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Custos mundiais de produção de suínos revelam margens estreitas ou negativas aos suinocultores

Maior variação dos custos de produção aconteceu no Canadá, que apresentou aumento de 39,8% entre 2020 e 2021. No Brasil, foram avaliados os custos dos suinocultores de SC e MT.

Os resultados dos custos mundiais de produção de suínos referentes a 2021 foram divulgados, na quarta-feira (28), pela Embrapa Suínos e Aves. Os números foram apresentados durante a reunião anual do Grupo para Comparação dos Custos de Produção na Suinocultura (InterPIG). O encontro deste ano aconteceu na cidade de Szekszárd, na Hungria, de 27 a 29 de junho, e foi organizado pelo Instituto de Pesquisa em Economia Agrícola da Hungria.

A maior variação dos custos de produção aconteceu no Canadá, que apresentou aumento de 39,8% entre 2020 e 2021, tendo a alimentação a maior parcela, representando um custo de US$ 0,99 para cada quilo vivo de animal produzido, configurando um custo total de US$ 1,36 por cada quilo vivo. Estados Unidos ocupa a segunda posição com custos elevados, apresentando no mesmo período um aumento de 29,2%, ou seja, para produzir um quilo de suíno vivo no país norte-americano foram gastos US$ 1,16. O Brasil vem logo na sequência, com variação de 25,3% no mesmo período no custo para os produtores de Santa Catarina. Com US$ 0,94 gastos com o componente alimentação, cada quilo de suíno vivo custou US$ 1,14 ao produtor catarinense, enquanto ao suinocultor mato-grossense girou na casa de US$ 1,03. Apesar da variação baixa, de apenas 11,1%, os suinocultores da Holanda precisam de US$ 1,57 para produzir cada quilo de suíno vivo no país.

Segundo o pesquisador da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, Marcelo Miele, o principal objetivo é “trazer informações para os agentes da cadeia produtiva no Brasil sobre o grau de competitividade dos seus principais concorrentes”. As estimativas detalhadas e a análise dos resultados estarão disponíveis até o final do ano na Central de Inteligência em Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa. Na página da CIAS, podem ser consultados os custos mundiais desde 2010.

Ao fazer uma comparação entre custos e preços pagos ao produtor, no Brasil o produtor catarinense gastou US$ 1,14 para produzir um quilo de suíno vivo e recebeu pelo mesmo quilo US$ 1,21, enquanto o suinocultor do Mato Grosso equalizou os custos e ganhos com a produção, não obtendo rentabilidade. Já os produtores holandeses receberam US$ 1,26 por cada quilo vivo do suíno, mas gastaram US$ 0,31 a mais na terminação, ficando com margens negativas. Na média da Interpig, os custos de produção foram superiores aos preços pagos aos produtores na maioria dos países pesquisados. 

A reunião InterPIG ocorre anualmente, envolvendo as principais instituições de pesquisa que estudam a competitividade da suinocultura nos principais países produtores. A Embrapa Suínos e Aves fornece estimativas para Santa Catarina, onde conta com a parceria da Cooperativa de Produção e Consumo Concórdia (Copérdia) e dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) e, para Mato Grosso, onde tem a parceria do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) e da Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat).

Fonte: Com informações da Ascom Embrapa Suínos e Aves
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