Descorna de bezerras realizada com técnica não causa dor

A descorna é um procedimento que busca eliminar os chifres do animal e tem como objetivo tornar o animal mais dócil, diminuindo a incidência de ataques entre os animais e contra o próprio tratador

O crescimento dos rebanhos dentro das propriedades é fator claro dentro da atividade da pecuária. Sabemos que esse crescimento requer mudanças no manejo para ajustar o sistema de produção e animal a uma produção sustentável. Um dos pilares é o bem-estar animal, que no caso do tema em questão, esse se torna fundamental para a saúde do animal e segurança do operador.

Os fatores que mostram as vantagens da descorna são:

  • O convívio dos mesmos é mais amistoso;
  • Evita traumatismos no corpo e estragos no couro, causados por brigas eventuais;
  • Necessita de menor espaço para cochos e bebedouros;
  • Facilita o transporte dos animais, também feito em espaço menor;
  • Evita brigas por dominância que possam causar danos maiores;
  • Obter uma uniformidade e estética do rebanho;

A descorna ou mochação é realizada nos animais ainda jovem, de preferência deve ser realizado no primeiro mês de vida do bezerro e o método utilizado é o térmico, químico ou cirúrgico.

Até os 30 dias de vida, o botão córneo deve estar no início da formação, o qual ainda se encontra fixado somente à pele não tendo ainda se fixado ao osso da cabeça, facilitando o trabalho quando comparado com animais de maior era, onde é necessário a descorna cirúrgica. A imobilização do animal deve ser feita com o auxílio de cordas e cabrestos, sendo também necessário uma contenção química.

Como realizar a mochação

A primeira preocupação para se inciar o procedimento é o bem-estar animal. Para isso é recomendado a utilização de anestésicos locais, por isso todo esse procedimento deve ser feito com acompanhamento de um técnico.

  1. O animal a ser mochado deve ser contido de forma que o mesmo fique imobilizado e deitado.
  2. Enquanto isso o ferro que será utilizado para mochar deve estar sendo aquecido.
  3. Corta-se o pêlo em volta do “botão” do chifre, com uma tesoura. Ajuda também na higiene durante a cicatrização.
  4. Quando o ferro estiver avermelhado, pressiona-o sobre o botão, com movimentos circulares para que a pele não seja queimada.
  5. Queimar o “botão” do chifre com o lado côncavo do ferro até que se atinja as suas bordas, se atendo para a profundidade.
  6. O botão deverá estar queimado e soltando da cabeça do animal.
  7. Com o auxílio de uma faca ou canivete limpo corta-se a parte queimada, com o ferro quente é queimado o local para retirar o botão e cauterizar eventuais hemorragias.
  8. Para finalizar utiliza uma pasta chamada unguento (óxido de zinco e permetrina) que é refrescante e cicatrizante, possui ação larvicida e repelente.
  9. Essa pomada é passada diariamente até total cicatrização.

Vale ressaltar que essa técnica só não é feita quando o chifre é fator de caracterização racial, no caso de gado elite.

Para finalizar um vídeo que retrata bem todo o conteúdo que foi supracitado. Aproveito para parabenizar os integrantes do vídeo: Sr. Barrinha, Dito Rosa e Vinícius, grandes amigos e pecuaristas de grande experiência.

Antes de realizar qualquer procedimento cirúrgico no animal, lembre-se de que ele também é um ser vivo e sente dor. Dessa forma, evite procedimentos desnecessários e quando realizado que seja com comprometimento de preservação do bem-estar.

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