Apesar da crescente concorrência no setor de queijos, as exportações dos EUA se mantiveram fortes, aumentando 16% (+4.582 toneladas).
As exportações de lácteos dos EUA começaram fortes em 2023, aumentando em 16% em volume em janeiro com relação ao mesmo mês do ano anterior, com base nos equivalentes de sólidos do leite (MSE) (+25.026 toneladas MSE) e 21% em valor (+$ 121,4 milhões).
As principais categorias de produtos dos EUA – queijo, leite em pó desnatado e soro de leite – cresceram dois dígitos, mesmo quando as vendas de produtos com alto teor de gordura do leite, como manteiga, gordura do leite anidra e leite em pó integral, tiveram dificuldades.
Os volumes de leite em pó desnsatado continuaram se recuperando após ser a única categoria importante de produto a contrair em 2022. Em janeiro, as exportações aumentaram 15% (+8.805 toneladas) em relação ao ano anterior, graças à forte demanda do México.
O soro de leite – em todas as suas formas, desde permeado e soro de leite doce até WPC80 e WPI – continuou com bom desempenho (+12%, +4.351 toneladas para variedades com baixo teor de proteína e +14%, +569 toneladas para WPC80+). O sucesso do soro de leite nos EUA variou de acordo com a geografia: a China comprou mais variedades com baixo teor de proteína, enquanto as variedades com alto teor de proteína encontraram compradores ávidos em uma série de mercados diferentes.
Apesar da crescente concorrência no setor de queijos, as exportações dos EUA se mantiveram fortes, aumentando 16% (+4.582 toneladas) graças ao sólido crescimento em todo o mundo, mas particularmente na América Latina, Oriente Médio/Norte da África e Japão.
Olhando para o futuro, os desafios permanecem com o queijo europeu de baixo preço no mercado, a incerteza da China e os ventos econômicos contrários. No entanto, as exportações de lácteos dos EUA estão em alta em 2023.
Demanda mexicana dispara em janeiro
Depois de estabelecer um novo recorde de volume no México em 2022, os fornecedores de lácteos dos EUA retomaram de onde pararam em janeiro de 2023. O volume de exportação de lácteos dos EUA para o México aumentou pelo quinto mês consecutivo, liderado por leite em pó desnatado e queijo.
As exportações de leite em pó desnatado dos EUA para o México subiram 75% (+15.625 toneladas) para 36.520 toneladas em janeiro. As exportações de queijo dos EUA aumentaram 21% (+1.578 toneladas) para 9.159 toneladas, impulsionadas pela demanda por gouda dos EUA. Os totais de leite em pó desnatado e queijo foram facilmente recordes de janeiro (na verdade, antes deste ano, os EUA nunca enviaram mais de 29.000 toneladas de leite em pó desnatado para o México em janeiro).
Muitas outras categorias de exportação de lácteos dos EUA (embora menores em volume) tiveram um desempenho semelhante: as exportações de lactose dos EUA para o México aumentaram 52% (+922 toneladas) ano a ano, o concentrado de proteína do leite aumentou 54% (+524 toneladas), o soro de leite cresceu 18 % (+451 toneladas), e a manteiga ganhou 40% (+48 toneladas).
A fonte dos ganhos pode ser atribuída ao sólido crescimento econômico mexicano, uma oferta doméstica apertada de leite e preços favoráveis de leite em pó e queijo nos EUA.
Na frente econômica, a economia mexicana cresceu por cinco trimestres consecutivos até o final de 2022, elevando a demanda do consumidor. Além disso, o peso valorizou-se em relação ao dólar norte-americano ao longo do ano (esta semana atingiu a maior alta em quase seis anos), ajudando a tornar as importações mais acessíveis. E um boom no turismo pós-COVID no México ajudou a impulsionar o consumo de queijo.
É um começo de ano positivo para as exportações dos EUA para o México, mas alguns fatores devem ser observados nos próximos meses. Os ventos favoráveis da reabertura econômica pós-COVID do México estão enfraquecendo. O crescimento mexicano desacelerou no quarto trimestre de 2022, e os analistas preveem que a expansão econômica este ano ficará abaixo de 1% (em comparação com 3,7% em 2022).
Exportações WPC80+ começam fortes
As exportações dos EUA de produtos de soro de leite com alto teor de proteína se destacaram em janeiro, continuando a se recuperar após estagnar durante grande parte de 2022. As exportações janeiro aumentaram 14% (+569 toneladas), marcando o quarto mês consecutivo de crescimento.
Apesar do aumento do quarto trimestre, as exportações dos EUA de WPC80+ em 2022 foram essencialmente estáveis (+0,3%, +222 toneladas), em grande parte atribuídas à demanda global mais fraca causada em parte por preços mais altos. O comércio global WPC80+ contraiu 9% no ano passado. Os preços do soro de leite com alto teor de proteína no início de 2022 foram mais do que o dobro do início de 2021 e permaneceram elevados durante os três primeiros trimestres do ano.
Não foi até o quarto trimestre de 2022 que começamos a ver algumas quedas significativas de preços. Esse ambiente prolongado de preços altos queimou a demanda globalmente, mas os EUA conseguiram superar essa retração melhor do que a UE e a Nova Zelândia, que tiveram quedas de 17% (-8.268 toneladas) e 16% (-4.289 toneladas), respectivamente, em 2022.
Com preços mais baixos e suprimentos prontamente disponíveis, a demanda global começou a aumentar com os EUA aproveitando a oportunidade. As exportações dos EUA para a China (-39%, -256 toneladas) continuaram atrasadas em janeiro, mas o crescimento para o Japão (+27%, +218 toneladas) e um comércio surpreendentemente robusto para o Canadá (+33%, +182 toneladas), Europa (+90%, +365 toneladas) e América do Sul (+100%, +390 toneladas) foi mais do que suficiente para compensar as quedas chinesas.
À medida que avançamos em 2023, as pressões econômicas globais são uma variável-chave que pressiona o crescimento da demanda global, mas, à medida que os preços se normalizam, o uso mais alto de WPC80+ será incentivado, especialmente porque a pressão econômica global diminui à medida que avançamos na segunda metade do ano.
Fonte: U.S. Dairy Export Council
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