Estado está em alerta máximo e vai receber 400 mm de chuvas; “Maior desastre da história“

O Rio Grande do Sul vem sofrendo com chuvas persistentes e volumosas, desencadeando uma série de problemas em diversas regiões do estado. Com acumulados que ultrapassaram 150 milímetros em 24 horas, a situação se agrava com a previsão de mais de 400 mm de chuvas nos próximos dias, segundo o Inmet; confira

Desde a última segunda-feira (29), o Rio Grande do Sul vem sofrendo com chuvas persistentes e volumosas, desencadeando uma série de problemas em diversas regiões do estado. Com acumulados que ultrapassaram 150 milímetros em 24 horas em áreas como a faixa central dos vales, encosta da serra e região metropolitana, a situação se agrava com a previsão de mais de 400 mm de chuvas nos próximos dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Uma ampla área de baixa pressão atmosférica está se formando, favorecendo o surgimento de novas áreas de instabilidade, acompanhadas pela formação e deslocamento de uma frente fria. As projeções indicam que áreas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina podem receber acumulados que superam os 200 mm, podendo exceder os 400 mm em algumas localidades. Diante disso, o Inmet emitiu alertas de tempestade para a região, advertindo sobre os riscos associados às chuvas intensas, incluindo ventos fortes, descargas elétricas e queda de granizo.

Reprodução/CNN

Impactos e recomendações

Com o deslocamento da frente fria para o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, espera-se uma queda nas temperaturas, mas os impactos das chuvas já ocorridas e das previstas nos próximos dias são significativos. Alagamentos, deslizamentos de terra, transtornos no trânsito, queda de energia elétrica e danos a lavouras são alguns dos problemas enfrentados.

A recomendação geral é que todos permaneçam informados e tomem as precauções necessárias diante das condições climáticas adversas. É fundamental acompanhar as atualizações da previsão do tempo e avisos meteorológicos especiais no site e nas redes sociais do Inmet. Além disso, a população deve ficar atenta aos seguintes pontos:

  • Áreas de risco: Região central, vales, região metropolitana, serrana e faixa sul do Rio Grande do Sul; região central, vales, região metropolitana, serrana e faixa sul de Santa Catarina; sul e oeste do Paraná.
  • Possíveis impactos das chuvas: Alagamentos, deslizamentos de terra, transtornos no trânsito, queda de energia elétrica e danos a lavouras.

Influência do El Niño e apoio federal

O período entre o final de abril e o início de maio de 2024 está sob influência do El Niño, fenômeno que aquece as águas do Oceano Pacífico. Esse aquecimento contribui para o bloqueio das frentes frias e concentração dos sistemas de instabilidade na altura do Rio Grande do Sul, intensificando as chuvas. O governador do estado, Eduardo Leite, afirmou que as chuvas estão caracterizando o “maior desastre já enfrentado” pelos gaúchos e pediu ajuda do governo federal, incluindo a participação das Forças Armadas nos resgates.

A diferença do que aconteceu no ano passado é que, momento crítico, no vale do Taquari, nós tivemos uma enxurrada, mas em seguida, o tempo nos deu condição de entrar em campo para fazer socorro, resgate, salvar centenas de vidas naquelas condições. Atualmente, estamos tendo muitas dificuldades para colocar as equipes em campo, seja do Exército, seja da Brigada Militar, seja do Corpo de Bombeiros, nós estamos tendo muitas dificuldades de fazer os resgates”, mencionou.

Reforcei que precisamos da participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra. Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos para serem superados e precisamos da atuação das Forças Armadas.”

Balanço e perspectivas

De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, até o momento, 114 cidades foram atingidas pelas chuvas, com pelo menos dez mortes confirmadas e outras 11 pessoas feridas. Mais de 19 mil pessoas foram afetadas, incluindo desalojados e pessoas em abrigos. As chuvas devem persistir, com alerta para tempestades em áreas já afetadas por alagamentos.

Em suma, diante da situação crítica enfrentada pelo Rio Grande do Sul, é imprescindível que a população e as autoridades estejam preparadas para lidar com os impactos das chuvas intensas, mantendo-se informadas e seguindo as recomendações dos órgãos competentes. A solidariedade e o apoio mútuo também se mostram fundamentais nesse momento difícil.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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