
Com 75 mil toneladas embarcadas a partir do Porto de Tubarão, operação integra o Corredor Leste da VLI e reforça o protagonismo do Brasil no comércio global de grãos; Foi o primeiro embarque de milho à China pelo Espírito Santo
A logística brasileira acaba de alcançar um novo marco no escoamento de commodities agrícolas. A VLI, empresa de soluções logísticas que integra ferrovias, portos e terminais, concluiu o primeiro embarque de milho com destino à China a partir do Espírito Santo, consolidando uma nova rota estratégica para o agronegócio. A operação, realizada no Terminal de Produtos Diversos (TPD), no Porto de Tubarão, movimentou 75,5 mil toneladas do grão, provenientes do Terminal Integrador de Araguari, localizado no Triângulo Mineiro.
Nova rota de exportação fortalece as rotas brasileiras
A conquista é resultado de um processo de habilitação iniciado em fevereiro de 2025, quando o terminal capixaba passou a atender rigorosas exigências técnicas e sanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pelos protocolos fitossanitários chineses. Essa adequação permitiu que o Espírito Santo se tornasse um novo corredor ativo de exportação para o maior mercado importador de milho do mundo.
Segundo a VLI, a habilitação do TPD abre novas oportunidades comerciais aos clientes atendidos pelo Corredor Leste, que conecta o Triângulo Mineiro ao sistema portuário capixaba por meio da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Juntas, essas malhas formam uma rede logística essencial para o escoamento da produção agrícola brasileira.
“Ao conectar regiões produtoras relevantes por meio do nosso Corredor Leste, fortalecemos a cadeia de suprimentos e contribuímos para a expansão do comércio exterior do Brasil. Essa nova rota de exportação é um exemplo de como inovamos para atender nossos clientes do agronegócio”, destacou Daniel Schaffazick, diretor de operações da VLI.
Exigências e certificações garantem padrão internacional
Para obter a habilitação junto ao Sistema de Gestão Agropecuária (Sipeagro/Mapa), o terminal precisou comprovar Boas Práticas de Fabricação (BPF) e implementar um sistema de monitoramento de micotoxinas e resíduos de agrotóxicos. Além disso, houve a capacitação de colaboradores e o registro oficial como armazém portuário autorizado para exportação ao mercado chinês, garantindo total conformidade com as normas sanitárias internacionais.
O processo evidencia o comprometimento da VLI com a segurança alimentar e a qualidade dos grãos exportados, reforçando o papel da empresa na profissionalização da logística agroindustrial.
China amplia compras do milho brasileiro
A demanda chinesa por milho brasileiro aumentou de forma expressiva a partir de 2022, quando a guerra na Ucrânia reduziu a oferta global de grãos. Desde então, a China firmou novos acordos comerciais com o Brasil e passou a adotar protocolos fitossanitários específicos, que hoje são atendidos por terminais certificados como o de Tubarão.
Com o novo fluxo, o Brasil amplia sua capilaridade logística, reduzindo gargalos e fortalecendo sua posição como potência exportadora agrícola. A VLI, por meio do Corredor Leste, já movimenta mais de 16 milhões de toneladas anuais de produtos por ferrovia e volume semelhante pelos portos do Espírito Santo.
Diversificação e inovação logística
Além dos grãos, a VLI mantém no Espírito Santo operações de importação e exportação de farelo, fertilizantes, celulose, insumos e produtos siderúrgicos, demonstrando sua diversificação de cargas e a integração multimodal entre ferrovias e portos.
Reconhecida entre as empresas mais inovadoras do setor de transporte e logística no ranking Valor Inovação, a VLI opera ainda terminais portuários estratégicos em Santos (SP), Vitória (ES) e São Luís (MA), além das ferrovias Norte-Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), consolidando um sistema de transporte nacional que conecta as principais regiões produtoras do país.
O primeiro embarque de milho à China pelo Espírito Santo marca um avanço na logística agroexportadora brasileira, abrindo novas rotas de escoamento, fortalecendo a competitividade do agronegócio e posicionando o país como fornecedor estratégico para o mercado asiático.
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