As mulheres do agro estão conquistando espaços antes impensáveis, se no campo elas já eram força de trabalho e gestão, nas redes elas são agora referência, inspiração e ponte entre a produção e o consumidor final
No agronegócio contemporâneo, os holofotes deixaram de se limitar aos grandes eventos do setor e passaram a iluminar também a rotina rural — contada por quem vive, planta, colhe e, hoje, influencia milhões com uma câmera na mão e muita autenticidade.
No topo dessa transformação estão as fazendeiras digitais: mulheres que equilibram maternidade, produção rural, gestão de propriedades e criação de conteúdo para milhões de seguidores sedentos por uma vida mais conectada à terra.
Nos Estados Unidos, um fenômeno global chamado Ballerina Farm
Nenhum nome no agro digital mundial supera o de Hannah Neeleman, criadora da @ballerinafarm, hoje com mais de 10 milhões de seguidores no Instagram. Ex-bailarina, ex-miss Utah, mãe de oito filhos e produtora de leite Jersey em Utah, Hannah transformou o cotidiano da fazenda em uma vitrine aspiracional de valores tradicionais, culinária artesanal, maternidade e empreendedorismo rural.
Ela não apenas compartilha vídeos encantadores amassando pão com as crianças ou cuidando das vacas ao nascer do sol — ela vende a experiência rural completa: produtos premium (como pães, carnes, utensílios), cursos e, em breve, turismo de experiência. A estética impecável de sua fazenda, combinada com uma narrativa emocional poderosa, a colocou em uma posição isolada como a maior influencer do agro no mundo.
No Brasil, a força feminina do campo também está nas redes
Embora nenhuma brasileira tenha ainda atingido os milhões de seguidores de Hannah, o Brasil revela um cenário vibrante, com mulheres altamente técnicas, fortes na produção, e cada vez mais relevantes digitalmente. Agrônomas, criadoras, comunicadoras e gestoras rurais estão construindo uma audiência fiel — com conteúdo educativo, inspirador e enraizado no chão vermelho da produção agropecuária nacional.
Fazendeiras no Instagram – EUA
| Influenciadora | Seguidores (IG) | Destaque |
|---|---|---|
| @ballerinafarm (Hannah) | 10,3 milhões | Pecuária Jersey, panificação, maternidade, lifestyle |
| @floretflower (Erin B.) | ~1,3 milhão | Floricultura, estética cottagecore e livros best-sellers |
| @thefarmergrayce | ~694 mil | Pecuária familiar, criação de conteúdo autêntico |
| @yorkshireshepherdess | ~534 mil | Criação de ovelhas, maternidade e tradição rural |
Fazendeiras no Instagram – Brasil
| Influenciadora | Seguidores (IG) | Destaque |
|---|---|---|
| @caamilatelles (Camila Telles) | 458 mil | Comunicação agro, eventos e mídia nacional |
| @mihguizini (Michele Guizini) | 218 mil | Pecuária e agro desde 2012, conteúdo técnico |
| @gabrielacolonainvocada_oficial | 208 mil | Rotina rural com humor |
| @hellenottonelli | 170 mil | Dia a dia como produtora rural |
| @elaedoagro (Aretuza Negri) | 43 mil | Gestão rural, política pública e bastidores do agro |
| @monalizapelicioni | 34 mil | Oratória e posicionamento no agro |
O agro é feminino — e digital
As mulheres do agro estão conquistando espaços antes impensáveis. Se no campo elas já eram força de trabalho e gestão, nas redes elas são agora referência, inspiração e ponte entre a produção e o consumidor final.
Enquanto Hannah da Ballerina Farm mostra ao mundo um agro americano bucólico, familiar e altamente lucrativo, as brasileiras revelam a pluralidade do agro tropical, técnico, competitivo e sustentável — com potencial de expansão também nas plataformas digitais.
A próxima grande estrela pode estar agora mesmo colhendo milho com o celular no bolso.
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