Foi reportado um total de 784 raças de cavalos no mundo, muitas são pouco conhecidas aqui no Brasil, por isso, trouxemos quatro raças de cavalos pouco conhecidas pelos brasileiro. Confira!
Você conhece todas as raças de cavalo do mundo, ou, pelo menos, sabe quantos cavalos existe no mundo? Mapeador do mundo registra que existem aproximadamente 60 milhões de cavalos no mundo, com um sexto dessa população vivendo nos EUA. Cabe ressaltar que os cavalos selvagens também não são totalmente contabilizados em todas as partes do mundo.
Existem muitos cavalos no mundo, variando em tamanho, raça e localização. Em alguns países, os cavalos desfrutam de um status protegido como animais de estimação, enquanto outros países veem os cavalos como gado, o que significa que os cavalos podem ser legalmente abatidos nesses países para carne.
Apesar do termo “raça” ser relativamente controverso e não contar com uma definição científica universalmente aceite, normalmente aceita-se que uma raça animal possui características específicas que são transmitidas a outras gerações, e que indivíduos descendentes de sucessivas geração de animais com as mesmas características podem ser considerados “puro-sangue” daquela raça.
Conheça quatro raças de cavalos pouco conhecidas no Brasil
O “mini” cavalo Konik
O Konik é uma raça equina originária da Polônia e Bielorrússia, descendente de cavalos selvagens encontrados em pântanos. Seu nome em polaco significa literalmente “cavalinho”, e faz referência ao seu pequeno tamanho. São reconhecidos por sua resistência, adaptabilidade e aparência rústica. Com altura entre 1,30 e 1,50 metros, possuem pelagem marrom acinzentada ou castanha. Originalmente eram utilizados como cavalos de trabalho, também são empregados em projetos de conservação da natureza e pastoreio de áreas preservadas.
Originou-se no século XIX na Polónia, a partir do cruzamento de cavalos domésticos com éguas selvagens capturadas, com o objetivo de criar cavalos de tração. Seu corpo é robusto, as patas curtas e a cabeça grande. As crinas e cauda são longas e escuras, enquanto a pelagem do resto do corpo é curta e de um lobuno acinzentado ou levemente amarelado (salvo pelas pontas das patas, também escuras).
São dóceis, inteligentes e possuem forte instinto de sobrevivência. Sua resistência à doenças e capacidade de se alimentar de vegetação escassa fazem deles excelentes para pastoreio em áreas ecológicas. Reconhecidos internacionalmente, são valorizados por suas características físicas, habilidades e importância na preservação da biodiversidade. Cuidar e proteger esses cavalos contribui para a conservação de ecossistemas e representa uma conexão com o passado ancestral dos cavalos na Europa.
O cavalo musculoso Suffolk Punch
Acharam que era Bretão né? A raça Suffolk Punch é a raça de tração mais antiga existente no Reino Unido. Seu primeiro registro data de 1768, com o animal Crisp’s Horse of Ufford, porém, há relatos de exemplares desde o século 16.
O Suffolk Punch é uma raça equina de tração pesada originária da região de Suffolk, na Inglaterra. São conhecidos por sua força, resistência e temperamento calmo. Com uma aparência distinta, possuem um corpo robusto, compacto e musculoso, além de uma cabeça larga e expressiva. Sua pelagem é geralmente de cor castanha escura ou alazã.
Utilizados tradicionalmente como cavalos de trabalho agrícola, os Suffolk Punches eram essenciais para puxar arados e realizar outras tarefas pesadas nos campos. No entanto, com a modernização da agricultura, a demanda por esses cavalos diminuiu drasticamente, colocando a raça em risco de extinção. Hoje em dia, os Suffolk Punches são valorizados por sua importância histórica e cultural. São frequentemente encontrados em fazendas e propriedades rurais, sendo apreciados por sua beleza e tranquilidade.
Além disso, eles são usados em competições de tração, demonstrando sua incrível força e resistência. Esforços de conservação têm sido feitos para proteger e preservar essa raça única. Organizações e criadores se dedicam a promover a reprodução seletiva e o uso dos Suffolk Punches em trabalhos agrícolas tradicionais, garantindo assim a sobrevivência dessa raça icônica.
O belíssimo cavalo Lipizzan
O Lipizzan é uma raça equina de origem europeia, com uma história rica e uma notável associação com a Escola Espanhola de Equitação de Viena, na Áustria. Esses cavalos são conhecidos por sua elegância, força e habilidades em alta escola de equitação. Originários da região dos Balcãs, os Lipizzans têm uma aparência distinta, com um corpo compacto, cabeça nobre e membros fortes. Sua pelagem é predominantemente branca, embora possam nascer com uma coloração escura que clareia com o tempo.
Esse cavalo exibe membros poderosos, garupa chata e cabeça forte. Sua crina, longa e sedosa, lembra a do andaluz. O potro nasce negro e, com o passar do tempo, torna-se tordilho e, finalmente branco. A docilidade do lipizzan, aliada às suas aptidões físicas, transformaram-no na montaria exclusiva desta instituição, que preserva intactas as tradições da equitação clássica. As reprises apresentam cavalos tanto na guia quanto montados, em trabalho individual ou em grupo.
Os Lipizzans são famosos por suas habilidades de adestramento e pela execução de movimentos complexos, como o “levade” e o “capriole”. Eles são usados em apresentações de equitação clássica, onde demonstram uma combinação de graça e precisão. Essa raça também possui um papel histórico significativo. Durante a Segunda Guerra Mundial, os Lipizzans foram resgatados e protegidos pelos Aliados, garantindo sua sobrevivência.
Hoje, existem diversos centros de criação e treinamento dedicados a manter a tradição e a preservar essa raça única. Os Lipizzans são apreciados por sua beleza, habilidades de equitação e importância cultural. Eles representam uma conexão com a história e a tradição e continuam a cativar amantes de cavalos em todo o mundo.
O cavalo Bardigiano
O Bardigiano é uma raça equina originária da região de Emília-Romanha, na Itália. Esses cavalos são conhecidos por sua resistência, versatilidade e pelagem distintiva. São considerados animais de porte médio, com altura variando entre 1,45 e 1,55 metros na cernelha. Uma das características mais marcantes dos Bardigianos é a sua pelagem “grisalha”, que consiste em uma mistura de pelos brancos e pretos. Essa pelagem única confere a eles uma aparência elegante e atraente.
Historicamente, os Bardigianos eram usados como cavalos de trabalho nas áreas montanhosas da Itália. Sua força e resistência os tornavam ideais para transporte de carga e trabalho agrícola em terrenos acidentados. Atualmente, os Bardigianos são valorizados por sua beleza e por suas habilidades em diversas disciplinas equestres, como equitação recreativa, tração leve e provas de resistência. Eles são conhecidos por seu temperamento dócil e inteligência, tornando-os fáceis de treinar e lidar.
Apesar de ser uma raça relativamente pequena em número, os Bardigianos são considerados um tesouro nacional na Itália e são protegidos por programas de conservação e preservação. Eles representam uma parte importante do patrimônio e da cultura equina da região de Emília-Romanha.
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