
As exportações de carne bovina brasileira, de janeiro a novembro de 2024, atingiram 1,21 milhão de toneladas para a China, um aumento de 11% em relação a 2023. A receita subiu 3,7%, totalizando US$ 5,424 bilhões.
As exportações totais de carne bovina brasileira (processados + carne in natura) registraram desaceleração em novembro de 2024, após meses de crescimento acelerado. O volume total exportado foi de 279,2 mil toneladas, um aumento de apenas 9% em relação a novembro de 2023, quando foram embarcadas 256,1 mil toneladas. A redução marca um retrocesso em relação ao patamar de 300 mil toneladas mensais mantido nos últimos quatro meses. As informações foram divulgadas nessa quarta-feira, 11, pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Melhora no preço médio impulsiona receita
Apesar da queda no volume exportado, os preços médios da carne bovina brasileira no mercado internacional apresentaram melhora significativa. Em novembro de 2023, o valor médio foi de US$ 3.909 por tonelada, enquanto em novembro de 2024 subiu para US$ 4.469 por tonelada (+14,3%). Essa valorização garantiu um aumento de 25% na receita mensal, passando de US$ 1,001 bilhão em 2023 para US$ 1,247 bilhão em 2024.
Resultados acumulados de janeiro a novembro das exportações de carne bovina
Nos primeiros onze meses de 2024, o Brasil exportou um total de 2,95 milhões de toneladas de carne bovina, o que representa um crescimento de 30,8% em relação ao mesmo período de 2023. A receita acumulada no ano foi de US$ 12,021 bilhões (+23,2%). Contudo, o preço médio no acumulado do ano de 2024 ainda é 5,8% inferior ao de 2023, com o valor médio por tonelada passando de US$ 4.328 para US$ 4.077.
China perde participação, mas segue como principal mercado
A China continua sendo o principal destino da carne bovina brasileira, embora tenha perdido participação relativa. De janeiro a novembro de 2024, foram exportadas 1,21 milhão de toneladas para o país, um aumento de 11% em relação a 2023. A receita subiu 3,7%, totalizando US$ 5,424 bilhões. Apesar disso, a China representou 41,1% do volume total exportado em 2024, uma queda em comparação aos 48,4% registrados no mesmo período de 2023.
Estados Unidos e Emirados Árabes ganham relevância
Os Estados Unidos consolidaram-se como o segundo maior mercado para a carne bovina brasileira, com um crescimento expressivo nas importações. Em 2024, o país comprou 493,5 mil toneladas (+69,6%), gerando uma receita de US$ 1,489 bilhão (+57,7%). A participação dos EUA no total exportado aumentou de 12,9% em 2023 para 16,7% em 2024.
Os Emirados Árabes, por sua vez, mais que dobraram suas aquisições. Foram embarcadas 130 mil toneladas em 2024, um aumento de 103,3%, gerando uma receita de US$ 588,8 milhões (+110,2%). O país ocupa agora o terceiro lugar no ranking de maiores importadores.
Outros mercados em destaque
- Chile: Importou 96,9 mil toneladas em 2024 (+3,3%), com uma receita de US$ 461,2 milhões (+3,8%).
- Expansão global: No acumulado de 2024, 108 países aumentaram suas compras, enquanto 63 mercados reduziram o volume adquirido.
Cenário atual e perspectivas para as exportações de carne bovina
Embora a desaceleração no volume exportado em novembro seja um ponto de atenção, o aumento no preço médio e a diversificação dos mercados demonstram a resiliência do setor. A redução na dependência da China é vista como estratégica, enquanto mercados como Estados Unidos e Emirados Árabes ganham protagonismo.
Os dados, compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), reforçam que, apesar dos desafios, a carne bovina brasileira continua a desempenhar um papel de destaque no comércio internacional.
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias.
Stay Period: pode o credor tomar o bem da empresa em recuperação? Entenda a polêmica
Garantia fiduciária em xeque: entenda a controvérsia jurídica em torno da possibilidade de consolidação da propriedade fiduciária durante o período de suspensão das ações e execuções (stay period)
Brasil vive contradição: sobra de energia solar e conta de luz mais cara
O paradoxo da energia solar: Brasil tem sobra de geração limpa, mas consumidor paga bandeira vermelha
Continue Reading Brasil vive contradição: sobra de energia solar e conta de luz mais cara
Importação chinesa de milho cai 90,5% em agosto e a de trigo cede 44,8%, diz Gacc
As compras chinesas de trigo alcançaram 230 mil toneladas no mês passado, volume 44,8% inferior ao registrado em agosto de 2024.
Continue Reading Importação chinesa de milho cai 90,5% em agosto e a de trigo cede 44,8%, diz Gacc
Carreta com mais de 40 toneladas de milho tomba e espalha carga na BR-163
Motorista sofreu ferimentos leves. Testemunhas disseram que ele havia tentado desviar de um carro que invadiu a rodovia.
Continue Reading Carreta com mais de 40 toneladas de milho tomba e espalha carga na BR-163
Publicada MP que abre crédito extraordinário de R$12 bilhões para renegociação de dívidas rurais
Os valores serão repassados pelo Tesouro Nacional a bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com estruturação pelo BNDES.
Caixa tem lucro de R$ 8,9 bilhões no primeiro semestre de 2025
A margem financeira somou R$ 32,7 bilhões, o que equivale a um aumento de 6,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Continue Reading Caixa tem lucro de R$ 8,9 bilhões no primeiro semestre de 2025