CRV mostra instalações europeia de produção de embriões

Revista Veeteelt vai aos bastidores da Central de Reprodução Bovina da CRV em Wirdum (Holanda) mostrar as instalações

Na Central de Reprodução Bovina em Wirdum (Holanda), a CRV reúne as melhores fêmeas para produzir embriões para seu programa de melhoramento. Em uma série de três artigos, a revista Veeteelt vai aos bastidores e nessa edição mostra aos leitores as instalações.

De 10 mil embriões anualmente coletados para 20 mil no futuro

A Central de Reprodução Bovina em Wirdum (Holanda) está ajudando a CRV a alcançar essa ambição. Jakomien Noordman, chefe de produção de embriões e das instalações que alojam os touros, concedeu a Veeteelt uma visita guiada pelo novo complexo.

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Foto: veeteelt.nl

Não falta nada na nova e hipermoderna Central de Reprodução Bovina, nos arredores de Leeuwarden. “Escolhemos centralizar todas as atividades relacionadas à produção de embriões em um único local”. Vamos fechar o estabelecimento em Terwispel, assim como o fechamento anterior do laboratório IVP em Harfsen, explica Jakomien Noordman, Chefe de Produção de Embriões e também chefe das instalações.

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Foto: veeteelt.nl

Há entre 15 e 20 funcionários em Wirdum. A CRV pode acomodar entre 300 e 400 animais de grande valor genético aqui, variando em idade de apenas algumas semanas a 27 meses. “Por ano, a CRV atualmente produz 10 mil embriões, mas nosso objetivo final é alavancar esse número para 20 mil embriões por ano”.

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Foto: veeteelt.nl

Além de ter espaço para escritórios, o edifício principal também abriga um laboratório espaçoso e uma área de recepção. “Nós podemos receber grupos de visitantes aqui e dar-lhes uma visão dos bastidores”. O exterior do edifício foi projetado com grande planejamento. O revestimento de madeira na faixada e o amplo uso de vidro conferem ao edifício uma sensação transparente e sem barreiras. O prédio é aquecido e resfriado com energia geotérmica e equipado com iluminação LED.

Todos os animais que chegam a central são primeiramente colocados em quarentena. As três zonas de contenção da quarentena são ventiladas mecanicamente para minimizar o risco de introdução de doenças. Duas zonas de quarentena também foram criadas para animais que forem deixar as instalações. “Esses animais são destinados as nossas nove fazendas de testes, incluindo duas em Flanders (Norte da Bélgica). Como o status sanitário em Flanders é maior que na Holanda, os animais devem ser colocados em quarentena antes de sair da Central”.

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Foto: veeteelt.nl

Os animais ficam alojados em dois barracões: um para animais menores de 15 meses de idade e outro para animais com idade superior. O piso emborrachado, escovas para coçar e camas confortáveis contribuem para o bem-estar dos animais.

Protocolos sanitários rigorosos estão em vigor para evitar a introdução de doenças. Por exemplo, os funcionários enxaguam suas botas cada vez que deixam um compartimento e as lavam antes de entrar nos barracões. Os visitantes não possuem acesso ao interior dos barracões, mas podem olhar os animais do alto através de uma janela com visão panorâmica.

Os novos barracões são divididos em compartimentos, que dependendo da idade dos animais, podem alojar cerca de 26 em cada um deles. As paredes de concreto de 1,5 m de altura garantem que não haja contato entre os grupos individuais. Muitos vírus são transmitidos pelo ar. Então, mesmo uma parede como essa não irá detê-los. Mas torna as coisas mais difíceis para certas bactérias se espalharem de um grupo para outro.

Grandes ventiladores, o telhado com isolamento e uma estação meteorológica interna que controla as cortinas de ventilação, asseguram que o clima no barracão seja tão fresco quanto possível. “Um clima ameno é importante para todos os animais, especialmente para este grupo. Se ocorrer estresse calórico, observamos um declínio na produção de embriões após alguns meses. A luz também é um fator importante para boa produção de embriões”.

Não há mais necessidade de utilização de cabrestos em Wirdum

O uso inteligente de portões e corredores estreitos faz com que os funcionários possam facilmente guiar os animais para a área de coleta. Um sistema de pesagem instalado nesses corredores monitora o peso das doadoras. Um pedilúvio também foi instalado nos corredores. Nas duas áreas de coleta, os animais são mantidos em baias individuais especialmente projetadas.

Uma base ajustável, onde os animais jovens colocam as quatro patas e os animais mais velhos e maiores apenas as patas dianteiras, garante uma altura de trabalho ideal para os especialistas em transferência de embriões.

Tradução livre: Flávio Corbucci via crvlagoa.com.brveeteelt.nl

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