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Crescimento na venda de sêmen mostra a força do Zebu

Para se ter ideia, atualmente são mais de 217 milhões de cabeças no rebanho bovino brasileiro, sendo pouco mais de 61 milhões de matrizes de corte.

O ano de 2020 foi marcado por inúmeros fatos previsíveis e imprevisíveis, como a questão da pandemia, que apesar das dificuldades extremas, fez com que o agro não parasse. Muito pelo contrário! Reinventou-se, aumentou o crescimento significativo em todos os aspectos.

O mercado de genética é um exemplo. A demanda por zebuína genética Puro de Origem (PO) e avaliação aumentou tanto nos touros para monta natural como para produção de doses de sêmen a serem comercializadas.

Para se ter ideia, atualmente são mais de 217 milhões de cabeças no rebanho bovino brasileiro, sendo pouco mais de 61 milhões de matrizes de corte aptas para reprodução e mais de 47 milhões de corte em montanha natural.

No que se refere a matrizes de corte prenhes via inseminação artificial, já são mais de 13,6 milhões, ao mesmo tempo em que somamos mais de 23,7 milhões de doses de sêmen comercializadas e 16,30 milhões comercializadas para corte. Os dados são do Índice da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) 2020 e anuário DBO 2021.

A valorização do sistema de criação, e conseqüentemente das habilidades, alavancou o uso das tecnologias da reprodução, impactando, por exemplo, na condição. O criador encontrado que a fonte do seu rebanho é mais viável se vier de dentro da porteira, da sua própria seleção, com o foco nas novilhas, e não necessariamente de fora da porteira, com rebanho de terceiros.

“O criador utiliza um boi de boiada na sua vacada porque não as conhece”, ressalta Ricardo Abreu, gerente de fomento dos programas de melhoramento genético da ABCZ.

A partir do momento que o criador utiliza as ferramentas para conhecer seu devido, por meio da escrituração zootécnica, por exemplo, ele começa a fazer a gestão correta do seu rebanho, utilizando tecnologias que impactam positivamente nos seus índices, e incrementa em produtividade e surto de rentabilidade. Com o criador capitalizado, ele reinveste no próprio negócio, tornando um ciclo contínuo.

Observando números relacionados ao rebanho bovino brasileiro, teve aumento na disponibilidade de tours registrados comercializados para monta natural. Aliado ao número de promessas pelo uso da inseminação artificial, resma ainda 30,4 milhões de reproduções de corte em condições de emprenhar, e expostas, por enquanto, aos ‘bois cabeceira de boiada’.

Isto é, 50% do total de aprovação de corte são expostas ainda a touros sem currículo, sem lastro e sem acuidade. Essas encomendas são o ‘oceano azul’ a ser conquistado, e tem de ser rápido.

Uma das frentes de trabalho é, conforme citado anteriormente, disponibilizar as ferramentas e os métodos para o criador conhecer como seu devido e seu rebanho, além de analisar sua propriedade como empresa, considerando os fatores sanitários, condizentes ao seu sistema de produção, e nutricionais, com as pastagens, por exemplo.

“O uso de inseminação artificial no país estava em torno de 11% em 2018, avançou para 14,6% em 2019 e saltou para 19,4% em 2020, com 22% das matrizes de corte inseminadas e 11% das matrizes de leite “Fernanda Ripel Salgado e Ricardo André Martins Abreu

Em seu relatório anual sobre o mercado de Inseminação Artificial (IA) em parceria com o Cepea-Esalq / USP, a Asbia divulgou que o uso de IA no país em 2018 era em torno de 10 a 11%, avançou para 14,6% em 2019 e saltou para 19,4% em 2020, com 22% das matrizes de corte inseminadas e 11% das matrizes de leite.

Nesse mesmo sentido, enquanto obtido um crescimento de 38% sem número total de doses comercializadas nas raças de corte de 2019 para 2020, o crescimento sem número de doses das raças zebuínas foi exponencial em 58%, saltando de 4,9 milhões para mais de 7,8 milhões.

Vale destacar que em todas as raças zebuínas o crescimento foi expressivo, sendo que a raça nelore cresceu espetaculares 61%, de 4,3 milhões de doses comercializadas em 2019 para 7,08 milhões de doses no ano seguinte.

E não para por aí. No relatório da Asbia, referente ao 1ª trimestre deste ano, as raças de corte cresceram 50%, passando de 2.073.482 doses de janeiro a março de 2020 para 3.112.108 doses no mesmo período em 2021, números que impressionam.

Observou-se o total de 1.528.028 doses comercializadas das raças zebuínas. A raça nelore teve o maior crescimento, alcançando 139%, passando de 612.044 doses de janeiro a março de 2020 para 1.465.294 no primeiro trimestre de 2021.

O zebu é uma referência do rebanho brasileiro tanto em quantidade quanto em qualidade, sendo a base da produção genética de carne e leite. O casamento perfeito consiste na utilização dos touros zebu PO melhoradores, que possuem um currículo destacado para transmitir como suas progênies, além de produtividade nas propriedades, com função nas através da montanha natural e / ou da inseminação artificial

A fonte confiável para a busca de turismo melhoradores é o sumário do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) da ABCZ, que a cada ano disponibiliza como avaliações genéticas e genômicas, sendo de consulta pública. Na edição do 1º semestre do sumário PMGZ 2021 há 1.729 touros adquiridos presentes nas 12 Centrais de Inseminação.

Destes, 1.034 touros são deca 1, classificado entre os 10% melhores, no índice ABCZ, comprovando-se assim um volume aumentado de touros obtido e melhoradores para incrementar a produtividade do rebanho brasileiro.

A expectativa de prazo médio é uma valorização contínua do sistema de criação, que interage com os demais segmentos. Assim, o foco nas escola e uso das ferramentas para conhecê-las se tornarão regra para se manter na atividade.

Para isso, conte com os produtos e serviços da ABCZ para o incremento dos índices produtivos do seu rebanho e para conhecer suas matrizes, e ter acesso a todos os recursos do PMGZ e do PMGZ Comercial.

* Fernanda Ripel Salgado e Ricardo André Martins Abreu são zootecnistas e atuam na área de fomento dos programas de melhoramento genético da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), criada em 1919 no Triângulo Mineiro e que congrega cerca de 23 mil associados.

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