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Entidades repudiam difamação do agronegócio feita por Jorge Viana

“Ao difamar o agronegócio brasileiro, um setor que claramente não conhece, o sr. prestou um grande desserviço ao Brasil.”

Em conversa com empresários brasileiros e chineses em Pequim (China), o presidente da Agência Brasileira de Promoção e Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, relacionou a pecuária e a produção de grãos no Brasil com problemas ambientais, como o desmatamento da Amazônia. “Nós, brasileiros, deveríamos parar de dizer fora do Brasil que o país não tem problema ambiental. Nós temos. Faz muito tempo”, declarou para a plateia composta com grandes empresários do setor.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil. As declarações do petista Jorge Viana contrastam com o posicionamento do ministro Carlos Fávaro (Agricultura), que se manifestou na véspera com otimismo sobre o agronegócio brasileiro. A senadora e ex-ministra da Agricultura, também teceu duras críticas contra o executivo. “Tô pasma com o que ouvi do presidente da Apex na China”, afirmou Tereza.

“Não podemos aceitar que a agência de promoção de exportações do Brasil jogue contra a promoção de exportações! (…)Não é possível que aceitem calados uma situação como essa, isso não vai ficar assim. Nós vamos mostrar que o agro brasileiro exige respeito, exige compromisso. E não é um governo irresponsável, autofágico, que vai nos destruir. Fomos escolhidos como adversários principais.” – disse o deputado federal e presidente da FPA, Pedro Lupion.

Ele foi duro com as palavras e enfatizou – “Nós somos resilientes, e se eles estão conseguindo alguma coisa é nos unir cada vez mais, porque nós nunca estivemos tão fortes, tão unidos. E é por isso que nós temos 348 parlamentares na Frente Parlamentar da Agropecuária e Agricultura, é por isso que nós somos respeitados e ouvidos onde nós vamos.”

Confira o posicionamento de algumas entidades ligadas ao agronegócio:


Mensagem ao Sr. Jorge Viana, presidente da APEX

Associação Nacional da Pecuária de Corte – ASSOCON

Ao difamar o agronegócio brasileiro, um setor que claramente não conhece, o sr. prestou um grande desserviço ao Brasil. É lamentável que tenha dito a empresários chineses que o Brasil não tem compromisso com o meio ambiente. Até porque é uma grande inverdade.

Para seu conhecimento, seguem dados da Embrapa: 66% das terras brasileiras estão intocados pelo gado e pelos grãos. E, o melhor, a área de pecuária cai ano após ano – e, mesmo assim, a produtividade cresce.
Isso acontece exatamente porque usamos cada vez mais tecnologias em genética, nutrição, sanidade e manejo. Ou seja: estamos produzindo mais carne em menos área, com óbvio respeito ao ambiente.

Além disso, o sr. errou quando mencionou dados sobre questões ambientais na Amazônia. Talvez quisesse se referir ao Bioma Amazônico que, como sabe, também envolve o Centro-Oeste, onde o Código Florestal permite que um percentual maior das terras seja utilizado para criação de gado ou agricultura.

Enfim, um discurso absolutamente indevido, inoportuno e, acima de tudo, incorreto.


NOTA DE REPÚDIO DA ACNB AO PRESIDENTE DA APEX

A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil repudia veementemente a fala do presidente da APEX, Jorge Viana, que divulgou informações erradas sobre o agronegócio brasileiro, setor que claramente pouco conhece.

Ao dizer para empresários chineses que a pecuária e o agronegócio brasileiros não produzem com sustentabilidade ele atirou no próprio pé, tendo em vista que a China é o maior comprador de carnes e grãos do Brasil.

Além disso, é uma grande inverdade, sendo que a pecuária e a agricultura ocupam somente 27,8% do território nacional e que mais de 60% das terras brasileiras estão preservadas. Especificamente a pecuária, desde 1996 utiliza cada vez menos área, segundo o IBGE.

Isso se chama produtividade e eficiência. E é o maior exemplo de que estamos produzindo mais e usando menos terras, com absoluto respeito ao meio ambiente e às pessoas.

Chega de autoridades que não conhecem o agronegócio mas, mesmo assim, teimam em destratar o mais importante segmento econômico do país, responsável por mais de ¼ do PIB e 19 milhões de empregos, que alimenta 1 bilhão de pessoas no planeta

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