Veja qual foi o desempenho do abate de frango em setembro e nos nove primeiros meses do ano de 2021.
Depois de iniciar o ano com queda de preço em relação ao mês anterior, dezembro de 2020, e retroagir a valor inferior ao do último trimestre do exercício passado, o frango abatido entrou em um processo de recuperação contínuo. Entre o “fundo do poço de janeiro” e setembro corrente acumula valorização de 45%, desempenho que corresponde a uma evolução média em torno de 4,75% ao mês – índice, provavelmente, jamais visto no setor em tão longo período de tempo.
Mas em setembro corrente, o ganho obtido apresentou forte desaceleração. É verdade que, no mês, obteve-se novo recorde de preço, os negócios do período sendo efetivados por uma média de R$7,65/kg (base: Grande Atacado da cidade de São Paulo),variação de mais de 45% em relação a setembro de 2020. Contudo, em comparação ao mês anterior, o acréscimo ficou (dados preliminares) em pouco mais de 1,5%, o menor índice de incremento dos últimos seis meses.
É não só prematuro como também arriscado afirmar que, talvez, se tenha chegado ao ponto de estabilização, a partir do qual as altas, se ocorrerem, continuarão sendo mínimas. Vários fatores apontam nessa direção. Crise da carne bovina de um lado, perda da capacidade aquisitiva do consumidor do outro, alta generalizada dos preços públicos, permanência de elevados níveis de desemprego – para citar alguns.
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O desafio, doravante, será assegurar, pelo menos, o nível de preço de setembro nos três derradeiros meses de 2021 – uma tarefa nada fácil frente ao quadro econômico brasileiro e mundial. E se isso for alcançado, a valorização anual do frango abatido não irá muito além dos atuais 45%. Pouco frente à evolução dos custos que, nos 12 meses encerrados em agosto passado (e relativos apenas à ave viva) registra alta bem superior a 50%.
Fonte: Avisite