Atingir pequenos e médios produtores é o grande objetivo, pois permite um tratamento massificado de esforço operacional, barateia os custos e diversifica os riscos.
O início de operações digitais financeiras por parte de agricultores de pequeno e médio portes entusiasmou o Ministério da Agricultura, mas expõe o atraso do campo brasileiro nessa frente em relação a outros países e a outros setores.
Mesmo assim, a expectativa é que as CPRs eletrônicas ajudem a captar dezenas de bilhões de reais para esse público nos próximos anos. “Atingir pequenos e médios produtores é o grande objetivo, pois permite um tratamento massificado de esforço operacional, barateia os custos e diversifica os riscos”, disse José Angelo Mazzillo Júnior, secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, ao Valor.
A demanda por finanças estruturadas e operações eletrônicas vai crescer, o que dá vantagem e quem se organizar primeiro, raciocina ele. “O crédito vai chegar com mais qualidade e os produtores têm as cooperativas, as associações e as revendas como polos de concentração para acessar esse dinheiro. Quem se organizar primeiro ganhará mais mercado”, acrescentou. Em 2021, o secretário quer “entrar mais firme no mundo da digitalização” para buscar financiadores para o agro com a proposta de criação da Cédula de Crédito.
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“Para o próximo Plano Safra, não trabalhamos, em hipótese alguma, com qualquer ideia de orçamento menor e que não seja até um pouco maior do que foi ano passado”, afirmou. “A produção cresce de forma acelerada, bate recorde e traz divisa e arrecadação. Não tem como o apoio ser menor. É uma troca que deve ser feita em benefício do próprio país”.
Nesta safra 2020/21, são quase R$ 15 bilhões em subvenções, entre equalização de juros e programas de comercialização e gestão de riscos. Em dezembro, o subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia, Rogério Boueri, afirmou ao Valor que os recursos ficarão “cada vez mais difíceis, disputados e complicados” no cenário de déficit primário e dívida pública nas alturas.
As informações são do Valor Econômico.