Ele foi eleito o Melhor Bife do Mundo e surpreendeu os brasileiros

É a quarta vez em dez anos que a cadeia de suprimentos Jack’s Creek Wagyu e Angus da família Wormall ganha o cobiçado título de Melhor Bife do Mundo.

O Brasil e o mundo têm muito a aprender com o sucesso da carne australiana no cenário global. Este ano, o World Steak Challenge, realizado em Amsterdã, coroou a Austrália como líder absoluta em qualidade de carne bovina, com o Wagyu da Jack’s Creek levando o título de Melhor Bife do Mundo pela quarta vez em dez anos.

Realizado anualmente desde 2015, o World Steak Challenge reúne os melhores cortes de carne bovina de todo o mundo. Na edição de 2024, foram 333 medalhas distribuídas, sendo 112 de ouro, 117 de prata e 104 de bronze. Participaram produtores de quase 20 países, abrangendo Europa, América do Norte, Austrália, Ásia e América do Sul.

A Austrália destacou-se com 21 medalhas de ouro distribuídas em três categorias (contra-filé, ribeye e filé mignon). Entre os grandes vencedores, a Jack’s Creek, localizada em Tamworth, Nova Gales do Sul, brilhou com sua entrada de Wagyu puro alimentado com grãos, que conquistou o título de Melhor Bife do Mundo.

A Jack’s Creek já é uma veterana no pódio do World Steak Challenge. Além da vitória deste ano, levou o mesmo título em 2015, 2016 e 2023. Em 2024, a empresa faturou 17 medalhas, incluindo 10 de ouro, em cortes que variam de Wagyu puro a Wagyu cruzado e Angus.

O bife campeão foi produzido com carne de um Wagyu puro criado na fazenda Big Jack’s Creek, próximo a Willow Tree. O processo inclui acabamento no feedlot Lemontree, em Queensland, e processamento no Northern Co-operative Meat Co., em Casino.

Segundo o diretor-geral Patrick Warmoll, o sucesso da Jack’s Creek é fruto de décadas de dedicação. Desde os anos 1980, a família Warmoll trabalha com a criação de Angus, introduzindo, na década de 1990, os Wagyu Tajima em seu programa genético.

Critérios rigorosos de avaliação para eleger o melhor bife do mundo

Os juízes do World Steak Challenge analisaram os cortes com critérios detalhados, incluindo:

  • Aparência e marmoreio;
  • Consistência da gordura;
  • Textura, aroma e sabor após o preparo.

Além do título de Melhor Bife do Mundo, a Jack’s Creek conquistou medalhas de prata nas categorias ribeye e contra-filé, e de bronze em ribeye e filé mignon.

Reconhecimento global e impacto na indústria

A vice-presidência da Jack’s Creek na Europa, liderada por Kaine Allan, ressaltou o compromisso da marca em entregar produtos premium no mercado internacional. “A conquista reflete nosso programa de excelência e dedicação em todas as etapas da produção”, destacou Allan.

Warmoll enfatizou o impacto do setor australiano. “Os avanços em nutrição animal, seleção genética e processamento continuam a colocar a Austrália na vanguarda da produção de carne bovina”, afirmou. A Jack’s Creek exporta carne para mais de 30 países, reforçando a reputação da Austrália como líder global em qualidade.

Outros destaques australianos

Além da Jack’s Creek, outros produtores australianos se destacaram:

  • Teys Australia e Thomas Foods International, com cortes premiados em várias categorias.
  • Stockyard Beef e Stone Axe Pastoral Co., finalistas na categoria de Grandes Produtores.

A trajetória de sucesso da Jack’s Creek é um exemplo de como a combinação de genética superior, manejo adequado e estratégias de mercado bem estruturadas pode colocar um país na liderança global de um setor.

O Brasil, como grande produtor de carne bovina, pode explorar essas estratégias, especialmente com foco em marmoreio e consistência, para continuar expandindo sua presença no mercado premium internacional.

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