
Casos como esse reforçam a tese de que a pecuária pode ser altamente lucrativa quando guiada por protocolos técnicos; conheça o João Sauvesuk: o mentor por trás da pecuária progressiva
A busca por eficiência na pecuária de corte tem ganhado força em diferentes regiões do Brasil. Um exemplo vem de Goiás, onde o pecuarista Edge Donizete Rodante, da Fazenda Dois Irmãos em Nhandeara, interior de São Paulo, conseguiu um feito que chama atenção: produzir a arroba bovina a R$ 83,00 e comercializá-la a R$ 320,00, obtendo margens de lucro muito acima da média nacional.
O resultado foi alcançado após a aplicação do método Pecuária Progressiva, desenvolvido pelo engenheiro agrônomo João Sauvesuk, conhecido como O Pecuário (@opecuario), que soma mais de 130 mil seguidores nas redes sociais e presta consultoria a milhares de fazendas em todo o país.
Antes de conhecer a metodologia, Edge enfrentava dificuldades para extrair rentabilidade do gado. Sua região, fortemente marcada pela cana-de-açúcar, reforçava a descrença na pecuária.
“Eu tentava rotacionar pasto e suplementar, mas os resultados eram limitados. Os animais demoravam demais para engordar e os custos subiam. Cheguei a acreditar que não compensava mais investir no gado”, contou o produtor durante live com Sauvesuk.
A virada começou quando decidiu aplicar o protocolo do Manejo 7x, parte da Pecuária Progressiva. “O meu erro era simples: eu deixava o gado voltar no piquete depois de 28 dias, e o capim já estava taludo, passado. Quando aprendi a colher o capim na hora certa, mudou tudo”, disse.
Números que impressionam
No primeiro ciclo com a nova metodologia, Edge relatou ganhos expressivos:
- A boiada entrou no pasto com 375kg e saiu com 549kg em apenas 125 dias;
- O ganho médio diário chegou a 1,2 kg por animal;
- O custo da arroba produzida caiu para R$ 83,00, contra uma média nacional em torno de R$ 200,00 a R$ 250,00;
- O lucro líquido chegou a R$ 8.500 por hectare, mais de dez vezes a média nacional, que gira entre R$ 600 e R$ 800.
“Pesamos a boiada depois de 30 dias e vi ganho de 1,3 kg/dia só no pasto. Foi aí que percebi que realmente funcionava. Depois, ajustei o suplemento quando a qualidade do capim caiu, e mesmo assim mantive 1,2 kg por dia. É um resultado que nunca imaginei”, destacou.
Manejo 7x: a estratégia que mudou o jogo
Edge começou praticamente do zero, pegando gado para engorda em parceria. Em pouco tempo, já formou seu próprio rebanho e hoje pé referência na região.
Segundo Edge, outro fator decisivo foi a análise bromatológica do capim. “Nenhuma das cinco análises que fiz deu menos de 16,5% de proteína. É quase uma ração natural. O gado só come ponta de capim, e isso fez toda a diferença”, afirmou.
De produtor iniciante a referência na região
Edge começou praticamente do zero, pegando gado para engorda em parceria. Em pouco tempo, já formou seu próprio rebanho e hoje possui mais de 50 animais, entre bois e garrotes.
Entender todos os processos da pecuária de corte — do manejo do pasto à nutrição, da sanidade animal à gestão financeira — é o que diferencia uma fazenda comum de um negócio escalável. Quando o pecuarista domina cada etapa da produção, consegue medir custos com precisão, identificar gargalos e replicar práticas que realmente funcionam.
Esse conhecimento é a base para crescer de forma sustentável: primeiro em um hectare, depois em dez, até atingir grandes áreas sem comprometer a rentabilidade. Em outras palavras, quem entende o processo não apenas engorda bois, mas constrói um modelo de negócio capaz de gerar lucro consistente no presente e expansão segura no futuro.
A experiência despertou a atenção até de vizinhos. “Um vaqueiro que arrenda parte da fazenda disse: ‘Rapaz, nesse pasto o gado engorda rápido demais’. Esse reconhecimento mostra que estou no caminho certo”, contou.
O método da pecuária progressiva
A filosofia de João Sauvesuk é clara: “É possível aumentar a lotação, ganhar mais arrobas e lucrar até 10 vezes mais sem precisar comprar mais terras ou fazer grandes investimentos.”
Com base nesse princípio, ele desenvolveu um protocolo validado em campo, já presente em mais de 2.000 fazendas brasileiras, que permite atingir:
- Lotação de até 10 cabeças por hectare;
- Ganhos de peso diários superiores a 1 kg por animal;
- Implantação gradual, segura e de baixo custo.
O diferencial, segundo Sauvesuk, está na gestão do capim como alimento de alta qualidade, na análise de solo e forragem e no uso inteligente de suplementos apenas quando necessários.

O futuro da pecuária é técnica, não achismo
Casos como o de Edge reforçam a tese de que a pecuária pode ser altamente lucrativa quando guiada por protocolos técnicos. “O que separa quem lucra de quem fecha as porteiras é o conhecimento aplicado no pasto”, afirma Sauvesuk.
Esse mesmo protocolo que transformou a fazenda do Edge será ensinado em um treinamento 100% gratuito e online para pecuaristas. Você pode participar e ver como aplicar passo a passo na sua fazenda. Clique aqui e inscreva-se.
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