Exportação de carne bovina tem alta de 53% no valor médio diário

A quantidade total chegou a 294,706 mil toneladas, o equivalente à exportação de carne bovina tendo atingido a venda de 14,735 mil toneladas por dia. Quanto ao preço médio da tonelada, os registros apontam para US$ 5.613,20.

A exportação de carne bovina do Brasil registrou alta expressiva de 52,9% no valor médio diário em setembro de 2025, na comparação com o mesmo mês de 2024, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O desempenho reflete o aumento do preço médio por tonelada, a ampliação do volume embarcado e a sólida demanda internacional — com destaque para a China, que segue como principal destino e mantém o Brasil na liderança entre os fornecedores globais.

Panorama de setembro: volume, receita e preço

Durante os 20 dias úteis do mês, o país embarcou 294,7 mil toneladas de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada, resultando em uma média diária de 14,7 mil toneladas. O faturamento total somou US$ 1,654 bilhão, com média diária de US$ 82,7 milhões.

O preço médio da tonelada exportada alcançou US$ 5.613,20, representando um aumento de 24,4% frente a setembro do ano passado.

Comparando com 2024, os indicadores mostram:

  • +52,9% no valor médio diário;
  • +23,6% na quantidade média diária;
  • +24,4% no preço médio por tonelada.

Esse conjunto de fatores indica uma recuperação vigorosa dos preços internacionais e melhor remuneração aos exportadores brasileiros, além de uma demanda mais firme, especialmente nos principais mercados asiáticos.

Motivos do avanço da exportação de carne bovina

O crescimento da exportação de carne bovina está diretamente ligado a fatores como:

  • Melhoria nos preços internacionais, impulsionada pela retomada da demanda global e pelo reposicionamento de estoques pós-pandemia;
  • Câmbio favorável, que torna a carne brasileira mais competitiva no mercado internacional;
  • Ampliação das habilitações sanitárias e da confiança internacional na carne do Brasil;
  • Expansão da procura asiática, especialmente por parte da China, que mantém volumes elevados de compra.

China mantém liderança nas compras e amplia participação brasileira

Entre janeiro e agosto de 2025, a China importou 1,85 milhão de toneladas de carne bovina — uma queda de 4% em relação ao mesmo período de 2024. Ainda assim, o Brasil ampliou sua participação no mercado chinês para 47,41%, um aumento de 4,9 pontos percentuais frente ao ano anterior.

No mesmo intervalo, os embarques brasileiros para a China cresceram 7,1%, enquanto concorrentes como a Argentina tiveram retração de 24,3%.
Esse desempenho reforça a liderança brasileira e indica que o país segue como o fornecedor mais competitivo para atender à demanda chinesa, especialmente na preparação para o Ano Novo Chinês, quando o consumo de proteína animal aumenta de forma significativa.

Outras proteínas também apresentam variações

Embora a carne bovina tenha se destacado em setembro, as demais proteínas também mostraram desempenho relevante:

  • Carne suína “in natura”: faturamento de US$ 328,6 milhões, com alta de 28,2% no valor médio diário e 24,2% na quantidade média diária. O preço médio foi de US$ 2.580,7 por tonelada;
  • Carne de aves e miudezas comestíveis: receita de US$ 777,2 milhões, mas com queda de 5,8% no valor médio diário e baixa de 8% no preço médio por tonelada, apesar de um leve aumento na quantidade embarcada.

O resultado reforça a tendência de valorização da carne bovina, enquanto as demais proteínas enfrentam pressões nos preços internacionais.

Impactos no mercado interno

A forte exportação de carne bovina tende a:

  • Reduzir a oferta interna, pressionando os preços do boi gordo nas principais praças;
  • Melhorar a margem das indústrias frigoríficas, que ampliam o mix exportador;
  • Estimular novos investimentos em produtividade e eficiência logística;
  • Aumentar a competitividade do setor pecuário brasileiro diante do cenário global.

Perspectivas para o fim de 2025

O último trimestre do ano deve manter ritmo positivo nas exportações, sustentado por:

  • Demanda asiática aquecida;
  • Câmbio favorável e competitividade internacional;
  • Proximidade das festas de fim de ano e Ano Novo Chinês, períodos de consumo elevado;
  • Oferta ajustada no mercado interno, o que pode equilibrar preços e margens.

Apesar das boas perspectivas, o setor ainda deve ficar atento a oscilações cambiais, novas exigências sanitárias internacionais e variações no consumo global.

Resumo do desempenho da exportação de carne bovina em setembro/2025

  • Volume total exportado: 294,7 mil toneladas
  • Faturamento total: US$ 1,654 bilhão
  • Preço médio da tonelada: US$ 5.613,20
  • Variação anual:
    • +52,9% no valor médio diário
    • +23,6% na quantidade média diária
    • +24,4% no preço médio

Com o cenário favorável, o Brasil consolida-se como principal exportador mundial de carne bovina, liderando as vendas para os maiores mercados consumidores e reforçando sua posição estratégica no comércio global de alimentos.

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