Consumidores de proteínas vegetais alegam que o principal fator é o sabor: Mintel

Nova pesquisa da Mintel revelou o sabor como a principal razão pela qual os adultos dos EUA que comem proteínas vegetais o fazem (52%), ultrapassando as preocupações com a dieta (10%), a proteção animal (11%), o meio-ambiente (13%) e até a saúde (39%).

A pesquisa baseou-se em respostas de 1.876 usuários de internet dos EUA de 18 anos ou mais que comem proteínas vegetais. O estudo também indicou que 46% dos americanos concordam que as proteínas vegetais são melhores do que as opções baseadas em animais.

Se desejam evitar alimentos processados (39%), controlar o peso (31%) ou promover o crescimento muscular (16%) muitos consumidores de proteínas vegetais são motivados pela manutenção ou melhoria de sua saúde e bem-estar, de acordo com a pesquisa Mintel.

Quando se trata de tomar decisões no supermercado, novamente, o gosto (65%) é o fator direcionador para aqueles que comem proteínas vegetais, seguido de atributos centrados na saúde. Esses consumidores são mais propensos a procurar produtos de proteínas vegetais sem ingredientes artificiais (41%), que são ricos em proteína (35%) e fibra (28%) e aqueles que não contém organismos geneticamente modificados (28%).

As reivindicações da ausência de OGMs, em particular, estão impulsionando a inovação na categoria, já que os lançamentos dos EUA de alimentos e bebidas com proteínas vegetais que afirmam ser sem OGMs passaram de 3,8% em 2012 para 19,6% em 2017, de acordo com a Mintel Global New Products Database (GNPD).

“Embora o consumo geral de proteínas vegetais permaneça baixo, esses produtos se beneficiam de uma reputação geralmente saudável, tanto para as dietas dos consumidores quanto para o meio-ambiente, e o crescente interesse dos consumidores em estilos de vida melhores continuará a gerar interesse na categoria”, disse o analista de alimentos e bebidas da Mintel, Billy Roberts.

Embora os atributos saudáveis e funcionais sejam de interesse para os consumidores, com menos da metade (46%) dos americanos dissendo que confiam nas afirmações funcionais feitas por alimentos vegetais, há oportunidades para as marcas divulgar os benefícios, de acordo com a Mintel, observando que 71% dos entrevistados concordaram que as marcas devem fornecer mais informações sobre a origem e os ingredientes do produto na embalagem.

Substitutos da carne

Os produtos vegetais que imitam carne, queijo e leite são populares entre aqueles que procuram proteínas à base de plantas. Isto é especialmente verdadeiro para os consumidores de 18 a 34 anos, já que essa é faixa etária com mais chance de comer substitutos de proteínas vegetais para carne (58%), queijo (56%) e leite (53%).

“A carne ‘falsa’ percorreu um longo caminho em termos de inovação e aceitação do consumidor, com hambúrgueres sem carne, hambúrgueres e frangos cultivados em laboratório encontrados em menus e em mercados em todo o país”, disse Roberts.

“Além disso, uma proteína vegetal orientada para o valor pode ser bem aceita pelos membros da iGeneration, Millennials e membros mais novos da Generation X, pois esses consumidores são mais propensos a dizer que as proteínas vegetais são muito caras. Assim, o envolvimento das principais marcas na categoria poderia encorajar bem a categoria como um todo.”

Ainda assim, a carne tem muitos fãs

A pesquisa da Mintel mostrou que 67% dos americanos concordam que a carne é essencial para uma dieta equilibrada e 51% acreditam que uma refeição não está completa sem carne.

“A oportunidade para as proteínas vegetais parece mais como um complemento das proteínas animais do que como uma substituição por atacado, pois nossa pesquisa mostra que muitos consumidores estão interessados em proteínas vegetais, mas ainda veem a carne como uma parte importante de uma dieta balanceada. O maior desafio para a categoria de proteínas vegetais continua sendo encontrar o equilíbrio certo entre sabor e saúde e descobrir as categorias onde os consumidores aceitarão a adição de variedades vegetais”, concluiu Roberts.

Fonte: MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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