popular, tem a capacidade de cobrir uma área de até 200 hectares. Para efeito de comparação, o preço de mercado do carro mais acessível no Brasil é de cerca de R$ 70 mil. Essa discrepância de valores ressalta a importância atribuída a essa tecnologia inovadora no setor agrícola, onde a eficiência e a sustentabilidade são prioridades crescentes.
Em resumo, o investimento em dispositivos como o Scouting não apenas representa uma economia a longo prazo, mas também promove práticas agrícolas mais seguras e ambientalmente responsáveis. É um passo significativo em direção a um futuro onde a agricultura e a preservação do meio ambiente andam de mãos dadas.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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