Cuidado com a “emboscada” nos preços da arroba!

O mercado do boi gordo sofreu grande impacto negativo nas últimas 4 semanas, mas parece que o mercado mudou e pode trazer um “alívio”, veja!

Após uma desvalorização de R$ 30 por arroba nos preços do boi gordo, o mercado parece ter encontrado um ponto de equilíbrio e deve trazer um certo “alívio” para o pecuarista na próxima semana. Segundo levantamento realizado pela equipe do Compre Rural, o mercado fechou a semana com estabilidade nos preços nas principais praças pecuárias do Brasil. Confira o que esperar do mercado!

A maior verdade é que os extremos não são bons para o mercado, fato esse que foi vivido pela pecuária nos últimos 12 meses. Os preços da arroba tiveram uma valorização média de 27% nesse período, mas a lei da oferta e demanda é forte e sempre irá prevalecer. Confira abaixo!

Fechamento da semana

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 259,84/@, na sexta-feira (11/12), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 252,99@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 240,38/@.

Já o Indicador do Cepea, seguindo a trajetória do mercado, fechou com estabilidade nesta sexta-feira, cotado ao valor de R$ 263/@. Já o valor da arroba no mercado externo, ou seja, cotação do boi gordo no mundo, o Brasil fica em 4º Lugar, com um arroba precificada em U$ 50,99. Mostrando que a valorização do dólar é o que mais pesa nesse momento!

Giro do boi gordo pelo Brasil, segundo Safras

  • Em São Paulo, capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 260 a arroba, na comparação com R$ 264 na quinta-feira.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 259 a arroba, ante R$ 262.
  • Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a arroba chegou a R$ 250 a arroba, contra R$ 252.
  • Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 253 a arroba, ante R$ 255.
  • Já em Cuiabá, no Mato Grosso, a arroba do boi ficou em R$ 249 a arroba, contra R$ 254.

Pontos positivos para o pecuarista

Os frigoríficos tentaram na última sexta, apertar mais uma vez os preços e acabaram encontrando um mercado mais resistente a novas baixas. Segundo os analistas, o mercado que se encontrava sem um teto – tanto na alta quanto na baixa – parece ter encontrado um teto para as negociações.

Os pecuaristas que possuíam animais para comercialização já o fizeram, trazendo uma melhora nas escalas de abate dos frigoríficos. Entretanto, esses agora estão mais reticentes em comercializar novos lotes, trazendo uma pressão positiva nos preços.

Na última sexta, algumas plantas já começaram a ofertar melhores preços para garantir os pequenos lotes disponíveis para abate. Esse ponto é muito importante para o mercado e, segundo nossos analistas, traz uma estabilidade para o mercado e mostra que os preços acharam seu ponto de equilíbrio.

“Plantas frigoríficas de médio e pequeno porte chegaram até a ajustar positivamente as suas referências de preços para as fêmeas diante da melhor relação custo-benefício para indústria”, ressalta a IHS.

Ponto de alerta para o pecuarista nesse momento

Os frigoríficos já sinalizaram que vão tentar impor nessa abertura de semana uma nova pressão de baixa, já que a meta é chegar ao preço de R$ 255/@ para o Boi China, segundo nossas fontes. Entretanto, a pressão só surtirá efeito se o pecuarista aceitar tais ofertas para concretizar as negociações.

Sendo assim, é preciso ter cautela nesse momento e garantir que as negociações não percam referência e não caiam nas estratégias impostas pelas grandes indústrias. Da mesma forma que os frigoríficos buscam pressionar o atacado com preços mais altos, é preciso que o pecuarista não se deixe levar por novas pressões de baixa.

Mercado consumidor

O mercado interno segue patinando no consumo, já que o menor valor do auxílio emergencial acabou deixando a maior parte da população descapitalizada e a entrada do décimo terceiro não foi suficiente para poder garantir uma melhora na renda. Hoje o país tem uma taxa de 24% de desempregados.

No mercado externo, os volumes seguem a trajetória que é historicamente observada, a redução nesse período é comum, já que os mercados se encontram abastecidos e se preparam para as festividades do fim de ano. Esse ponto não é novidade para a indústria.

Lembre-se, o mercado interno dita 70% do consumo da carne produzida no Brasil. Tenha cautela nas negociações da venda do boi gordo e busque na compra da reposição adquirir apenas o necessário para manter a atividade na propriedade!

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