Exportações de milho vão nortear os preços no país

Segundo Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto, acredita-se que o ritmo de exportação será um elemento relevante que norteará os preços do milho no mercado brasileiro!

A semana que passou foi marcada por maior interesse de venda por parte dos produtores em algumas regiões, sendo absorvido pela parte compradora, que ainda aproveita oportunidades pontuais para suprir sua necessidade de consumo. Apontou Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto.

Além disso, o plantio no Brasil segue acelerado na temporada 2022/23. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área semeada atingiu 19,3% da área brasileira, usando como referência até a data de 24 de setembro. Ainda, voltado para uma região específica, o Departamento de Economia Rural (Deral), reportou que 58% da área do Paraná/PR já foi semeada. Em contrapartida, internacionalmente, na Argentina, o plantio apresenta atraso por conta do clima pouco favorável.

O milho brasileiro permanece muito demandado internacionalmente. No último boletim da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de milho no Brasil já totalizaram 5,1 milhões de toneladas no acumulado das 4 semanas de setembro. Esse volume ultrapassa 2,85 milhões de toneladas registrado em todo mês do ano passado.

Segundo a maior plataforma de comercialização de grãos da América Latina, há fortes indicativos de que poderá haver um mês com recorde de exportação e, consequentemente, um número histórico de exportação brasileira.

Nos Estados Unidos, a colheita de milho atingiu 12% da área até o dia 25/09, contra 14% na média histórica, de acordo com o último relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Além disso, o departamento trouxe ainda uma queda nos estoques trimestrais de milho em 34,98 milhões de toneladas, diante de uma expectativa média de 38,03 milhões. Esse cenário reforça o Brasil como principal fornecedor mundial.

Por falar em mercado externo, Chicago finalizou a semana com uma leve alta de +0,44%, encerrando a semana valendo 6,78 dólares por bushel. Já o
dólar teve uma semana de forte valorização, fechando a sexta-feira sendo cotado a R$5,39 (+2,67%).
A alta do dólar somado a demanda internacional, deixa as exportações brasileiras muito atrativas.

Fonte: Grão Direto

O que esperar do mercado?

Ainda segundo o analista, acredita que para essa semana, as condições climáticas continuarão sendo acompanhadas de
perto pelo mercado, diante do progresso do plantio e desenvolvimento inicial da safra 2022/23.

O milho brasileiro permanecerá extremamente demandado internacionalmente, e o ritmo de exportação será um elemento relevante que norteará o mercado brasileiro nas próximas semanas. Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de continuidade de valorização.

Segundo Ruan Sene, analista da Grão Direto, nesta semana o clima na América do Sul será um fator observado com bastante atenção pelo mercado, diante da evolução do plantio. O fim do incentivo do governo da Argentina poderá levar a demanda para os Estados Unidos, e consequentemente pressionar Chicago para cima. Em contrapartida, o cenário macroeconômico de uma possível recessão continuará provocando uma saída dos ativos de riscos.

O dólar deve continuar seu movimento de alta diante das incertezas econômicas mundiais. Caso Chicago continue sua tendência principal de queda e o dólar em alta, a semana poderá ser marcada, mais uma vez, por leves variações nos preços, em relação à semana anterior.

Material produzido com informações da Grão Direto, parceira do Compre Rural

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